Juiz de Porto Alegre pede explicações à CONAB sobre a importação de arroz

A possibilidade foi descartada pelo presidente do Instituto Rio Grandense de Arroz. Rodrigo Machado. O executivo explicou que as enchentes que assolam a região produtora não comprometeram a colheita. Quando as enchentes atingiram o estado, 84% da safra de arroz já havia sido colhida quando a água subiu. 

“Restaram 142 mil hectares a colher. Destes, 22 mil hectares foram perdidos e 18 mil ficaram parcialmente submersos. Entre os grãos estocados nos silos, houve comprometimento de 43 mil toneladas”, disse em entrevista ao portal de notícias do estado.

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O governo também foi criticado por suposto abuso do poder político. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou como será o rótulo do produto, no qual a embalagem exibirá a logo do governo federal. 

Durante uma entrevista a uma rede de notícias, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que a medida não tem a intenção do governo afrontar os produtores nacionais.

Fávaro afirmou que ao vender o preço de forma tabelada o Executivo pretende combater o que chamou de “especulação em torno do arroz”. O grão será vendido pelo preço máximo de R$8,00 em embalagem de 2kg. 

Para políticos da oposição, a medida poderia ter objetivo eleitoral. O deputado federal Marcel Van Hattem divulgou no início da noite em sua conta no X, antigo Twitter, que um juiz federal de Porto Alegre pediu explicações à CONAB sobre o assunto. 

O deputado comemorou o acolhimento de uma ação que contesta a importação do grão por parte do executivo federal. Van Hattem publicou um trecho da decisão do magistrado

"Diante da relevância da matéria posta e a fim de estabelecer um contraditório mínimo antes de decidir o pedido, determino a intimação da União e da CONAB para que prestem informações preliminares no prazo de 24 horas”

Para o deputado, o gasto de quase R$7 bilhões para comprar o grão é desnecessário. Van Hattem finalizou dizendo acreditar que a importação do grão servirá para o governo do PT fazer compra de votos. 

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