A Marinha do Brasil publicou neste domingo, 1º de dezembro, um vídeo que exalta as peculiaridades e desafios enfrentados por militares. Com 1 minuto e 15 segundos de duração, a peça intercala cenas de marinheiros e fuzileiros navais em operações extremas com imagens de civis em momentos de lazer, reuniões familiares e celebrações. O vídeo termina com um questionamento: “Privilégios? Vem para a Marinha”.
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A publicação faz parte das comemorações do Dia do Marinheiro, celebrado em 13 de dezembro, e foi exibida durante a cerimônia de substituição do Pavilhão Nacional na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O objetivo da peça é ressaltar as privações inerentes à carreira militar, que, segundo a Força, não podem ser comparadas às atividades de civis.
As reações ao vídeo divulgado pela Marinha geraram debates acalorados no meio político. Parlamentares de diferentes espectros ideológicos se posicionaram, ora defendendo a peça institucional como um retrato legítimo das peculiaridades da carreira militar, ora criticando o conteúdo por considerá-lo ofensivo ou inadequado diante do cenário de ajuste fiscal proposto pelo governo federal.
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Para o deputado Rodrigo Valadares (União-SE), a divulgação do vídeo é legítima e não deve ser alvo de retaliação governamental.
"É inadmissível qualquer retaliação por parte do governo à Marinha por conta de um vídeo institucional mostrando a realidade dos militares. O governo precisa deixar de lado esse sentimento revanchista e de perseguição", declarou.
O senador Carlos Portinho (PL-RJ) afirmou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está promovendo um desmonte das Forças Armadas e advertiu sobre as possíveis consequências.
“O Governo Lula quer desmontar as Forças Armadas e tem apoio da esquerda e da extrema imprensa. Resquício ainda da ditadura com ‘ar de revanche’ que nem a anistia do passado foi capaz de superar. Não bastam os sucessivos cortes do orçamento da Defesa. Mais ainda virão. Cortarão pensões e aposentadorias de militares e retirarão seus direitos políticos. Não poderão ser eleitos (PEC dos Militares)”, declarou o senador.
Portinho também enfatizou a importância de uma defesa nacional sólida e afirmou que é necessário “defender o orçamento e os direitos das Forças Armadas”.
“Perseguirão Generais, Brigadeiros e Almirantes até enfraquecer por completo a carreira militar e desestimulá-la. Um país não existe sem uma defesa nacional forte e atualizada. Já dominam territórios na cidade. Logo, os mesmos dominarão o país e nem às Forças Armadas poderemos mais recorrer. É hora de se posicionar e defender o orçamento e os direitos das Forças Armadas”, concluiu Portinho.
Em oposição ao vídeo, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) criticou o conteúdo por supostamente desmerecer trabalhadores civis.
"Vídeo da Marinha é desrespeitoso com civis, retratados como preguiçosos. Para defender privilégios, pisaram nos trabalhadores, muitos dos quais fazem jornadas exaustivas, precarizados, sem direitos", disse.
Já o deputado Rogério Correia (PT-MG) também reagiu negativamente, acusando a Marinha de adotar uma postura hostil diante das propostas do governo.
"É inacreditável esta resposta da Marinha à proposta do Governo Lula, de perda de privilégios e a forma ameaçadora de se dirigir ao povo. Não estranha o comportamento golpista recente do Comando da Marinha, durante o governo do inelegível", criticou o petista.
Os embates refletem como a relação entre governo, militares e parlamento permanece um tema delicado no cenário político brasileiro.
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