De acordo com o documento, os EUA quiseram apoiar a campanha liderada por Brizola para garantir que João Goulart assumisse a presidência do Brasil.
O governo dos Estados Unidos divulgou, na noite de terça-feira, documentos relacionados às investigações do assassinato do presidente John F. Kennedy, ocorrido em 1963. A divulgação aconteceu nesta terça-feira, 18 de março de 2025.
A liberação autorizada pelo presidente Donald Trump inclui relatórios de órgãos como a Agência Central de Inteligência (CIA).
Alguns arquivos citam o Brasil em contextos ligados à Guerra Fria e às ações de Cuba e China na América Latina.
Os documentos fazem parte de uma série de liberações iniciadas em 2017, baseadas na lei de 1992 que criou a coleção de registros sobre o assassinato de Kennedy.
A ordem de Trump busca ampliar o acesso a informações sobre o caso, que envolveu Lee Harvey Oswald, apontado como responsável pela morte do presidente em Dallas, Texas.
Os arquivos trazem referências ao Brasil em diferentes situações. Veja os principais pontos:
Em agosto de 1961, um telegrama da CIA indicou que Fidel Castro e Mao Tsé-Tung ofereceram ajuda material, incluindo voluntários, para apoiar Leonel Brizola. Esse apoio tinha o objetivo de garantir a posse de João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros.
Brizola, morto em 2004 aos 82 anos, recusou a oferta para evitar tensões internacionais e uma possível reação dos EUA.
Tradução:
“Na semana de 27 de agosto de 1961, o presidente do Partido Comunista da China, Mao Tsé-Tung, e o premier de Cuba, Fidel Castro, ofereceram apoio material, incluindo ‘voluntários’, a Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul. Brizola liderava os esforços no Brasil para garantir a posse do vice-presidente João Goulart após a renúncia do presidente Jânio Quadros. O governador não aceitou a oferta, embora tenha reconhecido o apoio moral, pois temia que a decisão pudesse ‘criar um problema internacional’ na crise política brasileira. (Comentário de campo: Brizola receava que a aceitação das ofertas levasse os Estados Unidos a intervir. A proposta de ajuda de Castro foi revelada ao público.)”.
Um relatório de julho de 1964 indica que, após o golpe militar no Brasil, Cuba tentava influenciar nações latino-americanas.
O documento cita um discurso de Fidel Castro de 1963, no qual ele apresenta Cuba como inspiração para revoluções na região.
A CIA aponta que a queda de João Goulart representou uma derrota para Havana, mas os cubanos seguiram apoiando grupos no Brasil, na Argentina e no Chile.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP