O Equador tornou-se palco de uma guerra interna generalizada. Uma forte tensão tomou conta do país depois que o chefe da principal quadrilha equatoriana fugiu da cadeia no domingo, provocando várias rebeliões com guardas feitos reféns.
O presidente abordou o problema com firmeza, mas a violência se espalhou por todo o país, com explosões de veículos, invasão de emissora de televisão e ataques a um hospital.
Após a fuga de José Adolfo Macías Villamar, conhecido como “Fito”, e a rebelião nas delegacias, o presidente Daniel Noboa decretou Estado de Exceção por 60 dias para responder rapidamente ao problema. Com a medida:
O último estado de exceção tinha sido decretado no ano passado, quando um candidato a presidente foi morto a tiros por uma facção. Em 2021, a mesma medida foi tomada por causa do aumento de narcotraficantes.
As medidas não surtiram efeito imediato e a violência generalizada só aumentou. Facções se juntaram para atacar delegacias, comércios e comunidades.
Nos primeiros dias da semana, comércios fecharam, explosões e ameaças foram relatadas, um hospital foi atacado e as aulas foram todas canceladas em escolas e universidades.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram estudantes correndo desesperados na Universidade de Guayaquil. Posteriormente, a instituição informou que não ocorreram ataques no local, mas que os estudantes correram ao se assustarem com os ataques em outros locais da cidade. A informação é do portal El Universo.
Criminosos também sequestraram policiais e publicaram nas redes sociais vídeos da ação. Diversos veículos foram incendiados nas ruas. Os ataques começaram na última segunda-feira (9).
Enquanto um jornal era transmitido ao vivo, criminosos fortemente armados invadiram o estúdio e fizeram os funcionários reféns.
Os invasores não deixaram que a transmissão fosse interrompida e o noticiário exibiu por alguns minutos terroristas exibindo armas pesadas, granadas e funcionários deitados no chão do estúdio.
O canal invadido foi a TC Televisión, uma das maiores referências jornalísticas do país. Os criminosos faziam demandas ao presidente até que a polícia conseguiu tomar a emissora e prender as 13 pessoas envolvidas na invasão. Nenhum trabalhador da TV ficou gravemente ferido.
O Equador se encontra em estado de “conflito armado interno”, onde 22 facções criminosas passaram a ser identificadas como “terroristas” e as Forças Armadas têm autorização para eliminar todos os alvos.
No dia 13 de agosto de 2023, o candidato de direita à presidência Fernando Villavicencio foi assassinado com três tiros na cabeça após deixar um comício em Quito. Conhecido por discursar com firmeza contra as facções criminosas em sua campanha, o candidato havia mencionado “Fito” em algumas falas.
O presidente da época, Guilherme Lasso responsabilizou o crime organizado pelo assassinato de Villavicencio.
Em 2020 o líder da facção Los Choneros foi condenado por crime organizado, narcotráfico e assassinato, segundo informações do El Universo. A sentença foi de 34 anos de prisão.
“Fito” nasceu em 1979 e foi preso pela primeira vez por roubo com apenas 21 anos. Em 2011, foi detido por narcotráfico e crime organizado. Ele estava preso na Penitenciária do Litoral de Guayaquil, a maior prisão do Equador, em um pavilhão de segurança máxima.
Antes de ser enviado para a penitenciária, “Fito” estava preso na La Roca, prisão de segurança máxima.
Apesar do reforço de segurança, o chefe do crime conseguiu fugir junto com outros 17 presos. Em poucas semanas foi capturado e levado para a Penitenciária do Litoral de Guayaquil, onde conseguiu escapar recentemente.
Assim como no Equador, o Brasil enfrenta facções criminosas em que os bandidos possuem armas de calibres superiores às das forças armadas.
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