Um grupo de deputados governistas protocolou representações na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusando-o de crimes de “lesa-pátria” e conspiração contra o Brasil.
Liderados por Lindbergh Farias (PT-RJ), Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Rogério Correia (PT-MG), os parlamentares alegam que o deputado tem articulado com autoridades americanas para interferir em decisões judiciais brasileiras, especialmente contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
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Segundo as denúncias, Eduardo Bolsonaro teria feito três viagens aos Estados Unidos desde janeiro de 2025, após a posse de Donald Trump, para pressionar parlamentares republicanos a aprovar sanções contra o Brasil e um projeto que proíbe a entrada do ministro Alexandre de Moraes no país. Lindbergh Farias declarou em redes sociais:
"Acabamos de entrar na PGR pedindo investigação criminal e apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro por conspirar nos EUA contra o Brasil."
Os governistas afirmam que tais ações configuram um ataque direto à soberania nacional, previsto no artigo 359-I do Código Penal, que pune quem negocia com governos estrangeiros para provocar atos contra o país.
Eles também pedem a cassação de seu mandato e a proibição de assumir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
A citação de Eduardo Bolsonaro pela Procuradoria-Geral da República não implica que ele será cassado. O processo inclui algumas etapas:
Assim, embora possível, a cassação enfrenta barreiras jurídicas e dificuldades significativas.
Por outro lado, Eduardo Bolsonaro reagiu às acusações nas redes sociais, rejeitando as denúncias como perseguição política. Ele afirmou que suas viagens têm como objetivo “lutar pela liberdade” e criticou os acusadores, chamando-os de aliados de “ditaduras” e “corruptos”. Também declarou em suas redes sociais:
“Os caras do partido da lista da Odebretch, mensalão, petrolão e demais escândalos de corrupção para abastecer ditaduras e o Foro de SP com dinheiro dos nossos impostos, agora me acusam de crime de lesa pátria?! Piada pronta, concorda?”
Parlamentares aliados do PL, como Flávio Bolsonaro, classificam as representações como “vazias” e sem provas concretas, sugerindo que o PT busca desviar o foco de escândalos próprios.
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