Na manhã do décimo dia de internação, a sala de imprensa do Vaticano atualizou o estado de saúde do Papa Francisco.
"Acordou e continua suas terapias, seu humor está bom, ele está comendo normalmente".
No boletim divulgado na noite do dia 23, o Vaticano informou que o Santo Padre não teve novas crises respiratórias, mas sua situação continua crítica.
Foi informado ainda que, apesar das melhoras nos exames de sangue, foi identificada uma "insuficiência renal leve, que está sob controle".
Além disso, foi comunicado que:
"O Papa continua vigilante, bem orientado, segue recebendo oxigênio, e o prognóstico permanece reservado, considerando a ‘complexidade do quadro clínico’ e a espera necessária para que as terapias farmacológicas deem algum retorno".
No dia 14 de fevereiro, o Papa Francisco foi internado na Policlínica Romana Agostino Gemelli após um quadro de bronquite. No dia 17, o pontífice foi diagnosticado com uma infecção polimicrobiana.
"Os resultados dos exames realizados nos últimos dias e nesta segunda-feira, 17 de fevereiro, demonstraram uma infecção polimicrobiana do trato respiratório, o que levou a uma nova modificação da terapia".
O termo utilizado para o diagnóstico indica que a infecção é causada por mais de um agente microbiano, como vírus, fungos ou bactérias.
O quadro de bronquite do papa pode ter contribuído para a queda da imunidade, favorecendo a infecção.
Segundo Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações:
"Isso ocorre porque, após o início da inflamação [bronquite], o ambiente nos brônquios se torna propício à invasão de germes, especialmente quando o dano causado por um vírus favorece o crescimento de bactérias. A bronquite aguda, portanto, pode ser causada tanto por micróbios quanto por fatores não infecciosos, e a infecção bacteriana pode surgir como uma complicação".
A ausência de parte do pulmão, devido a uma complicação na juventude, pode influenciar a evolução do quadro clínico do Papa.
"Se o paciente já tem parte dos brônquios comprometida, o problema pode ser ainda mais grave. Por exemplo, ele pode ter dificuldade em absorver oxigênio adequadamente, devido à inflamação, e, em alguns casos, pode ser necessário o uso de oxigênio suplementar. Se a condição piorar, pode ser preciso recorrer à ventilação mecânica".
O tratamento depende do tipo de bactéria envolvida e de quão resistente ela é aos antibióticos. Para infecções provocadas por uma única bactéria, pode-se empregar um antibiótico direcionado.
No caso de haver diversos germes, é necessário usar antibióticos mais potentes, que consigam lutar contra diferentes tipos bacterianos. Se houver vírus presentes, o tratamento pode também incluir antivirais, além dos antibióticos.
O papa segue internado e sua situação clínica continua complexa. Desde então, houve uma crise respiratória aguda e um quadro leve de insuficiência renal.
Continua o tratamento e o repouso prescritos pelos médicos, embora seu prognóstico permaneça reservado.
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