A anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro voltou a ser um dos temas mais debatidos nos bastidores de Brasília.
Com pressão crescente da oposição e de familiares dos detidos, a pauta divide o Congresso e movimenta articulações entre parlamentares.
Enquanto governistas rejeitam qualquer flexibilização das penas, a oposição insiste na necessidade de revisar as condenações, alegando desproporcionalidade.
Uma pesquisa do Ranking dos Políticos mostrou o tamanho dessa divisão dentro da Câmara e do Senado.
O levantamento mostrou que, na Câmara dos Deputados, 50% dos parlamentares são favoráveis ao avanço da proposta, enquanto 41,8% rejeitam a medida.
No Senado, a divisão também é evidente: 46,2% apoiam a anistia, enquanto 38,5% se opõem.
O levantamento ouviu 110 deputados e 26 senadores de diferentes partidos entre os dias 11 e 12 de fevereiro.
Para parlamentares da oposição, a anistia é fundamental para garantir justiça e evitar punições desproporcionais. O deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA) defendeu que a medida seja aprovada para assegurar um julgamento equilibrado.
“A anistia aos presos políticos de 8 de janeiro é essencial para garantir julgamentos justos, com penas proporcionais aos atos cometidos. A pacificação do país passa pela aplicação de justiça equilibrada, sem vingança política. O nosso objetivo é fortalecer a democracia.”
Já para parlamentares governistas, a anistia seria uma forma de minimizar que tentou atentar contra o Estado democrático de direito. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que os envolvidos devem ser responsabilizados com rigor.
“As denúncias da PGR são gravíssimas e revelam uma organização criminosa liderada por Bolsonaro para atacar a democracia. Tentaram um golpe, deslegitimaram o voto popular e até cogitaram assassinatos políticos. Além disso, há corrupção por todos os lados: joias, vacinas e cartões falsificados. Não há mais dúvidas, apenas a necessidade de justiça. Que paguem pelos crimes cometidos.”
O tema deve continuar em debate no Congresso nos próximos meses, com a oposição tentando avançar com projetos que preveem a anistia e a base governista se mantendo contrária à proposta. A decisão final dependerá do alinhamento entre os líderes partidários e da articulação dentro da Câmara e do Senado.
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