Biden afirma que Trump "encorajou Putin" a invadir a Ucrânia

O tema apareceu na discussão após a co-mediadora e apresentadora da CNN, Dana Bash, perguntar a Trump se ele considerava os termos de paz trazidos por Putin aceitáveis.

O republicano iniciou sua resposta afirmando que o conflito apenas ocorreu porque Putin "não respeita o atual presidente" e interpretou a fraqueza na retirada de tropas americanas no Afeganistão:

"Ele não fez nada para impedir, na verdade acredito que ele encorajou a Rússia a invadir, vou lhes dizer o que aconteceu. Ele foi tão mal no Afeganistão, foi uma vergonha tão terrível, o momento mais vergonhoso da história de nosso país, que quando Putin viu aquilo

‍... ele disse: 'Sabe de uma coisa, eu acho que vou entrar e tomar *o que é* meu'. Esse é o sonho dele, eu já falei com ele sobre isso."

Biden reagiu criticando a postura de seu adversário com relação ao presidente russo:

"Esse cara disse para Putin: 'faça o que você quiser', foi exatamente isso que Trump fez, encorajou Putin."

O chefe de Estado seguiu sua resposta destacando que o Kremlin não está conseguindo atingir seu objetivo de dominar o país vizinho:

"Ele ia tomar Kiev em cinco dias, por fazer parte da antiga União Soviética e é isso que ele queria restabelecer. E ele de fato foi incapaz de conseguir isso e eles perderam milhares e milhares de tropas."

Voltando para a pergunta sobre os termos de paz, o ex-presidente afirmou que "eles não são aceitáveis" e voltou a culpar seu sucessor pela guerra que, em suas palavras, "jamais deveria ter sido iniciada".

Em seguida, o republicano criticou os custosos envios de recursos para ajudar o governo ucraniano:

"Não creio que já houve algo parecido com isso. Toda vez que Zelensky entra neste país, sai com 16 bilhões de dólares, acho que ele é o maior vendedor da história." 

O candidato seguiu afirmando que "vai resolver o conflito antes mesmo de assumir o cargo". 

Essa colocação foi respondida por Biden, que disse:

"O fato é que Putin é um criminoso de guerra, ele matou milhares e milhares de pessoas. Ele já deixou uma coisa clara, quer restabelecer o império soviético."

O democrata seguiu afirmando que os interesses de Putin não acabariam em Kiev, mas colocam em risco diversos países do leste europeu, inclusive membros da OTAN, como a Polônia.

O presidente também defendeu suas políticas afirmando que:

"Todo esse dinheiro que estamos enviando para a Ucrânia é em forma de armas feitas aqui nos Estados Unidos. Estamos mandando armas e não mais dinheiro neste ponto, e nossos aliados da OTAN têm contribuído tanto quanto nós, por isso somos fortes."

A guerra da Ucrânia é um dos temas internacionais mais importantes para o governo americano, uma vez que tem acelerado a divisão global entre Ocidente e Oriente.