O convite a Bolsonaro chegou por e-mail para o seu filho Eduardo Bolsonaro. Contudo, como está sem passaporte, precisou solicitar o documento ao STF. Por hora, segue impedido de deixar o Brasil.
No entendimento da Corte, Bolsonaro deixar o país prejudica as investigações que correm contra ele.
O STF interpreta que apenas o e-mail não é um convite formal de Trump, por isso mais provas são necessárias.
Já para a defesa, o convite ter sido enviado por um e-mail oficial comprova sua veracidade. Os advogados contestam a decisão do ministro. Na petição, eles escreveram:
“Nos EUA, diferentemente do Brasil, possivelmente por razões culturais, prestigia-se a boa-fé do declarante, in casu, de que o convite enviado por e-mail oficial do comitê representado por Donald J. Trump é verdadeiro, justamente porque mentiras ou omissões propositadas podem levar a rigorosas consequências”.
Aliados têm poucas expectativas de que o passaporte seja devolvido. Segundo a colunista Bela Megale, além da "possível propaganda pró-perseguição política", o fim das políticas de checagem de fatos pela Meta pode ter impactado na decisão da Suprema Corte.
Magistrados ouvidos pela coluna de Bela Megale destacaram ainda que a decisão é “mais política que jurídica”. Trump toma posse como 47º presidente dos EUA na próxima segunda-feira, 20 de janeiro.
Até lá, ainda é incerto se o STF liberará seu passaporte. Antes de proferir sua decisão final, o ministro aguarda o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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