A incursão ucraniana na região russa de Kursk, iniciada no dia 6 de agosto, segue avançando após mais de uma semana.
A Ucrânia afirmou nesta quarta-feira, dia 14, que o exército já conseguiu controlar 74 assentamentos.
O governador da região, Alexey Smirnov, admitiu a perda de 28 assentamentos para as forças ucranianas.
Em uma reunião com Putin, o político descreveu a área perdida:
"A profundidade de penetração no território da região de Kursk é de 12 quilômetros, a largura ao longo da linha de frente é de 40 quilômetros"
Na mesma ocasião, os ucranianos afirmaram ter o controle sobre 1.000 km2 do território russo.
Alexander Syrsky, comandante das Forças Armadas Ucranianas, destacou que a infiltração ainda tem enfrentado resistência nos locais ocupados:
"A situação, apesar da alta intensidade das hostilidades, está sob controle"
O governo russo tem negado a perda de algumas das regiões mencionadas pelos militares ucranianos, como é o caso da cidade de Sudzha.
Os russos afirmam que a cidade segue em disputa, com militares tentando resistir no interior do município.
Segundo o general russo Apti Alaudinov:
"Hoje existem unidades do Ministério da Defesa russo em Sudzha e há um inimigo ao redor e em algumas partes da cidade. Há confrontos ativos lá todos os dias. O inimigo não pode dizer que controla completamente Sudzha, porque ele realmente não a controla".
Para Putin, o plano de Kiev com a invasão é conseguir melhores termos de negociação por meio de ganhos no campo de batalha:
"O inimigo está tentando melhorar as suas posições para uma possível negociação no futuro".
A tese de Putin parece ser respaldada pelas falas de Zelensky, que afirmou ver na incursão uma forma de pressionar o povo russo contra seu líder:
"A Rússia deve ser forçada à paz se Putin deseja tanto continuar a guerra"
O presidente russo, no entanto, prometeu que expulsará os ucranianos e afirmou que dará uma "resposta à altura".
As movimentações causaram a evacuação de 121 mil habitantes de Kursk, outros 59 mil estão se preparando para deixar a região.
A área de Belgorod, próxima às cidades afetadas, também deve ser evacuada por segurança.
Para acomodar os desabrigados, o governo russo criou 400 centros de habitação temporária ao redor do país.
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