Luan Licidonio Bez é sócio e CRO da Brasil Paralelo. Escreve sobre marketing, gestão e publicidade. Conteúdo sem wokismo, colocando a busca pela verdade acima de gatilhos mentais vazios ou da vontade de fazer coro a pautas identitárias.
Nesta coluna, quero mostrar a você que não há vantagem em contratar alguém que queira trabalhar de graça. A lógica é totalmente diferente.
O quanto você ganha está diretamente atrelado ao resultado gerado. O que as empresas realmente querem são profissionais que geram bastante resultado.
A economia de mercado funciona de maneira orgânica, natural. Na medida que os homens possuem necessidades e interesses, alguém com as habilidades necessárias supre a vontade dos demais e é beneficiado com isso.
A tendência das empresas é pagar melhor a quem gera mais valor, mais resultado. Se um funcionário gera muito valor para a empresa e ela não o remunera adequadamente, ele provavelmente conseguirá fazer o mesmo serviço em outra empresa, ganhando um salário melhor.
No capitalismo, a facilidade e a qualidade do trabalho está atrelada à produção de valor. Valores são bens e serviços que contribuem para a vida e o bem-estar das pessoas, atende às demandas sociais. Se não atendesse, não venderia - é a lógica.
A liberdade é a condição para a existência do capitalismo. Ela é necessária para a existência da criatividade, que estimula a inovação em produtos para a satisfação e a necessidade das pessoas.
Esta realidade está diretamente ligada à uma motivação humana básica e natural.
Ao observar a maioria das pessoas individualmente, percebe-se que elas são motivadas por uma “corrida pelo ouro”, uma corrida por um prêmio. Naturalmente, elas querem um grande ganho por terem se esforçado e assumido riscos por algo.
Dessa maneira, quanto mais satisfação para a empresa, mais o funcionário irá ganhar. Que empresa não deseja isso? Se a empresa falha em remunerar bem quem trabalha bem, em pouco tempo ela perde seu colaborador.
O pior é que eu já vi vários influenciadores darem essa dica: "Está começando? Ofereça seus serviços de graça". Também vi os mesmos negarem publicamente este tipo de pedido. Essa incoerência gerou um péssimo comportamento.
Por isso, escrevo aqui algumas dicas que realmente funcionam para quem está começando.
Lá vai:
1) Não tem portfólio por falta de clientes ou experiência? É comum no mundo da publicidade criarmos portfólios fakes. É designer? Faça peças e vídeos de grandes marcas. É copywriter? Escreva peças para a empresa que você pretende trabalhar.
2) Na hora de aplicar para uma vaga, seja sincero sobre o seu nível. A verdade vende mais do que qualquer coisa. Diga para o entrevistador que está começando e que estudou as últimas campanhas da empresa. Mostre as peças do seu portfólio fake e diga que tem vontade de continuar criando mais peças para a marca.
Como disse Eberson Terra:
“Hoje, quando um profissional está sendo avaliado, o recrutador quer saber quem é aquele ser humano que está sentado à sua frente, quais são seus valores, pensamentos e potenciais”.
3) Pesquise o salário de um profissional júnior. Faça sua pretensão salarial de acordo com o mercado e nunca diga que não sabe quanto quer ganhar.
Eu já entrevistei muitas pessoas e dá para contar nos dedos as que realmente se preparam para uma entrevista.
Se você seguir essas dicas, já estará a frente de boa parte dos profissionais do mercado.