Bolsonaro vê meios para reverter inelegibilidade e se posiciona como principal candidato da direita para 2026

Os convidados e palestrantes que estiveram presentes no evento não mencionaram em momento algum outras opções para a presidência, pelo contrário, enalteceram Bolsonaro.

O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, um dos principais nomes para substituir Bolsonaro, ressaltou a unidade do bloco:

"A direita está aqui, está unida e tem uma liderança, que é o presidente Jair Messias Bolsonaro. A gente tem de ser paciente na atribulação. A gente vai penar, mas a gente vai vencer."

O ex-capitão do exército está impedido de concorrer por conta de uma decisão do TSE que o condenou por irregularidades na campanha de 2022.

Ao longo de suas falas, Bolsonaro afirmou acreditar que as mudanças na composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão judiciário responsável pelas eleições, dão esperança para que esses objetivos possam ser atingidos. 

No mês de julho, o mandato de Alexandre de Moraes na presidência do órgão se encerrou. Kássio Nunes Marques, um dos ministros do STF indicado por Bolsonaro, assumirá o comando do TSE e será o responsável durante o período eleitoral de 2026. 

O outro ministro indicado pelo presidente, André Mendonça, também fará parte da composição da corte, o que alimenta a expectativa de recuperação dos direitos eleitorais do ex-presidente. 

Bolsonaro também ressaltou a importância de ter um bom resultado eleitoral, não apenas nas eleições de 2024, mas também na composição do Senado para poder conseguir a anistia por meio de decisão parlamentar:

"A composição do TSE já mudou. Se tivermos uma grande bancada em 2026, pode ter certeza que a gente faz pelo Parlamento, não por uma canetada, uma história melhor para todos nós."

O evento foi utilizado para anunciar a pré-candidatura ao Senado de diversos nomes, como Eduardo Bolsonaro, Ricardo Salles e Bia Kicis.

Essa Casa legislativa tem um importante papel na relação com o Supremo Tribunal Federal, uma vez que é responsável por ter o poder de realizar o impeachment dos ministros e por aprovar as indicações.