Depois de passar pela bolha de Caracas, Bruno Musa decidiu conhecer pessoas reais e suas lutas e provações na Venezuela. Em seu caminho, ele encontrou Maya Liberdad, uma ativista venezuelana com uma história comovente.
Hoje, fomos até a sede do partido Voluntad Popular, um partido de oposição ao governo do ditador Nicolás Maduro.
Quem nos levou até lá foi a nossa guia. Como ela era jornalista na época em que morava na Venezuela, ainda conhece muitas pessoas do meio político.
Mas não fomos nessa sede para falar com algum político venezuelano, fomos para conhecer uma ativista local, chamada Maya Liberdad.
Sem dúvidas, a história de vida de Maya foi uma das mais incríveis que tive contato na Venezuela, e quero compartilhar essa história com você nesse Diário de Viagem.
Ela nos contou que seu pai tinha um espírito revolucionário, e enxergava Hugo Chávez como um defensor da libertação latino-americana, e todo aquele papo de libertação do imperialismo norte americano.
Inclusive, o pai de Maya lhe deu esse nome de Maya Liberdad, com esse sentido, para que ela lutasse sempre pela liberdade de seu país.
Mas quando Maya cresceu, começou a discordar do regime chavista, com os rumos que a Venezuela estava tomando, e nos disse que isso gerava muitas brigas entre eles.
O que mais me deixou abalado nesse relato, foi quando ela contou do falecimento de seu pai.
Ele adoeceu e eles o levaram para o hospital público, onde o atendimento é feito pelos médicos cubanos, um programa parecido com Mais Médicos aqui do Brasil. Seu pai foi diagnosticado erroneamente com dengue pelos médicos, e recebeu o tratamento errado.
Quando ele piorou, precisaram levá-lo até um hospital particular, mas já era tarde, e precisaram colocá-lo em coma induzido.
Antes da indução, Maya, por ser a filha mais velha, entrou no quarto para falar com ele. Para sua surpresa, ouviu dele: “filha, essa não foi a revolução pela qual lutei”.
Muito emocionada, ela nos disse que esse é um dos grandes motivos de ela hoje ser uma ativista que luta pela liberdade do seu país, para que se liberte desse governo que oprime e mata a população.
Um outro acontecimento curioso que Maya nos disse, foi sobre como a demissão de sua mãe as uniu. Após a morte de seu pai, sua mãe e ela pararam de se falar.
Sua mãe trabalhava com uma empresa de coleta de lixo para o governo, mas um dia viram fotos de Maya em uma manifestação da oposição do governo, e demitiram sua mãe, por não quererem uma pessoa com ligação a opositores trabalhando em uma empresa para o governo, por mais afastadas que elas fossem.
Como sua mãe ficou sem ter como se sustentar, ela se reaproximou de Maya, que passou a sustentá-la e assim elas voltaram a se falar.
Os irmãos de Maya já não moram mais no país, mas ela ainda está lá com sua mãe e filhos, e diz que não vai abandonar seu país, que ama a Venezuela.
Esse é um retrato muito real da Venezuela hoje: famílias separadas por buscarem melhores condições de vida em outras nações.
Por toda sua dedicação nessa luta por dias melhores, Maya tem contatos e conhece bem a região de Petare, a maior favela da América.
E se comprometeu a nos levar lá em segurança, para que possamos ver com nossos próprios olhos como é a vida do povo venezuelano.
Mal posso esperar para ver o que Petare tem a nos mostrar.
Ass.: Bruno Musa
A convite da Brasil Paralelo, Bruno Musa foi até a Venezuela para ver com seus próprios olhos a realidade nua e crua desse país. O economista e empreendedor conheceu a realidade dos venezuelanos tendo conhecido pessoas e ouvido relatos sobre a realidade do dia a dia.
A viagem ajudou a revelar o que é verdade e o que é mentira sobre o que é dito do país. O novo Original Brasil Paralelo é uma produção inédita contada pelo próprio povo venezuelano e com imagens inéditas feitas dentro do país.
A viagem virou o novo documentário da Brasil Paralelo: Infiltrados: Venezuela, que estreia em junho.
Toque no link e conheça essa história.
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