Grigori Rasputin foi um religioso russo, conselheiro do Czar Nicolau II e desafeto de grande parte das elites russas devido a sua influência política e relacionamentos com centenas de mulheres, incluindo mulheres casadas com os nobres russos.
Sua vida ganhou notoriedade pelas supostas capacidades de realizar milagres e receber revelações místicas. Sua teoria religiosa defendia que o ser humano precisa pecar intensamente para receber a misericórdia mística de Deus, unindo essa teoria com outro oposto: penitências rigorosas e violentas.
O curioso é que Rasputin passou grande parte de sua vida sendo apenas um alcoólatra de uma pequena vila no interior da Rússia, mas em pouco tempo ele seria um dos principais conselheiros da família real.
Ele chegou a nomear ministros, orientar decisões de guerra e influenciar aspectos políticos e religiosos da Rússia.
Sua crescente influência política e a influência que tinha com as mulheres da nobreza russa trouxeram inimigos importantes. Seus inimigos conseguiram assassiná-lo após mais de uma tentativa de assassinato, mas sua fama se espalhou ainda mais pela cultura popular, criando mitos e lendas sobre o “monge louco".
Este artigo baseia-se na obra do historiador Simon Sebag Montefiore, Os Romanov, que foi entrevistado pela Brasil Paralelo no épico História do Comunismo.
Conheça agora a trajetória de Rasputin, o homem que influenciou a política e a fé russa durante o reinado do último czar.
Grigori Yefimovich Rasputin nasceu em 21 de janeiro de 1869, em Pokrovskoye, na Sibéria. Filho de camponeses, cresceu em uma família modesta, vivenciando uma juventude em ambiente rural.
Durante sua juventude, Rasputin adquiriu a reputação de um jovem de comportamento turbulento, como relatado por Simon Sebag Montefiore em seu livro Os Romanov.
“Quando cresceu, fez-se ladrão de cavalos, femeeiro e beberrão”.
Era descrito como um homem de aparência rústica e traços marcantes. Desde cedo, demonstrou interesse por mulheres, característica que o acompanhou ao longo de sua vida.
“Homem de traços toscos, mal cheiroso e rude, gostava de mulheres e as entendia, e elas formavam a maioria de seus adeptos”.
Rasputin se casou com Praskovya Fyodorovna Dubrovina, com quem teve três filhos: Dmitry, Maria, e Varvara.
A transformação espiritual de Rasputin começou em 1892, após realizar uma peregrinação ao Mosteiro de Verkhoture. Durante essa jornada, ele relatou ter tido visões espirituais, o que o levou a adotar uma vida voltada à devoção religiosa.
No livro Os Romanov, Montefiore relata que Rasputin também peregrinou ao Monte Athos, na Grécia, onde teria sido influenciado por uma seita que pregava a autoflagelação e a purificação dos pecados.
Segundo a crença, o verdadeiro perdão só poderia ser alcançado por meio do pecado. Montefiore descreve a espiritualidade de Rasputin da seguinte maneira:
“A libertinagem era um componente essencial de sua santidade, pois acreditava que somente pondo à prova sua contenção por meio de tentações sexuais e por episódios exuberantes de luxúria é que poderia experimentar o júbilo do perdão e da intimidade com Deus”.
Rasputin decidiu dedicar-se inteiramente à pregação e a práticas religiosas, peregrinando por diversas regiões da Rússia.
Com a visão espiritual da seita do Monte Athos, Grigori Rasputin chegou pela primeira vez a São Petersburgo em 1903, onde rapidamente atraiu adeptos e seguidores.
Embora fosse de origem camponesa e tivesse pouca cultura, Rasputin sabia ler e escrever, além de ter memorizado várias passagens das Escrituras. Sua fama de místico e sua espiritualidade contribuíram para que fosse considerado um Starets, ou homem santo.
“Sua fé — em sua religião, seus poderes místicos e seu destino — era ‘absolutamente sincera’,e essa fé bastava a si mesma”, observou a Grã-Duquesa Olga em uma citação do livro de Montefiore.
As filas para os atendimentos de Rasputin cresceram rapidamente, especialmente entre as mulheres da cidade. Essa situação gerou desentendimentos entre o Starets e alguns cidadãos de Petrogrado.
“Para muitas senhoras da sociedade, casadas com oficiais apagados, de dragonas douradas, que gastavam o tempo entre exercícios de ordem-unida para os soldados e jogos de cartas, aquele camponês siberiano, de barba sebenta e dedos ágeis, era emocionantemente real”.
A proximidade das mulheres iam constantemente até Rasputin, alegadamente em busca de conselhos espirituais, geraram boatos sobre possíveis relações amorosas e rixas com esposos de algumas das suas devotas.
Seus rituais frequentemente incluíam comportamentos considerados heréticos, como danças extáticas e práticas ascéticas extremas.
Ainda em São Petersburgo, Rasputin foi apresentado ao seu primeiro Romanov, pelo patrono de Petrogrado, o arquimandrita Teófanes. Na ocasião Grigori conheceu Nikolacha Romanov.
Nikolacha foi rapidamente convencido dos supostos feitos e da santidade de Rasputin, o que levou sua fama até a família dos czares, especialmente à imperatriz Alexandra Feodorovna, esposa do czar Nicolau II.
O czar e sua esposa tiveram inicialmente três meninas, o que gerava apreensão em Nicolau, pois nenhuma delas poderia herdar o trono. Essa preocupação foi amenizada com o nascimento de um filho, que daria continuidade à dinastia Romanov.
Alexei Romanov nasceu com hemofilia, uma doença que compromete a coagulação sanguínea, dificultando a cicatrização de feridas e podendo causar sangramentos fatais.
Alexandra buscou diversas formas para alcançar a cura de seu filho, já que, conforme mencionado por Lucas Ferrugem, CEO da Brasil Paralelo, em entrevista ao programa Conversa Paralela, a hemofilia era uma doença hereditária em sua família.
Após consultar diversos médicos, Alexandra recorreu a padres e curandeiros, até finalmente buscar a ajuda de Grigori Rasputin.
Em 1907, Rasputin foi chamado à corte imperial para ajudar o filho do czar. Durante um episódio crítico, ele teria acalmado o menino e, após uma noite de oração, Alexei apresentou uma melhora surpreendente.
Afirma montefiore em seu livro:
“Rasputin jamais teria se tornado tão importante sem o infortúnio da hemofilia de Alexei. Só ele conseguia estancar o sangramento do menino, fosse por um poder curativo divino, fosse por sua capacidade de acalmar o paciente e, quem sabe, tranquilizar a mãe histérica”.
Para a czarina, Rasputin passou a ser considerado um enviado divino, e a partir desse momento, a família imperial o acolheu na corte russa.
A influência de Rasputin sobre a família Romanov cresceu rapidamente. Ele se tornou um conselheiro informal, com acesso direto à czarina, que confiava profundamente em suas orientações.
A família imperial russa passou a depender de seu curandeiro, que se estabeleceu próximo ao czar e começou a frequentar regularmente a corte
Montefiore relata que:
“Os dois monarcas deixavam claro que Rasputin lhes era agora indispensável devido às suas próprias necessidades: no caso de Alexandra, o agravamento do seu estado mental; no de Nicolau, seu esforço de representar o papel de Tsar”.
Além de servir à família imperial, Rasputin foi recomendado por Nicolau II a outros membros da elite russa, como o primeiro-ministro, cuja filha foi abençoada por Rasputin com um ícone. Esse episódio contribuiu para o crescimento de sua influência na corte.
"Ele não fugia dos poderosos", afirma o autor do livro Os Romanov.
Com o tempo, a influência política de Rasputin aumentou. Em 1914, Grigori Rasputin passou a ser conselheiro para todos os assuntos da corte.
“Numa autocracia, qualquer pessoa próxima ao governante adquire força política, mas Nicolau não procurou afastar Rasputin da política. Foi a promoção de Rasputin, sobretudo por parte de Alix, e em especial depois de 1914, ao papel de conselheiro sobre todos os assuntos, que ajudou a destruí-lo, levando consigo seus protetores”.
Com o tempo, Rasputin passou a gerar desconfianças e intrigas dentro da corte. Mas sempre contou com a proteção da imperatriz Alexandra.
Nikolasha, que se tornou Diretor do Conselho Estatal de Defesa, voltou-se contra Rasputin, alegando que o monge era impertinente e ingrato.
“Nesse ponto, Nikolacha e as Corvas se voltaram contra Rasputin que julgavam impertinente, ingrato e, o pior de tudo, incontrolável por eles (...) Alexandra desprezava Nikolacha porque ele tinha ‘se voltado contra um homem de Deus’”.
Rasputin já não era mais apenas o curandeiro do príncipe herdeiro em segredo; ele havia adquirido o poder de nomear pessoas para cargos importantes no governo russo.
“Rasputin não era mais segredo. Stolípin soube por cortesãos de seus encontros frequentes com os monarcas, enquanto Alexandra permitiu que o camponês indicasse o novo super procurador do Santo Sínodo. Gutchkov, agora presidente da Duma, atacou as ‘influências irresponsáveis’ na corte, ganhando com isso o ódio perpétuo de Alix”.
Os nobres tentaram expor os problemas causados pela presença de Rasputin na corte, entregando um relatório ao czar que mencionava a participação do monge em orgias com prostitutas.
No entanto, o imperador alegava que Rasputin usava esses momentos para pregar as Sagradas Escrituras e afirmava que nada poderia fazer a respeito.
Após fazer sua nomeação, Rasputin e o primeiro-ministro russo, Stolypin, tiveram um desentendimento. Quando Stolypin fez reclamações a Rasputin, foi respondido com palavras duras e gestos, que ele alegou serem hipnóticos.
Stolypin então decidiu banir Rasputin de São Petersburgo por cinco anos, mesmo contrariando Nicolau II.
A presença do Starets na corte russa estava gerando divisões dentro da família imperial, e seu impacto atingiu seu ápice quando Rasputin mostrou ao padre Illionor cartas da czarina, que revelavam a devoção da imperatriz para com o monge.
O episódio é relatado por Montefiore:
“Em 1909, Rasputin mostrara as cartas da imperatriz - nas quais ela declarava sua devoção so siberiano - ao enlouquecido padre Iliodor - que a roubou e logo as entregou a um membro da Duma, que as tornou públicas”.
O membro em questão era o ministro do Interior, Alexandre Makárov, que confiscou todas as cartas e as entregou a Nicolau II.
Para o czar, a presença de Rasputin deveria aliviar o peso de governar, mas as tensões começaram a aumentar, principalmente pela divisão dentro de sua própria família. Essas atitudes fizeram com que a imperatriz passasse a se voltar contra Rasputin.
A essa altura, Rasputin se refugiava em sua casa, em Pokrovskoye, na Sibéria.
Em setembro de 1912, após entrar em um bote na Polônia, Alexei machucou a virilha, o que lhe causou grande sofrimento devido à hemofilia.
A região inchou e o sangramento não parava, o que levou a imperatriz a recorrer novamente a médicos e religiosos. Sem encontrar solução, ela apelou mais uma vez a Grigori Rasputin, que respondeu por meio de uma carta, dizendo:
“Deus ouviu suas lágrimas e suas orações. O menino não vai morrer”.
Dois dias depois, o sangramento cessou e o inchaço começou a diminuir. Esse fato demonstrou à czarina e ao czar que Rasputin era indispensável.
A Europa estava imersa em um grande conflito, e a Rússia precisava proteger suas fronteiras, que estavam sob ataque iminente. Além dos conflitos externos, o império enfrentava ameaças internas devido ao movimento revolucionário.
Nicolau II assumiu o comando das tropas no front, enquanto Rasputin passou a influenciar decisões políticas por meio da czarina. Esse poder gerou ressentimento entre os nobres e ministros, que o viam como uma ameaça à estabilidade do império.
Sua presença era considerada um símbolo da corrupção e decadência da corte. Nesse momento, Rasputin, segundo Montefiore, já sabia que os nobres conspiravam contra sua vida.
Segundo Henri Troyat, membro da Academia Francesa e biógrafo de Rasputin, o monge teria previsto sua própria morte, assim como o fim da família Romanov. Em uma carta ao czar, ele escreveu:
"Pressinto que deixarei de viver antes de 1 de janeiro. (...) Se eu for morto por assassinos comuns, particularmente pelos meus irmãos, os camponeses russos, tu, Czar da Rússia, não terás nada a temer pelos teus filhos (...) Mas se eu for morto por nobres russos, suas mãos ficarão manchadas por meu sangue durante vinte e cinco anos. (...) Se ouvires o som do sino a dizer que Gregório foi morto, fica a saber que, se foi um dos teus que provocou a minha morte, nenhum dos teus, nenhum dos teus filhos viverá mais de dois anos. Eles serão mortos pelo povo russo".
Após os desentendimentos com os nobres russos, Rasputin sofreu uma série de atentados contra sua vida, mas demonstrou ser "duro de matar".
Rasputin ainda residia na Sibéria quando recebeu uma carta da imperatriz Alexandra, que dizia:
“É um momento grave, estão ameaçando guerra”.
Após ler a mensagem da czarina, Rasputin saiu de casa e foi esfaqueado no estômago por uma mulher chamada Khionia Guseva. Ela usava um véu preto sobre o rosto e continuou a perseguir Rasputin, que conseguiu se defender e atacá-la com um pedaço de madeira.
Rasputin fugiu correndo pelas ruas e, ao chegar em sua casa, foi operado à luz de velas. Posteriormente, foi transportado para Tyumen, onde ficou sob os cuidados do médico pessoal do czar.
Rasputin alegou que o ataque havia sido orquestrado pelo padre Ilionor. Montefiore descreve a cena da seguinte forma:
“Rasputin saiu de casa e foi esfaqueado no estômago por uma mulher deformada (‘sem nariz; em lugar dele, um orifício irregular’, dizia o relatório policial), provavelmente enviada pelo monge Iliodor. Enquanto Rasputin lutava para sobreviver, Nicky e Alix enviaram um médico de Petersburgo - ‘estamos profundamente abalados’, escreveu-lhe a imperatriz, ‘nossa dor é indescritível’ - mandaram que a polícia reforçasse a segurança de Rasputin”.
A influência de Rasputin crescia, de modo que Nicolau II sempre o procurava para que abençoasse suas campanhas, e a czarina acreditava que a sorte estava sobre aqueles que eram amigos de Rasputin.
Uma nova tentativa de matar Rasputin ocorreu por meio de Khvostov, que ficou enfurecido após Rasputin indicar o velho governador Sturmer para o cargo de primeiro-ministro. Além de indicá-lo, Rasputin também abençoou sua nomeação.
Montefiore descreve em seu livro uma outra tentativa de assassinato contra Rasputin:
“A nomeação de Sturmer para o cargo de primeiro-ministro enfurece Khvostov. (...) No final de janeiro de 1916, o ministro do Interior ofereceu a Komissárov, guarda-costas de Okhrana responsável pela segurança de Rasputin, a quantia de 200 mil rublos para estrangular o stárets, envenená-lo e jogar o corpo sob o gelo de um rio congelado.
Komissárov testou o veneno no gato de Rasputin. Rasputin achava que Andrónnikov queria intimidá-lo e fez com que prendessem e exilassem o ajudante de campo do todo-poderoso. Contratou outro matador, que foi preso pelo terceiro escroque, o chefe de polícia Belétski, que levou a público esse episódio do mais puro teatro do horror”.
Os que cercavam o czar temiam a crescente influência de Rasputin na corte russa. Segundo Montefiore, Rasputin sempre foi contrário à guerra e sua influência parecia capaz de acelerar o processo de revolução.
Seus opositores tentaram convencer a imperatriz Alexandra de que a presença de Rasputin era prejudicial e que sua influência poderia precipitar a queda da dinastia Romanov, mas Alexandra continuava a defender o Starets.
Zinaida Yussupova, que havia criticado Rasputin, teve suas relações cortadas com a imperatriz. No entanto, para Yussupova e seu filho, o príncipe Félix Yussupov, a única solução seria a morte de Rasputin.
O príncipe, que desde jovem nutria uma aversão ao monge que o havia tentado seduzir aos 22 anos, nutria uma verdadeira aversão a Rasputin e dizia que só a morte poderia detê-lo.
Como narrado em Os Romanov, enquanto o príncipe Félix se preparava para assassinar Rasputin, o Starets ainda se encontrava com a imperatriz, aconselhando-a sobre o plano do primeiro-ministro Trepov, escolhido por Nicolau II, cujo objetivo era instaurar um governo responsável.
No dia 16 de dezembro, Yussupov convidou Rasputin a ir até sua casa para conhecer sua esposa. O príncipe preparou tudo e marcou a chegada de Rasputin para a meia-noite. No entanto, nesse mesmo dia, o ministro Protopopov, sabendo do plano de Félix, avisou Rasputin:
“Eles vão matá-lo. Seus inimigos estão decididos a isso”.
Mesmo após ser avisado sobre a tentativa de assassinato, Rasputin se arrumou e foi ao encontro do príncipe Félix. Yussupov o conduziu até um local onde havia uma mesa de jantar e ofereceu a Rasputin bolos envenenados.
No entanto, ao perceberem que o veneno não estava surtindo o efeito desejado, decidiram que precisariam atirar nele.
Segundo Montefiore, enquanto Rasputin fitava um crucifixo de cristal, Yussupov disse:
“Grigori Efimóvitch, é melhor fitar aquele crucifixo e rezar uma oração”:
Ao dizer isso, Félix Yussupov sacou sua arma e atirou no peito de Rasputin. O Starets foi alvejado uma vez mais por Purichkevitch e, por fim, um agente secreto britânico disparou contra sua testa a queima-roupa. Rasputin caiu desfalecido.
Felix Yussupov relatou posteriormente:
“Havia algo aterrador em sua recusa diabólica em morrer”.
Por fim, Rasputin foi embrulhado em uma cortina e jogado em um buraco no gelo que cobria o rio Nievá. Três dias depois, segundo Montefiore, seu corpo foi encontrado.
“Rasputin tinha congelado. Primeiro , o corpo foi levado para o hospital para descongelar. Então o Dr. Dmítri Kosorótov identificou os três ferimentos de bala, mas não encontrou nenhum sinal de que Rasputin ainda estivesse vivo e respirando quando foi jogado ao rio. Pelo contrário, o tiro na testa causou morte instantanea”.
Em outro trecho diz:
“O exame post mortem não encontrou indícios de envenenamento por cianureto - talvez tenha deteriorado, talvez tenha sido neutralizado pelo vinho”.
O imperador Nicolau II, em carta, afirmou que recebeu a notícia com horror e angústia. Enquanto isso, a dinastia, a sociedade comemoravam o assassinato de Rasputin, como descrito em Os Romanov.
Grigori Rasputin foi assassinado em 16 de dezembro de 1916. Segundo Trotski, o assassinato de Rasputin foi uma operação amadora, executada de forma desastrada, como um roteiro concebido para pessoas de mau gosto.
Sobre a figura de Grigori Rasputin, houve aqueles que o viam como um santo, admirados com seus milagres e previsões, como a Imperatriz Alexandra. Por outro lado, havia aqueles que se opunham à sua influência, como o Ministro Nikolasha e Félix Yussupov.
O fato é que, ao final, o assassinato de Rasputin, em vez de fortalecer a monarquia, acabou por enfraquecê-la. Alguns anos depois, com o avanço da Revolução de 1917, a família Romanov foi assassinada e o Império Russo caiu, como Rasputin havia previsto.
No livro Os Romanov, o autor Simon Sebag Montefiore relata:
“O assassinato não mudou muito a situação, porque Nicolau e Alexandra, e não Rasputin eram os verdadeiros responsáveis por seus apuros políticos. Rasputin normalmente apenas confirmava e abençoava os preconceitos de ambos”.
Grigori Rasputin foi uma das figuras de destaque durante o último reinado dos Romanov, antes da queda da dinastia e da Revolução Russa de 1917.
Para suprir essa lacuna, no curso Uma breve história da Rússia, Lucas Ferrugem, CEO da Brasil paralelo, se propõe a percorrer o período que abrange desde a formação do território russo, antes de Cristo, até a Rússia contemporânea de Vladimir Putin e a posição que essa federação ocupa no cenário político atual.
A Brasil Paralelo é uma empresa de entretenimento e educação cujo propósito é resgatar bons valores, ideias e sentimentos no coração de todos os brasileiros. Em sua história, a empresa já produziu documentários, filmes, programas e cursos sobre história, filosofia, economia, educação, política, artes e atualidades.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP