A fala aconteceu enquanto o candidato do Chega, André Ventura, discursava para seus apoiadores. O Chega é um partido de direita que tem crescido no país. Ventura afirmou:
“Se o Chega vencer as eleições legislativas no próximo domingo, em 25 de abril de 2024, eu quero dizer uma coisa: o senhor presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não vai entrar em Portugal”, disse André Ventura, candidato do Chega, nesta quinta-feira, 07 de março.
Ele completou ironizando o presidente brasileiro:
“Se insistir, vai para uma cadeia, mas ele sabe o que é isso, então não será uma grande novidade para ele”.
André Ventura é um dos candidatos ao cargo de Primeiro-ministro e ocupa atualmente a terceira colocação segundo as mais recentes pesquisas eleitorais.
No Brasil, o presidente da República é chefe de governo e de Estado, já em Portugal, ele é apenas chefe de Estado, pois quem governa é o primeiro-ministro. O primeiro-ministro é escolhido de acordo com a maioria do parlamento.
O último ministro, António Costa, renunciou após sofrer uma operação que investiga tráfico de influência. A partir disso, o presidente de Portugal resolveu dissolver o parlamento e convocar novas eleições. André Ventura é um dos candidatos ao cargo.
O IPESPE divulgou uma pesquisa em que 23% dos eleitores declaram voto na coalizão da Aliança Democrática de Luís Montenegro. Em segundo lugar vem Pedro Santos do Partido Socialista, com 22% dos votos.
Segundo as pesquisas, há uma baixa probabilidade da vitória de André Ventura.
André Ventura é deputado na Assembleia da República Portuguesa e atualmente é o presidente do partido Chega, considerado de direita.
Ele nasceu em Algueirão, no Estado de Sintra. Formou-se em Direito em Lisboa e tem doutorado pela Universidade de Cork, na Irlanda.
André Ventura é deputado desde 2019 e tentou se candidatar à presidência em 2021, ficando em terceiro lugar.
O seu discurso é muito crítico ao que ele chama de “uma migração sem controle” que estaria ocorrendo em Portugal. Ventura também se posiciona como “um liberal econômico, nacionalista e conservador”.
O seu discurso também bate muito na corrupção, o Chega se posiciona como o movimento político que irá acabar com ela.
O lema da campanha de Ventura foi “Limpar Portugal”, justamente para se referir a isso, limpar Portugal da corrupção, da velha política e da impunidade.
Segundo o Instituto Intercampus, as intenções de voto no chega subiram de 7,2% para 13,5%. Críticos ao movimento afirmam que trata-se de um avanço da extrema-direita em Portugal que alicerça o seu discurso em falas anti-imigrantes e contra minorias.
“Ouvimos um discurso de ódio, extremistas, um discurso divisionista que procura colocar portugueses contra portugueses, um discurso com mensagens falsas e com informação manipulada.”, disse João Paulo Correia, do PS ao RTP Notícias.
Seus aliados o defendem dizendo que ele é o único candidato anti-sistema, capaz de acabar com a corrupção que só cresce em Portugal.
Muitas pessoas têm comparado André Ventura a Jair Bolsonaro. Alguns utilizam isso como crítica, outros como elogio. O próprio Jair Bolsonaro chegou a gravar um vídeo em apoio a Ventura postado em seu X (antigo Twitter):
“A todos os habitantes de Portugal, em especial aos brasileiros, estamos diante de uma decisão importante nas urnas. É de extrema importância para todos nós que André Ventura, do partido Chega, conquiste o cargo de primeiro-ministro. Isso representa o fortalecimento da direita, do conservadorismo e das pessoas que defendem valores éticos e morais”
A Nova Direita, como comumente é chamada, possui semelhanças ao redor do mundo. Por exemplo, é comum encontrar comparações entre nomes como Jair Bolsonaro, Trump, Milei e Ventura.
Porém, cada país possui a sua própria história e peculiaridades que precisam ser estudadas. A trajetória de Jair Bolsonaro está muito relacionada à trajetória da Direita no Brasil.
Tema complexo, mas importante de ser estudado por aqueles que buscam compreender a política brasileira.
A Brasil Paralelo entrevistou estudiosos e políticos que vivenciaram todo o movimento da Direita no Brasil desde as manifestações de 2013.
Passando pela Lava-Jato, Impeachment da Dilma e a eleição de Jair Bolsonaro. Você pode assistir ao documentário completo A Direita no Brasil clicando no link abaixo:
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