Produtora rural, empresária, comunicadora e defensora do agro brasileiro. Formada em Relações Públicas com especialização em Marketing Estratégico, usa sua voz para combater inverdades sobre o setor.
O MST recusa apresentações; todo mundo conhece ou já viu alguém com o simbólico boné vermelho.
Aproveito o gancho para registrar o quanto o marketing do Movimento Sem Terra é bom, pois existem milhares de jovens de iPhone usando o boné sem saber explicar o que significa a reforma agrária.
Mas vejam, errados estamos nós, produtores rurais pagantes de impostos, em não reagir como deveríamos no momento em que vira notícia que o MST é o maior produtor de arroz orgânico do Brasil, com apoio da grande mídia, enquanto na realidade eles não produzem nem um décimo da demanda nacional.
Quem produz todo o resto?
Nós erramos feio ao permitir que as pessoas entendam que todo produtor familiar vem do Movimento Sem Terra. Nós erramos ao permitir que as pessoas acreditem, fielmente, que os produtores são os vilões. Nós erramos ao permitir que falem mal da nossa história para os nossos filhos.
Falando em história, deixa eu contar uma para vocês. Muitos pensam que eu sou uma “latifundiária”, que tenho milhares de cabeças de gado e que só defendo o agro por interesse financeiro. Geralmente, os que levantam a bandeira contra o preconceito exercem ele muito bem.
Eu me enquadro muito mais em agricultura familiar e, não se enganem, uma grande propriedade pode dar prejuízos enormes, enquanto uma pequena pode dar lucros incríveis. Essa denominação de tamanho e de sua importância está intrínseca no discurso vitimista.
Assim como, ao mesmo tempo que o MST afirma que “ocupa terras improdutivas”, eles invadem inclusive áreas destinadas à pesquisa, como a da Embrapa. Mas então me digam, o que leva uma pessoa a favor da reforma agrária ser contra a regularização fundiária?
Está usando o boné e não sabe a diferença das duas coisas? Entende a diferença de posseiro e grileiro? E de terra produtiva e improdutiva? Não? Então tire antes que fique ainda mais feio.
As exportações do agro brasileiro não param de crescer, mesmo em um governo que muitos elegeram para destacar o quanto são contra o agronegócio, e agora os próprios integrantes do movimento sem terra se voltam contra o seu governo.
Não se iludam, jovens! Usem o boné que quiserem, só tenham certeza que estão defendendo de fato um movimento justo e não uma bandeira política, ativista e violenta.