Produtora rural, empresária, comunicadora e defensora do agro brasileiro. Formada em Relações Públicas com especialização em Marketing Estratégico, usa sua voz para combater inverdades sobre o setor.
Em um mundo onde a agropecuária é essencial para a sobrevivência da humanidade, é crucial reconhecer e valorizar o papel fundamental do agronegócio. No entanto, muitas vezes vemos uma percepção negativa enraizada na sociedade, distante da realidade e do valor histórico, econômico e cultural que o setor representa.
Começando pela própria definição do termo “agronegócio” que muitos acham que sabem, ignorando seu real significado. Sua história começou em 1957 quando os professores da Universidade de Harvard John Davis e Ray Goldberg cunharam o termo agribusiness, traduzido em português como agronegócio. O objetivo deles era mostrar que o setor agropecuário não era mais um elo isolado e autônomo da economia, chamado de "setor primário".
O conceito se refere a todas as atividades relacionadas à produção, industrialização e comercialização de produtos agropecuários, além dos serviços e insumos que fazem parte dessa cadeia produtiva, independente do tamanho da propriedade rural.
Para deixar mais claro, é útil dividir suas atividades em três segmentos: antes, dentro e depois da porteira.
Antes da porteira é o segmento que engloba todas as atividades relacionadas à produção agrícola e pecuária, desde o preparo do solo, plantio, criação de animais, até a colheita e a criação. Inclui também a produção de insumos agrícolas, como sementes, fertilizantes, agroquímicos, maquinário agrícola, além de serviços como consultoria agronômica e assistência técnica.
Dentro da porteira abrange desde o beneficiamento, processamento e armazenamento dos produtos agrícolas e pecuários até a comercialização direta para outras etapas da cadeia produtiva. Inclui também a gestão da propriedade, manejo sustentável dos recursos naturais, bem-estar animal e adoção de tecnologias para aumentar a eficiência produtiva.
Depois da porteira abrange as atividades de transporte, distribuição, industrialização, transformação e comercialização dos produtos agrícolas e pecuários. Inclui ainda serviços relacionados, como logística, armazenagem, processamento de alimentos, embalagem, marketing e venda nos mercados nacionais e internacionais.
Não é justo resumir uma cadeia produtiva tão completa em “monoculturas para exportação”. Pois é, é assim que muitas pessoas influentes na internet destacam essa atividade sem ao menos ter passado um dia em uma propriedade rural.
Minha luta diária é mostrar que o agronegócio não é apenas uma atividade econômica; é parte integrante da nossa história e identidade como nação. Desde os tempos primordiais, a agropecuária tem sido a base da civilização, alimentando populações e impulsionando o desenvolvimento humano.
Nossa economia tem suas raízes profundamente entrelaçadas com o agronegócio, com milhões de brasileiros dependendo diretamente dele para seu sustento e prosperidade. Sem contar na contribuição do setor agrícola para o PIB do país e para as exportações, destacando sua importância para o crescimento e estabilidade econômica.
E é aí que entra a importância de estarmos falando por aqui e pelas redes sociais sobre esse assunto.
Ao promover uma comunicação transparente e educativa, podemos dissipar mitos e equívocos sobre a agropecuária, mostrando seu papel vital na segurança alimentar, na conservação ambiental e no desenvolvimento sustentável.
E é exatamente isso que vocês vão ver por aqui! Em um mundo cada vez mais complexo e interconectado, é hora de nos unirmos para redefinir o olhar sobre o agronegócio. Juntos podemos combater preconceitos e promover uma visão mais positiva e realista do setor, valorizando sua importância histórica, econômica e cultural.
Vamos honrar e apoiar nossos produtores rurais, reconhecendo seu papel vital na construção de um futuro próspero e sustentável para todos, ouvindo aqueles que sabem sobre o assunto, não os que querem likes na internet.