O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou em uma reunião fechada que estaria disposto a paralisar a guerra na Ucrânia por meio de uma negociação por um cessar-fogo, que preserve as linha atuais do conflito e os últimos grandes avanços do governo russo. A informação veio de cinco fontes russas para a agência de notícias Reuters.
Segundo as fontes, o líder russo estaria frustrado com o que ele interpreta como esforços ocidentais para evitar a paz, na visão do ex-agente da KGB as forças lideradas pelos EUA estariam atuando para prolongar a guerra ao máximo possível.
As fontes afirmaram que o presidente russo está muito interessado em alcançar a paz, mesmo que temporária, uma vez que o avanço no conflito gera um alto custo político e econômico para o governo.
A popularidade de Putin sofreu uma grande queda desde a convocação de reservistas em setembro de 2022 e o presidente não teria interesse em precisar convocar mais tropas para manter os avanços russos.
Apesar disso, os russos entrevistados pela Reuters afirmaram que o presidente estaria preparado para seguir com uma guerra prolongada caso as negociações de paz não sejam bem-sucedidas.
“Putin pode lutar o tempo que for necessário, mas também está pronto para um cessar-fogo e congelar a guerra” , declarou uma das fontes.
Putin também teria afirmado que os termos de um eventual cessar-fogo devem ser diferentes das propostas apresentadas nas últimas negociações, pois precisariam levar em conta a nova realidade do curso da guerra e os avanços russos que têm sido alcançados ao longo do mês.
A guerra entre Rússia e Ucrânia é a maior entre países europeus desde o final da Segunda Guerra Mundial em 1945.
A guerra é o pico de uma série de tensões entre os dois países causada pela aproximação entre a Ucrânia e o Ocidente.
As alianças têm um papel fundamental para o conflito, tanto em suas causas como em seu prolongamento.
Os EUA são o maior parceiro da Ucrânia, o país já gastou mais de 100 bilhões de dólares em apoio ao país europeu.
O posto de aliado mais relevante é seguido pela Alemanha, Reino Unido, Dinamarca e Noruega. Ao somar as doações da União Europeia como um todo é possível assegurar que as nações europeias ajudaram mais do que os EUA.
O aliado russo mais estratégico desde o início do conflito tem sido a China, que mesmo se declarando como “neutra” tem sido importante comprador de produtos russos, além de supostamente comercializar armas com o país.
As duras sanções impostas pelo ocidente têm sido responsáveis por tornar a Rússia cada vez mais dependente do capital chinês, e por consequência, vem fortalecendo os laços de aliança entre os dois países.
No último encontro com o presidente russo em Pequim, o líder chinês Xi Jinping afirmou que espera por uma solução política para o fim do conflito:
“A China aguarda com expectativa uma rápida restauração da paz e da estabilidade no continente europeu. Continuaremos a desempenhar um papel construtivo para esse fim.”
No entanto, negociações para um cessar-fogo devem enfrentar muitos obstáculos, já que o governo ucraniano tem sérias desconfianças sobre as intenções russas.
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