“Né brinquedo não. Tira essa água! Da dengue!” O bordão da personagem de Solange Couto na novela “O Clone” nunca esteve tão atual. 22 anos depois da epidemia que infectou 280 mil brasileiros, a doença volta ao à cena de forma mais violenta.
A Organização Mundial de Saúde divulgou que até 30 de abril 3,4 milhões de brasileiros foram infectados pelo vírus, relatou um grande portal de notícias. Em óbitos, o Brasil tem 2.846 dos 3.680 casos no mundo, 88% do total.
O combate ao mosquito passa agora a ser novamente uma preocupação para o governo. O Ministério da Saúde divulgou no final do mês passado um plano de ação para combater o vírus.
Batizado de “Plano de Ação do Evento”, o programa tem o objetivo de determinar medidas para o enfrentamento à crise sanitária causada pelo vírus. Entre outras ações, o governo pretende investigar o perfil das vítimas fatais da doença para coibir novas mortes.
O plano inclui ainda uma organização do fluxo de informações da pasta para os demais setores envolvidos.
A pasta comandada por Nízia Trindade irá enviar para as equipes de Atenção Primária à Saúde materiais técnicos com orientações aos profissionais. As instruções incluem campanha de conscientização para evitar água parada e cuidados com os casos mais graves.
Sobre a vacinação contra o vírus, o ministério alega que devido à baixa disponibilidade de vacinas, a estratégia de vacinação contra a dengue está sendo realizada de forma gradativa.
A prioridade são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos de idade. O órgão destaca que a seleção da população-alvo para a vacinação levou em consideração as recomendações internacionais da Opas e da OMS, incluindo o cenário epidemiológico brasileiro de hospitalizações por dengue por faixa etária.
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