Até o momento, não é possível saber se Jair Bolsonaro (PL-RJ) será preso. O ex-presidente foi indiciado e ainda não é réu.
Caso passe a ser, terá direito a ampla defesa e, se for condenado, a Justiça poderá impor até 30 anos de reclusão.
O ex-presidente responderá pela acusação de participação em um plano de golpe de Estado. Embora a estratégia incluísse o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, até o momento não se sabe se Bolsonaro teria conhecimento deste fato específico.
O propósito final do plano seria mantê-lo na Presidência.
O indiciamento aconteceu uma hora após o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Mensagens recuperadas pela Polícia Federal (PF) mostram Cid afirmando que Bolsonaro estava “sendo pressionado por deputados e empresários do agronegócio a dar um golpe”.
A partir de agora, pode ser aberto um processo contra o ex-presidente e mais 36 pessoas pelos crimes de:
O indiciamento não significa necessariamente que os envolvidos se tornaram réus. Agora, a PF entregará suas conclusões para o Ministério Público (MP).
O órgão irá pedir para o Supremo Tribunal Federal autorizar o prosseguimento dos trâmites. Isso acontece porque o processo corre na Suprema Corte.
A seguir, a Procuradoria-Geral da República (PGR) receberá o inquérito para decidir o que fazer.
A PGR pode seguir um de três caminhos:
Se a PGR decidir denunciar Bolsonaro e os outros 36 acusados, o STF pode aceitar ou rejeitar a acusação.
Caso a queixa seja acatada, os mencionados passam a ser réus. A partir dessa etapa, os indiciados têm o direito de acessar as provas e apresentar sua defesa à Justiça.
O procedimento segue o rito comum de um caso criminal, com a exceção de não haver possibilidade de recurso, já que a tramitação ocorre no STF. Além disso, a decisão é tomada pelo colegiado de ministros, e não de forma monocrática.
Além de Bolsonaro, também constam no inquérito os nomes de:
Entre os pontos que levantaram dúvidas, estão contradições entre os depoimentos de Cid e as provas coletadas pelos investigadores na Operação Contragolpe.
Na terça-feira, 19 de novembro, a Polícia Federal deflagrou uma operação, denominada Contragolpe, para investigar um suposto plano de golpe que incluiria assassinado de autoridades como o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes.
O general reformado Mário Fernandes e quatro “kids pretos” foram presos.
Os agentes também alegam ter recuperado mensagens de texto que indicam que Cid sabia sobre planos de assassinato de autoridades, incluindo o próprio ministro Moraes.
No entanto, o tenente-coronel não havia falado sobre tais estratégias nos depoimentos anteriores. A ausência dessa informação caracterizaria o descumprimento do acordo.
Em uma audiência anterior, ele havia sido preso por ter desrespeitado medidas cautelares. Enquanto estava solto, Cid criticou a PF.
A revista Veja divulgou áudios do WhatsApp de Mauro Cid, nos quais ele critica seu próprio acordo de delação premiada, afirmando que foi forçado a "confirmar a narrativa deles".
Após a publicação dessas mensagens, no fim de 2022, o tenente-coronel foi preso, mas foi libertado pouco tempo depois.
Na época, conseguiu liberdade provisória mediante certas condições, mas agora se vê novamente sob risco de voltar à prisão.
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