Atentado terrorista na Rússia deixa 20 mortos e 46 feridos

As autoridades apontaram que 19 pessoas perderam a vida em decorrência da ação, dentre elas um padre ortodoxo, um guarda da igreja, seis policiais e um membro da Guarda Nacional russa.

Seis dos homens que participaram da ação foram abatidos pela polícia local. No entanto, outros suspeitos de envolvimento, continuam foragidos das autoridades.

O governador da região, Serguei Melikov, afirmou saber quem são os responsáveis pela organização do ataque, apesar de não ter entrado em maiores detalhes:

"Sabemos quem está por trás destes atentados terroristas e que objetivo perseguem."

O Comitê de Investigação da Rússia publicou em sua conta na rede social Telegram um comunicado, afirmando que:

"Todas as circunstâncias do incidente e as pessoas envolvidas nos ataques terroristas estão sendo estabelecidas, e suas ações serão avaliadas legalmente".

A ação acontece poucos meses depois de a Rússia ter sido vítima de um atentado que levou à morte de 137 pessoas em uma casa de shows na capital Moscou. 

Na ocasião, o ataque havia sido organizado pelo ISIS-K, um ramo do Estado Islâmico no Afeganistão e Paquistão.

O Daguestão iniciou uma programação de luto oficial pelos próximos três dias. O governador da região publicou um vídeo em que visita os escombros da sinagoga que foi incinerada pelos terroristas após a ação; uma das igrejas também foi incendiada pelos terroristas. 

O político afirmou que "Este é um dia de tragédia para o Daguestão e para todo o país". Tensões entre judeus e muçulmanos têm atingido patamares históricos lá por conta da guerra em Gaza. 

No ano passado, uma multidão invadiu o aeroporto local para linchar os passageiros judeus de um suposto voo vindo de Israel.

A Rússia tem um violento histórico de atentados terroristas e conflitos na região do Cáucaso, onde o Daguestão se localiza, principalmente na Chechenia.

O ataque às igrejas e à sinagoga que aconteceu no final de semana infelizmente é mais um em uma grande quantidade de ações realizadas por extremistas na região.