Ruy Castro sugeriu que Biden mande seus eleitores atacarem o Capitólio. O escritor e cronista utilizou sua coluna na Folha de hoje (6) para criticar o sistema eleitoral dos Estados Unidos e sugerir:
“Imigrantes votam num xenófobo; mulheres, num misógino; pretos, num racista; libertários, num autoritário; moralistas, num imoral; e sinceros legalistas, num camarada que já anunciou que, se eleito, não vai largar o poder. E, se tudo isso deixar o eleitor ligeiramente nauseado, há uma solução simples e legal: ficar em casa, fritando bacon, e não ir votar”.
Descreveu o método de votação dos americanos como suscetível a fraudes e ultrapassado.
“Em um planeta em que duas gerações já não sabem para o que serve uma caneta, seu sistema eleitoral ainda é do tempo em que, para votar, o cidadão usa o lápis com a ponta lambida e, talvez, borracha”.
Castro argumenta que a solução seria:
“No próximo dia 6 de janeiro, em que terá de desocupar a cadeira, Joe Biden deveria fazer um discurso e instigar seus seguidores a ir quebrar o Capitólio”, escreveu.
Todo mundo pode votar em quem quiser?
Em tom irônico, Castro questiona como imigrantes podem votar em candidatos considerados por ele xenófobos. Também critica mulheres preferindo candidatos ao seu ver misóginos, sugerindo que tais escolhas não fariam sentido.
No final, usa um tom sarcástico para sugerir que as pessoas simplesmente não votem, afirmando que o eleitor ficar “ligeiramente nauseado” com a situação, “há uma solução simples e legal: ficar em casa, fritando bacon, e não ir votar".
Ao concluir seu pensamento, Ruy Castro levanta preocupações sobre a estabilidade política e a integridade dos processos democráticos nos Estados Unidos.
É somente o eleitor que erra?
Durante uma live da Brasil Paralelo na tarde de hoje, o vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes, questionou esse tipo de abordagem.
“A esquerda sempre acha que o adversário venceu pelos seus defeitos, não por suas qualidades”.
O político destaca que Kamala Harris perdeu, em parte, devido ao apoio dos eleitores latinos e negros a Donald Trump.
Da mesma forma, aponta que mais eleitores negros preferiram Trump a Kamala Harris, que aspirava ser a primeira mulher negra presidente dos Estados Unidos.
Ao contrário de Ruy Castro, Ricardo Gomes atribui as escolhas do eleitorado às políticas propostas por Trump. Isso demonstraria que a vitória de Trump se deu mais pelas falhas percebidas no eleitorado do que pelas virtudes de sua campanha.
Os desdobramentos dos últimos acontecimentos serão conhecidos nos próximos anos.



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