Diferentemente do sistema eleitoral adotado no Brasil, no qual o presidente ganha após conseguir a maior parte dos votos populares, no sistema eleitoral americano a decisão ocorre de maneira indireta, através do Colégio Eleitoral.
Esse órgão é formado por representantes estaduais cuja única função é se reunir para eleger o Presidente. Após a escolha, o Colégio Eleitoral se extingue.
Conhecidos como delegados, esses representantes são os verdadeiros eleitores que escolhem o Presidente da República.
A quantidade de delegados por estado é calculada com base no tamanho da população de cada unidade federativa.
A Califórnia envia 54 Delegados para o Colégio Eleitoral porque tem a maior população entre os estados. O Texas manda 40, Nova York 28, e os estados com menos Delegados, três.
Para não perder a relevância em meio a divisões internas, a maioria dos estados adotam a regra do Winner Takes It All, segundo a norma, o vencedor em cada estado leva todos os delegados.
A Pensilvânia, por exemplo, tem 19 delegados, o que significa que, na hopótese de uma eleição quase empatar, um candidato poderia levar 10 e o outro 9.
O resultado estadual não teria importância, mas como o vencedor leva todos os 19 delegados, a Pensilvânia pode ser fundamental para definir o presidente.
Com exceção do Maine, que possui quatro delegados, e de Nebraska, que tem cinco, todos os estados adotam essa regra.
Em 1295, o parlamento inglês foi formado nos moldes atuais pela primeira vez, com uma Câmara dos Comuns, comparável à nossa Câmara dos Deputados, e uma Câmara dos Lordes, que daria origem ao nosso Senado.
Para a Câmara dos Comuns, cada condado da Inglaterra enviaria dois cavaleiros, cada burgo dois burgueses eleitos, e cada cidade dois cidadãos.
Cada um desses representantes levava semanas para chegar no Parlamento, onde ficavam isolados meses debatendo e votando os temas enviados pelo Rei, normalmente aumento de impostos.
Sem transportes ou comunicação ágeis, a única forma de fazer uma discussão nacional era reunindo os representantes locais.
Esse voto local numa eleição majoritária em cada condado, em cada cidade, deu origem ao que hoje chamamos de voto distrital, adotado nos Estados Unidos e na Inglaterra, por exemplo.
Essa realidade permeou a Idade Média e inspirou o modelo americano desde 1776, quando o país nasceu.
O país foi criado a partir de uma revolução de habitantes das colônias da costa leste contra os abusos impostos pela coroa britânica.
Assim, os Estados Unidos nascem como uma confederação de 13 estados, e por isso a sua declaração de independência começa da seguinte forma:
"No Congresso, 4 de julho de 1776, a Declaração unânime dos 13 Estados Unidos da América".
Era preciso um processo eleitoral que respeitasse esse sentimento de autonomia, assim nasceu o Colégio Eleitoral que dura até hoje
O modelo possibilita que todos os estados tenham alguma relevânica no processo de escolha do presidente.
Para saber mais sobre o sistema eleitoral americano assista ao especial da Brasil Paralelo sobre as eleições americanas no vídeo abaixo:
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