O X voltou ao ar no Brasil. Hoje,18 de setembro, os usuários já voltaram a acessar a rede social. A plataforma estava bloqueada desde 31 de agosto por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
No início do dia, a ANATEL afirmou que não havia ordem de liberação, enquanto o STF falava em instabilidade no bloqueio.
Uma outra possibilidade é a de a empresa ter mudado o endereço de IP de seus servidores. Um especialista em tecnologia da informação consultado pela Brasil Paralelo descobriu atividade do X na rede CloudFlare, uma plataforma em nuvem de otimização de conteúdo.
A tecnologia é usada por streamings como Netflix e Disney Plus para evitar que as transmissões de conteúdo travem durante a exibição.
Isso pode ser uma explicação para o retorno parcial da operação ao Brasil.
O técnico de DevOps Filipe Lemos explica que, se a migração realmente aconteceu, as conexões conseguiram escapar do bloqueio imposto pela Justiça.
Os especialistas consultados pela Brasil Paralelo afirmaram que o X pode mesmo estar chegando ao Brasil via Cloudflare.
Uma equipe de TI fez um teste e apurou que há sim atividade atribuída ao X na plataforma. Veja:
Na prática, o STF bloqueou uma rota para o X chegar ao Brasil. Para resolver o problema, a empresa econtrou outra rota para operar, por meio da CloudFlare.
Ainda assim, a rede social pode sair do ar novamente. Nesse caso, a Justiça teria que notificar a empresa a parar o serviço, sob pena de bloqueio da plataforma no Brasil.
Se isso acontecesse, muitas empresas que dependem da CloudFlare teriam sérios problemas. Um exemplo do impacto semelhante foi o causado quando uma atualização afetou o sistema de segurança do Windows.
Em 19 de julho deste ano, a CrowdStrike teve problemas. Na ocasião, sistemas de check in de companhias aéreas saíram do ar em todo o mundo. A situação causou atrasos e cancelamentos de voos, gerando transtornos em escala global.
O especialista em TI, Ronaldo Faraone, explica que algo mais grave poderia acontecer em uma eventual derrubada da CloudFlare. Por essa razão, não acredita na interrupção do serviço: "Por ser uma empresa internacional de segurança de dados, é inviável proibir sua operação no país".
Já Filipe Lemos acredita na possibilidade de uma nova derrubada da rede social: “Essa mudança não significa que o X não possa ser retirado do ar, mas agora, qualquer solicitação de bloqueio precisa ser direcionada ao Cloudflare, que, ao contrário do X, possui um escritório no Brasil, facilitando o cumprimento de decisões judiciais”.
A polêmica em torno do bloqueio do X ganhou um novo capítulo ontem,17 de setembro. Questionada pela TV Globo sobre a opinião do governo Biden sobre o assunto, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou em entrevista coletiva que todos têm direito à liberdade de expressão.
Segundo ela, isso inclui o acesso às redes sociais. A fala repercutiu em veículos internacionais, como o New York Post.
No dia 31 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes ordenou que a plataforma X fosse bloqueada em todo o território nacional. A decisão é uma retaliação por a empresa não ter nomeado um representante legal no Brasil.
Musk encerrou seu escritório no país após Moraes ameaçar prender colaboradores do X caso a companhia não bloqueasse perfis na rede social. Confira a reportagem completa.
Segundo apurou a rádio Itatiaia, o STF está checando o ocorrido e irá pedir à ANATEL que se manifeste sobre o caso.
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