A conta oficial do escritório do presidente argentino emitiu um comunicado afirmando que o país está deixando a Organização Mundial da Saúde.
A decisão acontece semanas depois do presidente Donald Trump ter assinado uma ordem executiva para deixar a organização.
O documento faz fortes críticas às recomendações da OMS durante a pandemia de Covid-19, alegando que elas não teriam embasamento científico.
Além disso, o comunicado afirma que as decsões do órgão são tomadas com base em influências políticas e não conseguiria cumprir seus objetivos:
“As evidências indicam que as receitas da OMS não funcionaram porque são resultados de influência política, não baseadas na ciência.”
Outro ponto questionado pelo governo argentino foi a suposta inflexibilidade e insistência do órgão em manter as mesmas recomendações, sem levar em consideração questionamentos e outras alternativas.
O deputado Pablo Yedlin criticou a decisão e a classificou como “mais um erro” feito para seguir Trump”.
Para ele, as OMS tem um papel importante para a coordenação e compartilhamento entre países em um caso de uma crise internacional:
“Frente a uma pandemia, é necessário que os países informem a chegada de um novo vírus e estejam dispostos a compartilhar sua base genética para que um teste diagnóstico possa ser realizado, como aconteceu, por exemplo, com o Covid-19. Todas essas interconexões têm por trás alguma dessas agências.”
Leia o comunicado traduzido na íntegra:
“Cidade de Buenos Aires, 5 de fevereiro de 2025. - O Escritório do Presidente informa que o presdente Javier Milei tomou a decisão de retirar a República Argentina da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS foi criada em 1948 para coordenar a resposta diante de emergências sanitárias globais, porém falhou em sua maior prova de fogo: promoveu quarentenas eternas e sem embasamento científico para combater a pandemia de COVID-19.
As quarentenas provocaram uma das maiores catástrofes econômicas da história mundial e, de acordo com o Estatuto de Roma de 1998, o modelo de quarentena poderia ser catalogado como um delito de lesa humanidade. Em nosso país, a OMS respaldou um governo que deixou crianças fora da escola, centenas de milhares de trabalhadores sem emprego, levou a comércios e PMEs a quebrar, e mesmo assim nos custou 130 mil vidas.
Hoje, as evidências indicam que as receitas da OMS não funcionaram porque são resultados de influência política, não baseadas na ciência. Além disso, tem confirmado sua inflexibilidade para mudar seu enfoque e, longe de admitir erros, escolhe continuar assumindo competências que não lhe correspondem e limitando a soberania dos países.
É urgente repensar, desde a comunidade internacional, para que existem organismos supranacionais, financiados por todos, que não cumprem com os objetivos para os quais foram criados, se dedicam a fazer política internacional e pretendem se impor acima.”
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