Aos 75 anos de idade, Yasser Arafat morreu após 14 dias de internação em um hospital militar na França. Ele se tornou um líder carismático entrevistado por veículos de mídia em todo o mundo. Na Palestina, era considerado um herói e ganhou um Nobel pelos acordos de Oslo.
O seu enterro reuniu milhares de pessoas que subiam em árvores, postes e casas para tentar ver o caixão. Militares palestino escoltaram o corpo enquanto a população chorava e rezava pelo homem que foi seu líder por 40 anos. Ele era visto como um herói, um mártir.
Porém, a visão sobre esse político não é unânime, existe um lado oculto desse personagem histórico.
No dia 24 de agosto de 1929, nasceu Yasser Arafat. Cidadão egípcio, ele recebeu o nome de Mohammed Abdel-Raouf Arafat al-Qudwa. A região vivia uma turbulência política e Arafat, já no início de sua juventude, se envolveu nestes assuntos.
Yasser Arafat se transformou em um militante da causa. Já em 1950, ajudou a fundar o Fatah, uma organização partidária dos interesses da Palestina que utilizava como estratégia principal a luta armada.
O grupo começou a realizar ataques contra alvos israelenses e passou a ter mais notoriedade. Em 1969, Arafat tornou-se líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), um grupo criado para ser a representação oficial dos palestinos no exílio.
A sua liderança instituiu duas formas de ação: luta armada e diplomacia. Em ocasião da morte de Arafat, o jornalista brasileiro William Bonner afirmou que ele dizia andar “com um fuzil em uma mão e um ramo de oliveira na outra”.
A década de 1970 foi marcada por ações terroristas ligadas à OLP e grupos associados. A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), aliada de Arafat, realizou uma série de sequestros de aviões com o objetivo de chamar atenção internacional para a causa palestina e pressionar por concessões políticas.
Um dos casos que mais chamou atenção foi quando quatro aviões foram sequestrados e levados para a Jordânia, no episódio conhecido como Sequestro Dawson’s Field.
Os passageiros foram feitos reféns e utilizados como moeda de troca por prisioneiros palestinos. Arafat negou envolvimento com o caso.
Os Acordos de Oslo foram uma série de negociações de paz entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) assinados em 1993.
Eles representaram a primeira vez que ambas as partes reconheceram mutuamente a legitimidade uma da outra: os palestinos reconheceram o direito de Israel existir e Israel reconheceu a OLP como representante legítima do povo palestino.
Apesar das intenções, os Acordos de Oslo falharam em alcançar uma paz duradoura. Questões críticas, como o retorno dos refugiados palestinos, o status de Jerusalém e a libertação de prisioneiros, não foram resolvidas.
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