Na última terça-feira (14 de maio de 2024), um movimento brusco abalou os alicerces da Petrobras e, por consequência, do cenário político e econômico do Brasil.
Jean Paul Prates foi demitido do comando da gigante petrolífera pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em uma decisão que já gera intensos debates e suspeitas de intervenção política.
A notícia da demissão de Prates foi confirmada pela Petrobras. Em um comunicado ao mercado financeiro, a empresa informou que recebeu uma solicitação de Prates para que o conselho de administração se reunisse e analisasse o encerramento antecipado de seu mandato.
Caso o encerramento fosse aprovado, Prates apresentou sua intenção de renunciar também ao cargo de membro do conselho.
Para ocupar o cargo deixado por Prates, a Petrobras anunciou a nomeação de Magda Chambriard. Engenheira civil com pós-graduação em engenharia química, Chambriard traz consigo uma vasta experiência, tendo presidido a Agência Nacional do Petróleo (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff, de 2011 a 2016.
A escolha foi feita pelo Ministério de Minas e Energia, numa tentativa de dar continuidade aos projetos da estatal.
Enquanto a base governista optou por um silêncio estratégico, talvez aguardando desdobramentos ou evitando controvérsias desnecessárias, a oposição não hesitou em levantar a voz.
Parlamentares oposicionistas acusam o governo de uma intervenção direta na Petrobras, sugerindo que a demissão de Prates é um movimento político para influenciar decisões internas da empresa, especialmente em um momento de flutuação nos preços dos combustíveis e tensões econômicas.
Para o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), a demissão é um exemplo de que o “PT não tem limites”.
“A demissão de Jean Paul Prates mostra que o fisiologismo do PT não tem limites! Intervir em uma companhia, do porte da Petrobras, de capital privado, para transformar a empresa em um agente de políticas públicas, é repetir velhos erros da esquerda, um abuso inaceitável!”, disse o ex-vice-presidente.
Na mesma linha, o deputado federal Mendonça Filho (União-PE) diz que a saída de Prates “mostra que o Governo segue firme derrubando o valor de um dos principais ativos do país.”
“A demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, mostra que o Governo segue firme derrubando o valor de um dos principais ativos do país. O absurdo bater de cabeças, numa das maiores empresas de petróleo do mundo, expõe uma governança envolta em rixa e disputa política.”, afirmou Mendonça.
Enquanto a oposição usa o caso para criticar Lula e o Partido dos Trabalhadores, poucos governistas se manifestam sobre o ocorrido.
Uma das exceções foi a governadora Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte. A mandatária agradeceu o presidente da Petrobras e disse que ele “adotou importantes medidas à frente da estatal”.
“Toda gratidão ao companheiro e amigo Jean Paul Prates por sua dedicação enquanto presidente da Petrobras. Jean adotou importantes medidas à frente da estatal, com foco na transição energética, pondo fim ao desinvestimento da Petrobras no RN e com a criação da diretoria de transição energética e de sustentabilidade no nosso Estado. Além disso foi o responsável por relevantes investimentos no projeto da margem equatorial, que teve seu pontapé inicial no Rio Grande do Norte. Todos sabemos da sua contribuição para o avanço e reconstrução do Brasil.”, declarou a petista.
Alinhada com sua correligionária, a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) também foi uma das poucas vozes da esquerda a sair em defesa de Prates.
“Obrigada, companheiro Jean Paul Prates, pelo tempo à frente da Petrobras. Parabéns pela importante atuação nas ações de transição energética. Jean reabriu a sede da estatal no RN com foco nas energias renováveis. Foi uma gestão que contribuiu muito para o avanço do Brasil!”, disse Bonavides.
A demissão de Jean Paul Prates ocorre em um contexto de instabilidade e incertezas. Analistas do mercado financeiro já começam a recalibrar suas projeções, enquanto investidores aguardam para ver como a nova liderança de Magda Chambriard afetará o rumo da Petrobras.
Internamente, a empresa enfrenta o desafio de manter a confiança de seus colaboradores e acionistas, garantindo que a transição seja o mais suave possível.
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