Bebês expostos a telas podem sofrer danos de desenvolvimento social, motor e na resolução de problemas, afirma novo estudo médico

O New York Times publicou um estudo sobre o impacto das telas eletrônicas no desenvolvimento de bebês. Segundo a Associação Médica dos Pediatras Americanos, os bebês que foram expostos a mais de 4 horas de telas no primeiro ano de vida apresentaram os seguintes problemas entre o segundo e o quarto ano de idade:

• problemas de comunicação;
• atraso na resolução de problemas;
• atraso no desenvolvimento de habilidades motoras;
• problemas em relacionamentos interpessoais;

A associação disse que os problemas das crianças analisadas parecem ter se dissipado após os 4 anos de idade. Segundo um dos pesquisadores, um dos pontos cruciais para ter evitado os problemas é a interação pessoal.

A necessidade de ver rostos

David J. Lewkowicz, psicólogo de desenvolvimento da instituição Yale Child Study Center, afirmou não se surpreender com o resultado dos exames. Para ele: 

"A interação face a face entre pais e filhos é crucial para dar aos bebês um rico conjunto de informações sobre expressões faciais, palavras, tom de voz e outras coisas. O feedback físico se combina para transmitir linguagem e significado. Isso não acontece quando você está olhando para a tela”.

Segundo o New York Times, um estudo feito com crianças japonesas indicou o mesmo resultado. Para o psicólogo David J. Lewkowicz:

“Fale com seu filho o máximo que puder, cara a cara, o máximo que puder. O acesso às telas tem que ser moderado, acompanhado de uma grande dose de interação social da vida real”.

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