O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que acabaria com a guerra na Ucrânia caso o governo de Kiev aceitasse oficializar o fim de suas intenções em entrar para a OTAN e reconhecesse a anexação das províncias de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson.
De acordo com o ex-agente da KGB, essas medidas seriam suficientes para que o Exército do Kremlin estabelecesse um cessar-fogo imediato. A partir disso, as negociações para que as hostilidades entre as duas nações fossem permanentemente encerradas poderiam começar:
"Assim que em Kiev, eles declararem estar prontos para tal decisão, no mesmo minuto daremos uma ordem de cessar-fogo e começaremos as negociações."
O presidente também mencionou outros pontos que ele considera importantes para o encerramento do conflito iniciado em fevereiro de 2022.
Putin voltou a mencionar a instauração de um processo de desnazificação e desmilitarização da Ucrânia. As medidas vão ao encontro da narrativa russa sobre as causas do conflito.
O russo seguiu afirmando que sua intenção com esses termos é promover a paz permanente entre as duas nações. O autocrata russo ressalta que as propostas de cessar-fogo apresentadas pelo Ocidente seriam apenas para ganhar tempo e rearmar o exército de Kiev:
"A essência de nossa proposta não é algum tipo de trégua ou cessar-fogo, como o Ocidente quer para rearmar o regime de Kiev. Não estamos falando de congelar o conflito, mas de seu fim definitivo."
Os termos listados pelo presidente dificilmente serão aceitos pelo governo da Ucrânia. Em entrevista à agência britânica de notícias Reuters, o assessor presidencial Mykhailo Podolyak fez uma dura declaração sobre os termos apresentados:
"Ele está oferecendo para a Ucrânia admitir a derrota. Ele está oferecendo para a Ucrânia ceder legalmente seus territórios à Rússia. Ele está oferecendo para a Ucrânia abrir mão de sua soberania geopolítica."
As declarações de Putin foram feitas às vésperas da cúpula de paz, que acontecerá na Suíça entre os dias 15 e 16 de junho. O encontro, que foi convocado pelo governo do país anfitrião após pedidos de Zelensky, não contará com a presença de representantes russos.
O governo suíço afirmou que o país invasor recusou o convite para o evento e destacou a necessidade de que ambas as partes participem do processo de paz.
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