Um a cada cinco jovens brasileiros entre 15 e 29 anos não estudava nem trabalhava em 2022. 10,9 milhões de indivíduos, ou 22,3% do grupo etário compunham a chamada “geração nem-nem”.
Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2023, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (6).
No ano passado, 4,7 milhões de jovens não procuraram emprego nem gostariam de trabalhar. É o que apontam os dados da pesquisa do IBGE. A pesquisa não diferencia as 2 milhões de mulheres responsáveis por cuidar de parentes ou de trabalhos domésticos, dos jovens que de fato não buscam ocupação ou estudo.
Com a pandemia, a proporção de jovens “nem-nem” saltou de 24,1% em 2019 para 28% em 2020. Desde então, o número registrou duas quedas seguidas até chegar ao patamar de 2022.
O analista socioeconômico do IBGE, Jefferson Mariano, aponta que a queda foi puxada pelo aumento dos jovens que buscam dar enfoque ao trabalho.
“[São pessoas que] deixaram o estudo para segundo plano”, explica Mariano. “Lembrando que no Brasil ainda é bastante baixa a presença desses jovens no ensino superior”.
De acordo com o IBGE, dos quase 11 milhões de jovens que não estudam e seguem desempregados, 61,2% se encontram abaixo da linha da pobreza.
Para Mariano, os dados denunciam desigualdades sociais que são frutos de um quadro estrutural de disparidades.
O podcast Conversa Paralela recebeu Felipe Molero, que aos 14 anos é empreendedor, investidor e fundador de quatro empresas, e João Patrocínio, empreendedor, sócio-fundador de três empresas, especialista em investimentos internacionais e mentor de jovens, aos 19 anos.
Os convidados comentaram os desafios de estudar, empreender e trabalhar sendo jovens no Brasil. Além de dividir suas histórias de sucesso no empreendedorismo.
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