O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) liderado por Elon
Musk descobriu que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) estava repassando bilhões de dólares para financiar pautas progressistas ao redor do mundo.
A agência financia ações que vão desde compra de alimentos para populações empobrecidas até casos de desastres naturais. Além disso, ajudam em questões ambientais e combatem as alegadas Fake News.
Donald Trump declarou na semana passada que vai emitir uma lista detalhada com nomes de ONGs e os valores repassados para cada uma delas.
Essa lista ainda não veio a público e segundo o presidente, “será divulgada em um momento oportuno”.
Apesar do relatório não estar concluído, circulam notícias de que há uma série de organizações com atuação no Brasil estão incluídas.
O valor investido pelo USAID no país entre 2023 e 2024 pode ultrapassar os R$267 milhões, já que o portal da agência ainda não divulgou todos os valores do ano passado.
Não é possível nomear todas as organizações que receberam dinheiro do governo americano com os dados públicos.
Isso acontece porque muito do que foi repassado para grupos no Brasil veio através de “subcontratos” ou de parcerias indiretas.
A revista Oeste analisou os dados do site de transparência da agência e listou algumas organizações que receberam financiamento.
ONGs que lidavam com temas como o combate às supostas Fake News e pautas ambientais receberam milhões de dólares.
A agência financiou o Centro Internacional de Jornalistas (ICFJ), que, junto com o Youtube Brasil, premiou nove iniciativas de mídia com cerca de R$79,3 mil.
Dentre os ganhadores estava a parceria entre o jornal progressista Alma Preta e o grupo de militantes virtuais Sleeping Giants.
O Alma Preta é um site que se apresenta como uma agência de notícias “especializada na temática étnico-racial do Brasil”.
O Sleeping Giants é conhecido por promover ataques e boicotes a empresas que não promovam pautas progressistas.
Uma das questões que mais tem levantado polêmicas é a relação do USAID com o resultado das eleições brasileiras de 2022.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu o apoio da USAID em pelo menos dois eventos sobre o combate às Fake News em 2021.
No mesmo ano, a corte elaborou o “Guia do Combate à Desinformação”, que teria trazido as diretrizes para a ação do TSE sobre o assunto.
O ex-chefe de informática do Departamento de Estado americano, Michael Benz, afirmou que a agência teria intervindo nas eleições brasileiras de 2022, durante o podcast The War Room.
Segundo o ex-oficial, sem a ação da USAID, Bolsonaro poderia ter sido reeleito naquele ano e ainda seria o presidente do Brasil.
Uma das agendas que mais recebeu recursos do escritório da USAID no Brasil foi a pauta ambiental.
No país, as ONGs e outras organizações civis têm uma importante capacidade de pressionar autoridades e articular políticas públicas.
A influência das ONGs na política ambiental brasileira é um dos temas da produção original Cortina de Fumaça, que conta com relatos de especialistas, ex-ministros e figuras importantes para o ambientalismo no Brasil.
Assista ao filme completo abaixo:
Em 2024, a agência anunciou um repasse de aproximadamente R$102,7 milhões para organizações brasileiras envolvidas em um projeto de conservação ambiental da Amazônia.
ONGs como o Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN), o Instituto Ouro Verde (IOV) e o Instituto Socioambiental (ISA) estiveram envolvidos no projeto.
Além disso, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) recebeu mais de R$23 milhões para financiar ações de apoio a comunidades na bacia do Rio Tapajós.
Um documento da Agência brasileira de Informação (Abin) de 2012, que se tornou público após a CPI das ONGs do ano retrasado, mostra como o apoio americano a essas organizações causava preocupações:
“No que diz respeito ao estado do Amazonas, a atuação de ONGs nacionais que recebem financiamento da USAID, norteada por objetivos da política externa do governo dos EUA, configura influência externa em assuntos nacionais.”
O documento segue afirmando que as organizações estariam manipulando as populações locais para impedir obras de infraestrutura importantes para a região:
“Tais ONGs buscam influenciar organizações indígenas e povos tradicionais no sentido contrário à construção de obras de infraestrutura projetadas pelo governo brasleiro para a região.”
Seis ONGs diferentes são citadas como financiadas pelo USAID, segundo o relatório:
Esses são apenas alguns dos grupos que receberam financiamento do USAID ao longo dos anos.
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