Jornalista com 36 anos de experiência, apresentador e autor de cinco livros, um deles best-seller. Por duas vezes, ganhou o Troféu Imprensa e o Prêmio Comunique-se.
Os palhaços no salão mandam em tudo. Estavam aparentemente se desentendendo, o que seria normal, saudável.
Eles deveriam se vigiar, fiscalizar uns aos outros, no sistema de freios e contrapesos, conforme as leis ainda vigentes.
Está muito bem estabelecido o que cada um poderia e deveria fazer, mas virou um pastelão, uma bagunça.
Um grupo resolveu assumir o papel de todo-poderoso, e danem-se os poderes dos outros palhaços, que cedem, abraçam a marmelada e aceitam um “acordão” que aprofunda ainda mais o precipício em que o país é atirado.
Os palhaços no salão querem poder e dinheiro, e sua conversinha sempre gira em torno disso. Há avisos, pressão, chantagem, ameaças mal-intencionadas e recuos calculados.
Constrangimento não há. Ficam encenando uma briga, como se houvesse alguém ali realmente comprometido com o bem, como se todos estivessem preocupados de verdade com os brasileiros.
Não é assim. Na “sala de injustiça”, os palhaços são egoístas, oportunistas e interesseiros. Tudo o que importa são eles.
Quanta harmonia entre os palhaços de todos os poderes, quanta harmonia para “negociar”, se atirar em negociatas...
A união dos palhaços na “sala de injustiça” só pode provocar engulhos e esgares em quem é sério.
O espetáculo canastrão só conquista quem o merece, quem está em sintonia com tudo o que não presta.
A trama é de vale tudo, e o resto que se exploda. Eles se divertem e condenam milhões à aceitação disso, ao silêncio. Oponha-se, e a palhaçada se expande.
Os palhaços da política fazem politicagem. E os palhaços que não deveriam fazer política (nem politicagem, claro) estão até o pescoço nisso.
E vem um papinho de “aproximação com a sociedade”, quando o inescapável deveria ser abraçar as leis, com todas as forças. Os dois grupos têm desejos insanos, descabidos, e há palhaços que acham isso normal...
Na “sala de injustiça” e fora dela. Quanto escárnio nos sorrisos misturados, nas piadinhas, nas risadinhas, nos falsos elogios trocados, nos tapinhas nas costas. Parece mesmo que há sempre um acordo entre eles, para que a desgraça prevaleça.
Os palhaços na “sala de injustiça” têm ao lado muitos palhaços da mídia, uma “comitiva de influenciadores”, os astros da papagaiada, da trapalhada, da mentira.
Viva o autoritarismo do Gran Circo Brasil! São os bufões, fazendo ridículo sempre, se fingindo de valentões, na sua criminosa covardia, tentando botar inocentes e heróis no lugar de bandidos, e os bandidos entre honestos, corretos e santos. E os maiores escândalos passam a ser coisa boa.
Eles fazem papéis ridículos, os palhaços na “sala de injustiça” e seus apoiadores, só dizem tolices.
São todos enganadores, aproveitadores. São todos do mesmo tipo: rústico, grosseiro, bobo, fanfarrão, covarde, grotesco, charlatão, farsante, saltimbanco...
E o que resta ao país que é vítima dessa gente?
E o que resta aos palhaços que merecem toda a consideração e são feitos de otários por essa trupe todos os dias?