Doutor em Neurociências, é palestrante, escritor, autor e organizador dos livros "Pedagogia do Fracasso" e "Pedagogia do Sucesso" (volumes 1 e 2) publicados pela editora Ampla.
Todos os anos, o Brasil perde milhares de pessoas para a violência.
Pais, avós, irmãos, filhos, amigos e colegas são diariamente sacrificados pela violência que gera efeitos terríveis no curto, médio e longo prazo ao redor de toda comunidade envolvida.
Dos cacos de vidros nos muros, grades pontiagudas, caixas de proteção para não roubarem mesmo as câmeras, temos a clara sensação de que vivemos em uma sociedade amedrontada pela violência.
Apesar das taxas de homicídios terem reduzido 3,4 % (dados do Fórum de Segurança Pública Brasileiro) entre 2022 e 2023, de modo geral, é possível afirmar que a população não tem sentido isso no dia-à-dia.
20% da população brasileira identifica que nada mudou na segurança nos últimos 12 meses, de acordo com dados de pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria.
Ainda segundo essa última pesquisa, a segurança encontra-se na quarta posição entre a lista de prioridades para os próximos 3 anos. Ela só perderia para Saúde (1), Educação (2) e Emprego (3).
A despeito do interesse de mudança através do poder público, pouco, ou nada tem sido feito com intuito de se pensar um verdadeiro projeto de segurança nacional que traga mais tranquilidade para o brasileiro médio e as pessoas mais pobres.
Essa conjuntura parece ser um carma que o brasileiro carregará ainda por um longo período.
A sensação do brasileiro médio é de que nada é feito, a impunidade reina, e o poder do Estado parece ser seletivo para quem impinge o seu punitivismo.
Na coluna de hoje vamos citar então as cidades mais violentas segundo dados do Atlas da Violência correspondente ao ano de 2022. Para avaliar essa violência, trabalharemos as taxas de homicídios por 100 mil habitantes.
Através dessa tabela é possível contar os estados com mais municípios nesse top 100 dos mais violentos.
São eles:
Com as eleições municipais chegando, talvez seja importante ter essa informação na mão na hora de cobrar as autoridades por mudanças efetivas nos indicadores de violência pública.