O governo Lula enfrenta a aprovação mais baixa de seus três mandatos. Segundo o último levantamento do Datafolha, a aprovação do presidente da República caiu para 24%, o menor índice de seus três mandatos.
A pesquisa foi divulgada na úlima sexta-feira, dia 14 de fevereiro.
Em dezembro de 2024, a aprovação era de 35%. A reprovação também aumentou, passando de 34% para 41%, com índices mais elevados entre os próprios eleitores de Lula.
A queda na popularidade foi observada em todas as regiões e entre diversos grupos demográficos. No Nordeste, tradicional reduto da ala do presidente, a aprovação caiu de 49% para 33%. Entre as mulheres, o índice passou de 38% para 24%.
A oposição avalia que os números refletem o desgaste do governo. “Nem os próprios eleitores estão mais suportando o Lula. E com razão: seu governo já entrou para a história como um desastre sem precedentes”, afirmou o deputado Filipe Barros (PL-PR).
Para a deputada Júlia Zanatta (PL-SC), o problema vai além da economia. “Lula achou que podia governar no discurso, fazer vídeo moderninho e enganar o povo com propaganda. Mas a realidade bateu à porta”, disse.
O líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), classificou o resultado como um reflexo das promessas não cumpridas.
“Os brasileiros estão cansados de promessas vazias. Não há marqueteiro que consiga esconder a inflação e a incompetência deste (des)governo.”
Aliados do governo minimizam o impacto da pesquisa. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, disse que os índices variam conforme o momento.
“O importante é que o governo Lula tem inúmeras entregas e políticas públicas para a população, aliado aos excelentes números econômicos do país.”
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), atribuiu os resultados a fatores externos e ao que chamou de “rede criminosa de fake news”.
“As especulações com o dólar, as mudanças climáticas, que impactaram a inflação dos alimentos, e os ataques sistemáticos de uma rede criminosa de fake news contra o governo se refletiram, nos últimos meses, nos resultados da última pesquisa Datafolha.”
Já a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que os números refletem um período de dificuldades, mas que o governo está focado em resolver os problemas reais da população.
“A pesquisa Datafolha é o reflexo dos dois meses mais difíceis para este governo. Tivemos a especulação desenfreada com o câmbio, que também afetou os preços dos alimentos, o aumento do imposto estadual sobre a gasolina, as péssimas notícias sobre o aumento dos juros, o terrorismo sobre o resultado fiscal e a maior fake news de todos os tempos, sobre a taxação do Pix.”
A pesquisa Datafolha entrevistou 2.007 eleitores em 113 cidades brasileiras nos dias 10 e 11 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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