Ontem (05/11), ocorreu o primeiro dia da aplicação da prova do Enem de 2023. Logo após saírem da prova, alguns alunos começaram a criticar o teor ideológico da prova. Fotos das questões mostram ofensas explícitas ao agronegócio, como:
“Além do mais, há outros fatores negativos [no agronegócio], como a mecanização pesada, a 'pragatização' dos seres humanos e não humanos, a violência simbólica, a superexploração, as chuvas de veneno e a violência contra a pessoa”.
Entenda os motivos dos ataques ao agronegócio brasileiro e a importância do setor para o Brasil e o mundo.
A prova do Enem criticou o agronegócio brasileiro e o capitalismo de forma explícita. A questão dizia:
Segundo cursinhos especializados, a resposta correta segundo os parâmetros do Enem é a letra A, afirmando que os administradores de grandes produções agropecuárias exploram seus trabalhadores.
As respostas aos textos opinativos do Enem tomaram as redes sociais logo após a prova. Para o prof. Dr. Marcos Fava Neves, engenheiro agrônomo e professor da USP e FGV:
“Sabe quando o zagueiro de um time da um chutão para dentro do próprio gol? Foi minha sensação ao ver esta Questão do ENEM de ontem. Um verdadeiro show de horrores. Primeiro a revista aceitar um texto ultrapassado, confuso e conceitualmente errado como este. Erraram os revisores e o editor.
Segundo, o infeliz técnico que usou este pedaço sem sentido para fazer uma pergunta do Enem, que não tem alternativa correta de resposta, os revisores e todos que participaram da elaboração e revisão da prova. Os autores não são culpados pois papel e caneta aceitam qualquer coisa. Cabe ainda nesta segunda-feira cedo um processo para anulação desta questão. Que fato lamentável.”
O administrador Tiago Guitián dos Reis destacou o fato da prova do Enem necessitar do agronegócio para ser feita, escrevendo em seu Twitter:
"O mais curioso disso tudo é que o papel da prova possivelmente foi produzido em uma planta de celulose no cerrado brasileiro".
Na década de 70, o Brasil enfrentava uma de suas maiores crises alimentares.
Mesmo todas as terras produtivas sendo utilizadas, a produção nacional supria apenas ⅔ da população, o resto tinha que ser importado.
"Metade da renda da maior parte das famílias brasileiras era destinada a alimentação, não o valor do salário, mas da renda total da família.
Quem gasta metade da renda em alimentação não vai ter dinheiro para vestuário, residência, saúde, educação, lazer, segurança e outras coisas mais. Era uma época muito triste", disse Paolinelli em entrevista para o documentário Cortina de Fumaça, da Brasil Paralelo.
Paolinelli viajou para diversos países tropicais e estudou seus principais mecanismos tecnológicos utilizados na agricultura. Ao retornar para o país, ele e sua equipe desenvolveram um projeto de recomposição química, física e biológica do cerrado brasileiro, uma das áreas mais extensas do país.
Em pouco tempo a área mais infértil do Brasil se tornou um dos principais territórios para a agricultura nacional.
"Nós buscamos elaborar um plano para recompor a agricultura e tornar o Brasil autossuficiente. Depois da conclusão do projeto, ficamos surpresos: o Brasil não só passou a ser autossuficiente como se tornou uma agricultura tropical altamente competitiva", disse Paolinelli a Brasil Paralelo.
Após a recomposição do cerrado, o Brasil se tornou um dos maiores exportadores de comida do mundo, ganhando a alcunha de celeiro do mundo.
Devido aos estudos e projetos de Paolinelli, ele se tornou o único agrônomo brasileiro a ser indicado ao Nobel da Paz. Sua indicação foi justificada pelas milhões de famílias carentes que passaram a ter conforto e segurança alimentar após seu trabalho.
Paolinelli falou sobre sua história e a agropecuária brasileira e internacional no documentário Cortina de Fumaça:
O agronegócio é uma das principais atividades econômicas do Brasil. Além de alimentar mais de 900 milhões de pessoas, o setor é responsável por mais de 24% do PIB nacional. Mesmo assim, é um dos setores mais criticados do país. O que está por trás disso?
Para muitos especialistas, interesses estrangeiros, ideológicos e econômicos são alguns dos principais motivos. Em entrevista ao podcast Conversa Paralela, o advogado e produtor rural, André Pirajá, falou sobre o relatório Farms Here Forests There.
O documento americano defende o desenvolvimento da agricultura de países desenvolvidos enquanto países tropicais, como o Brasil, deveriam focar em manter sua biodiversidade original.
A iniciativa é apontada como um dos projetos estrangeiro que visam frear o agronegócio brasileiro para favorecer seus países.
Outros motivos também vêm à tona quando o assunto é ataques ao agronegócio brasileiro. Ao participar do podcast Conversa Paralela, Filipe Sabará destacou outra possível causa: a cosmovisão de esquerda.
A mais valia, conforme preconizada por Karl Marx, afirma que é criminoso o fato de idealizadores e administradores de um negócio receberem mais dinheiro que seus empregados, defende Felipe Rosa no curso sobre Escola Austríaca de Economia no Núcleo de Formação da Brasil Paralelo.
A consequência lógica dessa cosmovisão leva a um conflito entre seus seguidores e setores lucrativos da sociedade.
Para entender a fundo o que está por trás desses ataques ao agronegócio e como eles ocorrem, a Brasil Paralelo reuniu muitos dos maiores especialistas no assunto, como:
Os entrevistados ainda abordam como realmente atua o agronegócio brasileiro e quais são os possíveis caminhos de desenvolvimento que beneficiariam ainda mais toda a sociedade brasileira.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP