O Brasil chegou na 107ª posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) feito pela ONG Transparência Internacional. Essa é a pior colocação que o país já chegou desde o início da série histórica.
O ranking avalia 180 países e coloca uma pontuação de 0 a 100 para medir o nível de transparência, quanto mais perto de 100, menor a percepção de corrupção.
O Brasil terminou 2024 com 34 pontos, abaixo da média global de 43 pontos e pior até mesmo que a média de seus vizinhos, 42 pontos.
A pontuação coloca o Brasil empatado com países como: Argélia, Malauí, Nepal, Níger, Tailândia e Turquia.
No grupo do G20, que reúne as principais economias do mundo, o Brasil só está em uma posição melhor do que México e Rússia.
A organização justifica essa pontuação com fatores como o silêncio do governo Lula sobre a pauta de combate à corrupção e casos como a continuidade do ministro da Comunicação, Juscelino Filho, mesmo depois de investigações da Polícia Federal (PF).
Também foram levadas em consideração questões como as reversões de penas para os ex-condenados pela operação Lava Jato.
Um dos casos citados foi uma decisão do ministro Dias Toffoli, que anulou o pagamento de R$8,5 bilhões pela Novonor, antiga Odebrecht, e a multa de R$10,3 bilhões para o grupo J&F.
A reaproximação entre empresários que confessaram praticar corrupção com o governo Lula foi outro fator que indica o enfraquecimento do combate à corrupção.
O relatório cita os irmãos Batista, donos do Grupo J&F, que chegaram a participar de uma reunião com o presidente no Palácio do Planalto.
Apesar do cenário ruim, a ONG reconhece que houve alguns avanços no combate à corrupção no Brasil.
Para a Transparência Internacional, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de bloquear emendas parlamentares com menor transparência e o Plano de Combate à Corrupção lançado pela Controladoria Geral da União são medidas positivas do país.
Apesar dessas considerações, a percepção da ONG sobre a realidade brasileira parece não melhorar.
Este ano, o diretor executivo da Transparência internacional no Brasil, Bruno Brandão, criticou a falta de transparência do governo sobre a agenda de Janja:
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