Conhecido como o pai do aborto, o médico Dr. Bernard Nathanson foi o responsável direto e indireto por dezenas de milhares de abortos nos Estados Unidos. Ele também alcançou uma proeza única: ser odiado pelo movimento pró-vida durante parte de sua carreira e ser odiado pelo movimento pró-aborto durante a outra parte.
Bernard N. Nathanson nasceu em 1926, nos Estados Unidos. A questão do aborto esteve sempre presente em sua história.
Ainda na adolescência, engravidou sua namorada da faculdade e a convenceu a abortar. Esse foi o primeiro dos 75 mil abortos pelos quais foi responsável.
Alguns anos depois, já formado médico, o doutor Nathanson realizou o aborto em sua própria mulher, grávida de seu filho.
“Confesso que não senti nada mais do que uma plena satisfação profissional por mais um procedimento cirúrgico bem sucedido”, disse o médico em sua biografia.
Ativista dos direitos pró-aborto, Nathanson foi diretor do Centro de Saúde Sexual e Reprodutiva da cidade de Nova Iorque. Sua clínica tinha 10 salas, 35 médicos e realizava, em média, 120 abortos diários, inclusive aos domingos.
O médico realmente acreditava na ideia de que oferecer um aborto tecnicamente bem-feito seria um benefício para as mulheres.
Nathanson conta em sua autobiografia que, junto a um grupo pró-aborto, criou as expressões que são usadas como eufemismos para a palavra aborto: interrupção da gravidez e direito de escolha, com o objetivo claro de legalizar o aborto.
Em uma conferência em Madrid, o médico revelou a estratégia que ele e os ativistas pró-aborto usavam para manipular a opinião pública:
“Usamos uma tática importante: a da grande mentira que se repete constantemente e acaba sendo aceita como verdade.
Em 1968, dizíamos que na América eram praticados 1 milhão de abortos clandestinos, quando sabíamos que não passavam de 100 mil. Nós multiplicamos por dez para chamar a atenção.
Também repetíamos constantemente que as mortes maternas por aborto clandestino se aproximavam de dez mil, quando sabíamos que eram menos de duzentas, um número pequeno para a nossa propaganda.
Espalhamos esse números exagerados nos meios de comunicação, nos grupos universitários e, sobretudo, entre as feministas. Eles escutavam tudo o que dizíamos, inclusive as mentiras, e logo divulgavam. Essa era a base da propaganda pró-aborto".
Ao mesmo tempo em que a luta pelo aborto avançava e a clínica do Dr. Nathanson prosperava, a ultrassonografia foi desenvolvida. A medicina fetal começava a desenvolver seus procedimentos e diagnósticos.
O pai do aborto cometeu o “erro” de fazer um ultrassom enquanto realizava um aborto. Pela primeira vez Nathanson viu o nascituro no útero da mãe.
O médico realizava o aborto por sucção, ao introduzir na mãe o aspirador, Nathanson notou que o feto se debatia contra o aparelho. Aquilo lhe gerou um grande mal estar e uma mudança definitiva, era como se ele escutasse um grito silencioso.
Ao ver o ultrassom, Bernard Nathanson se chocou e começou a refletir. Em seu livro, ele declara que ainda não tinha se convertido religiosamente, mas, naquele momento, observou que ali estava um feto reagindo à sua própria morte, o que o impressionou muito.
A vida do pai do aborto foi interrompida e em lugar, começava a se formar um dos maiores ativistas pró-vida que a história já viu nascer.
“[O aborto] é o holocausto mais atroz da história” afirmou o agora defensor da vida, doutor Bernard Nathanson.
A visão da vida por meio de um ultrassom mudou para sempre sua percepção sobre o aborto:
"Pude comprovar que é um ser humano com todas as suas características. E se é uma pessoa, tem direito à vida.
Eu não creio, eu sei que a vida começa no momento da concepção e deve ser inviolável. É um ser humano, com todas as suas características”.
O pai do aborto tornou-se um defensor ferrenho da vida. Nathanson é responsável por um dos principais documentários pró-vida que existem: O Grito Silencioso.
Duas Vidas: o que estamos falando quando falamos sobre aborto estreia no dia 25 deste mês. Junto do lançamento, vamos divulgar uma das principais iniciativas em defesa da vida em nosso país.
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