Fundador e mentor do G4 Educação. Fundador da Easy Taxi e Singu.
A ideia de que os empresários são exploradores não é nova. A verdade é que a palavra "exploração" carrega consigo um peso histórico, fortemente influenciado pelos ideais da utopia socialista, que a considera um mecanismo inerente ao capitalismo, onde o trabalhador é explorado pelo empresário, que se apropria do excedente da sua produção.
Essa visão míope e distorcida do papel da Iniciativa Privada na sociedade tem sido um desserviço à humanidade, prejudicando gerações com uma narrativa de vilanização falaciosa.
Marx e seus seguidores falharam miseravelmente em não compreender o valor real dos bens, o papel vital dos trabalhadores na produção e, acima de tudo, a importância crucial dos empreendedores – os verdadeiros motores da mudança e inovação.
A verdade é que a livre concorrência atua em defesa dos trabalhadores. Em seu livro, The Wealth of Nations, publicado em 1776, Adam Smith deixa claro que, nessa situação, se o empregador pagar um salário menor do que a média estabelecida pelo mercado, a concorrência logo aparecerá para tirar vantagem da situação, oferecendo a esses profissionais remunerações mais justas ou uma cultura pela qual valha a pena lutar.
Ou seja, sem interferências, cada colaborador tende a receber o valor total que os consumidores pagariam pela sua contribuição.
No entanto, são as perturbações governamentais e sindicais, apoiadas pela opinião pública, que verdadeiramente impedem os trabalhadores de obterem esses valores.
É nesse contexto que a bullshitagem da cultura woke e a geração do "quero tudo, mas sem esforço" encontram solo fértil.
Alimentando-se do script distorcido de exploração, ignoram a realidade e fomentam uma estirpe de adultos infantilizados que almejam o sucesso, mas não estão dispostos a pagar o preço para obter grandes resultados.
Sonham em enriquecer, mas só se for trabalhando 4 dias por semana, do sofá de casa, sem sacrificar absolutamente nada do que a construção de um negócio próspero exige.
Eu mesmo, ao longo da minha trajetória, passei por inúmeras noites em claro, arruinei a saúde, me afastei de pessoas que amava e engordei 18 quilos, para trabalhar incansavelmente em algo que poderia mudar a minha vida - e que, de fato, mudou.
Sem glamour e sem regalias. Essa é a verdade que muitos se recusam a encarar, preferindo culpar o sistema e exigir privilégios sem merecimento.
Empreender sempre vai ser sobre renúncia, fazer o que precisa ser feito e aguentar a porrada.
Por isso, nesta selva, onde estão as melhores carnes, também estarão os melhores leões. Ou você questiona o status quo e corre mais que a maioria ou será atropelado pela manada.
Hoje, é inviável que um empreendedor não seja um explorador. Estar antenado com as novas tecnologias, sabendo inovar constantemente, é o que mantém os grandes players vivos e competitivos.
Imagine um mundo sem carros. Quando Henry Ford apresentou o Ford T ao mercado em 1908, ele não apenas revolucionou o transporte, mas também criou milhões de empregos e uma nova indústria que transformou a economia em escala global. Tudo porque decidiu explorar a tecnologia do motor a combustão.
A descoberta da penicilina por Alexander Fleming em 1928, também deu início à era dos antibióticos, uma exploração que salvou milhões de vidas ao tratar infecções bacterianas.
Hoje, companhias como OpenAI, Google e Tesla estão na vanguarda de uma nova era tecnológica, desenvolvendo novos conceitos e aplicações em Inteligência Artificial para criar recursos que estão redefinindo o que é possível em termos de automação e análise de dados.
Sem essa mentalidade exploradora de seus founders e líderes, muitas organizações correm o risco de ficar para trás e sucumbir ao esquecimento.
A história está cheia de exemplos... Se não fizessem jus ao adjetivo, estaríamos presos ainda na estagnação e no retrocesso. Afinal, para manter-se evoluindo, é necessário explorar.
No G4 Educação, por exemplo, em nossa plataforma de treinamento de times (o G4 Skills), utilizamos a IA para mapear os principais desafios dos nossos colaboradores e, com base nisso, criar trilhas de aprendizado personalizadas para cada um deles.
Desde o nosso day 1, a capacidade de experimentar o novo está presente em nosso DNA. Acreditamos que empresários são sim exploradores, não de pessoas, mas de soluções para os problemas do mundo.
Foi pensando nisso, inclusive, que decidimos criar o G4 Frontier - a Conferência Anual de Inovação e Tecnologia do G4 Educação - como um ambiente seguro e sem “mimimi” para empresários e C-levels expandirem não apenas seus resultados, mas também seus horizontes.
Em vez de vê-los como vilões, deveríamos agradecer por sua coragem, resiliência e visão, porque, no fim, se trata de quem realmente corre o risco para fazer a economia girar.
Mesmo sendo o 2º país do mundo que mais tributa empresas do mundo, 80% dos empregos formais no Brasil foram criados por PME’s.
Então, se você quer fazer parte deste movimento, meu conselho é: esteja pronto para se adaptar, esse é o skill que nos faz passar por momentos difíceis e celebrar as vitórias.
É sobre ser mais apaixonado pelo futuro do que ter orgulho do que fez até aqui. Quando a oportunidade me encontrou, eu estava pronto. E, você? Estará?