Segundo as investigações, o atentado a bomba contra o Supremo Tribunal Federal (STF) foi meticulosamente planejado por Francisco Wanderley Luiz.
Confira tudo que se sabe até o momento sobre a ação:
Ainda em julho, Francisco deixou a cidade de Rio do Sul, Santa Catarina, para se hospedar em um albergue em Ceilândia, região periférica do Distrito Federal.
Ele também alugou um trailer, que ficava próximo ao estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, onde ficam a maior parte dos gabinetes. Na região, existem diversos trailers que vendem comidas.
Desde então, parecia viver uma vida normal e era descrito pelas pessoas que conviviam com ele como “prestativo e simpático”.
Vizinhos contam que às vésperas do ataque, Tiü França, como era conhecido, ficou mais recluso e deixou de conversar como de costume.
Luiz saiu do albergue às 6h da manhã, vestindo as roupas que usou durante o ataque, casaco e calças verdes com desenhos de naipes de baralho.
Há especulações de que a escolha dessas roupas possa remeter de alguma forma ao filme Coringa.
A obra conta a jornada de um humorista fracassado com problemas mentais para se tornar um assassino e símbolo de revolta popular.
Explosivos foram deixados no lugar onde morava, dentro de uma gaveta. Para as autoridades, a intenção era matar os policiais que entrassem para investigar o caso.
O dispositivo foi detonado quando a gaveta foi aberta por um robô do esquadrão antibombas.
A polícia também encontrou uma frase rabiscada no espelho do banheiro da casa, onde estava escrito:
“Débora Rodrigues, por favor não desperdice batom!!! Isso é para deixar as mulheres bonitas!!! Estátua de m**** se usa TNT”
A mensagem era uma referência a Débora Rodrigues dos Santos, que foi presa após escrever “perdeu mané” na estátua da Justiça na Praça dos Três Poderes durante os protestos de 8 de janeiro de 2023.
Às 8h15, ele entrou no Anexo IV da Câmara dos Deputados, utilizou o banheiro e deixou o local.
Após o ataque, as autoridades esvaziaram o prédio e procuram explosivos na área, mas não encontraram nada.
Seu carro, um Kia Shuma, estava no estacionamento do local, carregado de tijolos, uma bomba caseira e fogos de artifício.
Até o momento, as autoridades não sabem o que Tiü França fez entre a manhã e o momento do ataque.
A ação começou por volta das 19:30 horas, quando Francisco incendiou seu carro e caminhou do estacionamento até a Praça dos Três Poderes a pé.
Ele caminhou normalmente, segurando um guarda-chuva, durante o trajeto de 300 metros.
Ao chegar em frente à estátua da Justiça, parou e começou a mexer em sua mochila, chamando a atenção da polícia do STF.
Naquele momento, o carro já tinha explodido, deixando a equipe de segurança em estado de alerta.
Francisco lançou um tecido em direção à estátua e arremessou um artefato explosivo em direção ao STF. Poucos segundos depois lançou o segundo contra o edifício.
De acordo com a versão apresentada pelas autoridades, o homem terminou a ação deitado em cima de um terceiro dispositivo e tirando a própria vida.
A Polícia Federal (PF) investiga se Tiü França tinha alguma relação com grupos extremistas ou se agiu sozinho.
Descobriram publicações no Facebook de fotos de mensagens enviadas para ele mesmo no Whatsapp com mensagens críticas ao governo Lula e ao STF.
Em uma publicação, ele parecia imaginar como seria um diálogo entre um filho e seu pai sobre o atentado em Brasília.
Em outra, divulgada mais perto do atentado, afirmou que o ato poderia ser um marco para iniciar uma “revolução”:
“Sugiro a vocês uma data especial para iniciar uma revolução. Após este grande acontecimento, vocês poderão comemorar a verdadeira proclamação da república!!! ‘Em espírito estarei na linha de frente com minha espada erguida” DEUS NOS ABENÇOE”
A Meta removeu o perfil no dia do atentado, às 22 horas, e o Tik Tok fez o mesmo no dia seguinte.
Em coletiva de imprensa, Andrei Rodrigues, diretor da Polícia Federal afirmou que as investigações buscam identificar se entre os alvos da ação há ministros do Supremo Tribunal Federal.
Passos citou mensagens da ex-esposa de Francisco em que ela afirmava que ele queria matar o ministro Alexandre de Moraes.
A PF também acredita que o crime tenha sido premeditado. Passos também disse que, pelo nível de sofisticação das bombas, o autor dedicou bastante tempo a planejar o crime.
Até o momento não há informações sobre outros participantes.
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