As greves de professores, funcionários e alunos fazem parte do cotidiano das universidades federais brasileiras.
No entanto, as paralisações acontecem em escalas e intensidades diferentes a depender do momento histórico e social em que o país está inserido.
Ao longo dos quatro anos da gestão Bolsonaro, as universidades foram palcos de grandes protestos e iniciativas contrárias ao ex-presidente.
Apesar disso, foi realizada apenas uma greve durante os quatro anos e durou apenas o dia 15 de maio de 2019.
A ação fez parte de uma onda de protestos chamada de tsunami da educação, que se opôs a um corte de 30% na educação.
Ao longo das gestões petistas, o governo teve de lidar com oito grandes greves nas instituições.
Nos dois primeiros mandatos de Lula, entre 2003 e 2010, as universidades federais tiveram três greves.
A primeira aconteceu no início do governo, a segunda em 2005 e a terceira em 2007. O período custou aos estudantes um total de 193 dias de aula.
Os dois mandatos de Dilma Rousseff foram marcados por outras quatro greves, em 2011, 2012, 2014 e 2015.
Durante a gestão da petista, os alunos perderam mais de um ano devido às greves: o total foi de 398 dias.
O governo Temer também enfrentou duas grandes paralisações em oposição às reformas trabalhista e da previdência.
A última grande greve nas federais do país teve início no dia 15 de abril de 2024 e durou até 3 de julho. No total, as instituições permaneceram sem atividade durante 80 dias.
Os objetivos da ação foram aumentos e reajustes salariais e o fim de medidas promovidas por Bolsonaro.
Desde a década de 1980, as universidades federais tiveram 26 grandes greves que abrangeram boa parte das instituições em todo o país.
Isso significa que mais da metade dos 44 anos que se passaram desde a primeira greve foram marcados por ações do tipo. Ao todo, apenas 18 anos não foram marcados por greves de professores e alunos.
O tempo médio de duração de cada greve foi de aproximadamente 65 dias, o número total de dias perdidos por conta das ações chega a 1.697, o equivalente a quatro anos e seis meses.
Os que mais sofrem com esse tipo de manifestação são os estudantes, que se prejudicam com problemas no planejamento pessoal e no aprendizado.
As greves causam mudanças nos períodos de férias e podem atrasar as formaturas, levando os alunos a conseguirem ingressar plenamente no mercado de trabalho mais tarde do que o esperado.
Outro ponto é que os alunos que se mudam para entrar na universidade têm de arcar com custos extras causados pelos atrasos.
Podem também ter suas pesquisas acadêmicas prejudicadas por conta de dificuldades em acessar as bibliotecas.
Alunos que dependem de auxílios para realizar seus cursos também podem ter o acesso aos recursos atrasado por conta de paralisações.
Mesmo com todos esses problemas para os estudantes, organizações de professores e grupos do corpo discente continuam a apoiar greves.
Muitas dessas representações estão ligadas diretamente a partidos do espectro político da esquerda, como Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), entre outras siglas.
Esses grupos se aproveitam do ambiente avesso à diversidade de opiniões em que as universidades se transformaram para cooptar alunos.
Para entender o real estado das universidades brasileiras e dar voz aos professores e alunos que sofrem as consequências da ideologia nas instituições de ensino, a Brasil Paralelo levou suas câmeras para as universidades.
O primeiro episódio da série original Unitopia foi ao ar no dia 17 de setembro, assista completo no vídeo abaixo:
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