Após a manifestação liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro neste 16 de março, a oposição busca acelerar a tramitação do Projeto de Lei que anistia os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), pretende apresentar um pedido de urgência para que o projeto seja votado diretamente no plenário da Câmara. Segundo o parlamentar, a proposta conta com o apoio de 260 parlamentares.
Bolsonaro entrou em contato recentemente com Gilberto Kassab (PSD), Marcos Pereira (Republicanos), Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP).
As conversas foram avaliadas por interlocutores como um sinal positivo desses líderes em relação ao PL da Anistia. Entretanto, Pereira disse que conversaria com o líder de sua sigla na Câmara para definir a posição do partido.
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Pereira tem se mostrado aberto ao diálogo e disposto a entender a medida. Conforme revelou com exclusividade o jornalismo da Brasil Paralelo, o cacique do Republicanos ouviu relatos de familiares de condenados pelos atos e afirmou que debateria o tema com os demais membros do partido.
De acordo com o senador Jorge Seif (PL-SC), a aprovação do PL da Anistia “é prioridade para direita”.
“Eu reafirmo: a anistia aos presos do 8 de janeiro é prioridade para direita e ninguém vai impedir essa votação. Não podemos aceitar perseguição política no Brasil.”
Por outro lado, governistas continuam resistentes ao avanço do tema. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) diz que seria “um tapa na cara do povo” a Câmara aprovar a proposição.
“O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou que PL, PP, União Brasil e PSD apoiam a anistia aos golpistas de 08/01/2023. Diz que tem 260 votos a favor do projeto, 3 a mais do que o necessário para sua aprovação. Isso é um acinte, um tapa na cara do povo. Não tem anistia para golpistas, tem cadeia.”
O PL da Anistia está parado na Câmara desde outubro de 2024. Na ocasião, o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), criou uma comissão especial para analisar o tema. Apesar de ter sido anunciada, ela não teve funcionamento até a presente data. A decisão do alagoano foi interpretada como um movimento protelatório por parlamentares da oposição.
Com a mudança no comando da Câmara, a oposição aposta em um avanço na pauta. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem sinalizado que pode levar o tema à votação, desde que haja um consenso entre os líderes partidários.
Diante desse cenário, o futuro do PL da Anistia permanece incerto, com a oposição tentando avançar com a proposta, enquanto enfrenta resistência por parte de aliados do governo.
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