O candidato do Partido Republicano, Donald Trump, teve de ser levado para um local seguro após sua segurança impedir uma suposta tentativa de assassinato. Um homem com um rifle de precisão foi identificado próximo à cerca do campo de golfe onde o ex-presidente estava jogando.
Um agente do serviço secreto que inspecionava o campo antes da chegada do presidente viu o cano de uma arma saindo do arbusto.
Os seguranças dispararam de quatro a cinco rodadas de munição contra a posição, afugentando o atirador.
A polícia encontrou um rifle semiautomático e duas mochilas largadas na cerca, entre os arbustos.
Cada uma delas continha placas de cerâmica e uma câmera GoPro, o que levou as autoridades a acreditar que o responsável queria gravar a ação.
Uma testemunha conseguiu fotografar um homem deixando os arbustos e correndo em direção a uma Nissan preta. As imagens foram cedidas à polícia, que identificou o suspeito como Ryan Routh.
Routh já foi preso em 2002, após ameaçar policiais que o abordaram com uma arma de fogo. Em seguida, tentou se esconder dentro de um estabelecimento comercial.
O suspeito passou a maior parte da vida na Carolina do Norte, porém havia se mudado com o filho para a cidade de Oahu, no Havaí.
Lá, os dois trabalhavam no ramo da construção civil, administrando uma empresa especializada na construção de galpões.
Segundo o jornal The New Yorker, Routh era um eleitor democrata. Desde 2019, ele vinhaque vinha realizando doações para o partido.
O atirador afirmou ter votado em Donald Trump durante a corrida presidencial de 2016. No entanto, havia se arrependido ao longo da gestão.
Após a Rússia invadir a Ucrânia em 2022, Routh se mobilizou para tentar ajudar o país do Leste Europeu.
O suspeito utilizava as redes sociais para ajudar ativamente no recrutamento de voluntários dispostos a lutar contra as forças russas no conflito.
Durante uma entrevista ao New York Times, Routh afirmou ter viajado para a Ucrânia na tentativa de recrutar afegãos que fugiram do regime Talibã e ter viajado para Washington D.C. para fortalecer o apoio americano à Ucrânia.
Em julho, o suspeito teria postado uma mensagem em sua conta no Facebook pedindo paciência aos voluntários:
"Soldados, por favor, não me telefonem. Ainda estamos tentando fazer com que a Ucrânia aceite soldados afegãos e esperamos ter algumas respostas nos próximos meses... Por favor, tenham paciência."
Nas redes sociais também foi encontrado material pró-Palestina, pró-Taiwan e anti-China, classificando a pandemia de Covid-19 como um ataque de guerra biológica.
Donald Trump culpou a retórica agressiva do Partido Democrata pelos atentados que vem sofrendo:
"A retórica deles está fazendo com que atirem em mim, quando eu sou aquele que vai salvar o país, e eles são os que estão destruindo o país - tanto por dentro quanto por fora."
O ex-presidente afirmou estar bem e a salvo. Enfatizou também que não se renderá:
"Há pessoas neste mundo que farão o que for preciso para nos impedir. Eu não vou parar de lutar por vocês. Eu nunca me renderei."
Até o momento, a campanha de Trump não anunciou nenhum tipo de mudança na agenda do candidato.
A vice-presidente do Partido Democrata, Kamala Harris, condenou a violência política:
"Enquanto reunimos os fatos, serei clara: eu condeno a violência política. Todos nós devemos fazer nossa parte para garantir que este incidente não leve a mais violência."
A vice-presidente também elogiou o serviço secreto e afirmou que apoiará o órgão na defesa do ex-presidente:
"Estou agradecida que o ex-presidente Trump esteja seguro. Eu elogio o Serviço Secreto dos EUA e os parceiros das forças de segurança por sua vigilância. Como o Presidente Biden disse, nossa administração garantirá que o Serviço Secreto tenha todos os recursos, capacidades e medidas de proteção necessários para cumprir sua missão crítica."
Biden também agradeceu a Deus pelo bem-estar do presidente e afirmou que o serviço secreto precisa de mais recursos:
"Tem uma coisa que quero deixar clara: o Serviço precisa de mais ajuda e eu acredito que o Congresso deveria responder a essa necessidade."
A atuação dos agentes do Serviço Secreto na proteção do candidato republicano tem sido alvo de críticas após a tentativa de assassinato na Pensilvânia.
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