Deputados da bancada da Segurança Pública comemoraram o projeto que pôs fim às “saidinhas”. Já os parlamentares do PSOL expressaram preocupação, dizendo que as saídas temporárias serviam como um instrumento de ressocialização.
Na noite de ontem, (20 de março de 2024), o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou projeto que acaba com as “saidinhas” de detentos.
Os deputados federais, membros da Comissão de Segurança Pública, celebraram a aprovação do Projeto de Lei que estabelece o fim das "saidinhas" de presos.
O relator Guilherme Derrite (PL-SP) destacou que é uma “vitória contra a impunidade”:
“Depois de cinco anos de muita luta, a qual vocês acompanharam e apoiaram, hoje aprovamos definitivamente na Câmara dos Deputados o meu relatório sobre o projeto de lei que acaba com as saídas temporárias no Brasil. Vitória contra a impunidade.”
Na mesma linha, o deputado federal Sanderson (PL-RS) afirmou:
“Fim das ‘saidinhas’ é o primeiro passo para vencermos a criminalidade no Brasil. Derrota do governo Lula, vitória do povo brasileiro.”
O deputado Sargento Gonçalves (PL-RN) foi outro parlamentar que celebrou a aprovação. O militar disse:
"A situação de detentos que aproveitam as 'saidinhas' temporárias para cometer novos delitos é completamente inaceitável. Iremos garantir que os criminosos cumpram suas penas de maneira integral e justa, sem colocar em risco a segurança da população"
Alinhado com seus colegas da Segurança Pública, o deputado Coronel Telhada (PP-SP) também comemorou:
"A concessão de 'saidinhas' temporárias para detentos acaba descumprindo medidas judiciais. Isso é um absurdo que não pode ser tolerado. A prática coloca em risco a segurança dos cidadãos e compromete a credibilidade do sistema de justiça. Estava passando da hora de adotar medidas mais enérgicas e eficazes para garantir que os criminosos cumpram suas penas de forma integral e justa, sem privilégios indevidos que comprometam a ordem pública".
Enquanto a bancada da Segurança Pública celebrava a aprovação do PL que põe fim às "saidinhas" de presos, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) expressou sua preocupação com os direitos humanos e a ressocialização dos presidiários.
Bomfim enfatizou que estava em jogo na Câmara a votação das alterações feitas pelo Senado:
"Se fosse derrubado o texto do Senado, voltava a vigorar a redação da Câmara, que extinguia as saídas temporárias como um todo".
Ela explicou ainda que votou favoravelmente ao texto do Senado para garantir que continuasse existindo em lei a possibilidade de saídas destinadas à ressocialização dos presidiários. A alteração feita pelos senadores estipula que os presos só podem sair para estudar.
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) também criticou o fim das saídas temporárias:
“O projeto 2.253, que a extrema-direita convencionou chamar de ‘saidinha’, não reduz em nada os índices de violência.”.
Braga ainda aproveitou o momento para alfinetar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados.
“Ficou uma dúvida: Bolsonaro, seus filhos e Braga Netto teriam o direito ao que eles chamam de ‘saidinha’?”.
O texto segue agora para sanção por parte do presidente da República. A expectativa no Congresso Nacional é de que Lula vete o projeto parcialmente. Caso se concretize, o veto poderá ser derrubado pelo Legislativo.
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