Tallis Gomes

Fundador e mentor do G4 Educação. Fundador da Easy Taxi e Singu.

Como tracionar seu negócio no Brasil com Inteligência Artificial?

Lidar com problemas de estoque, previsão de demanda, logística... é com isso que você quer gastar tempo? Fuja do "fazer do jeito que sempre foi". A IA é uma alavanca real de crescimento.

Tallis Gomes

Se você tem um negócio no Brasil, já sabe: empreender aqui é briga de rua. Impostos, burocracia, concorrência predatória… não tem moleza. 

E, mesmo assim, você levanta todo dia e vai para a guerra, porque dezenas, centenas e até milhares de pessoas, direta ou indiretamente, dependem do seu trabalho.

Logo, desistir não é uma opção. Mas vou te dar um alerta: só coragem e força de vontade não vão salvar o seu negócio.

Hoje, quem não está usando inteligência artificial está assinando uma espécie de sentença de morte no mercado. 

De acordo com levantamentos realizados pela McKinsey & Company, se 2023 foi o ano em que o mundo descobriu essa nova tecnologia, 2024 é o ano em que as organizações realmente começarão a gerar valor ao utilizá-la, especialmente a generativa (ou gen AI, como o ChatGPT, Gemini, Claude e Llama).  

De fato, o mundo já foi transformado antes. A internet engoliu quem achava que dava para seguir só com telefone e papel. 

A explosão dos smartphones fez gigantes da S&P 500 caírem por subestimar a capacidade desses dispositivos móveis no comportamento do consumidor. 

Agora, estamos vendo a mesma história se repetir. A diferença? Dessa vez, o ritmo é muito mais acelerado.

Negócios que insistem em seguir como sempre fizeram – sem inovar, sem otimizar, sem pensar no futuro – são os que vão se tornar obsoletos em questão de meses. Isso não é sensacionalismo, é fato.

Você quer tracionar seu negócio ou continuar apagando incêndio todo dia? Porque quem não está usando essa nova tecnologia já perdeu metade da corrida e as companhias que a estão abraçando estão abrindo uma vantagem tão grande que, se você continuar parado, nunca mais vai alcançá-las.

A AI já está mudando as regras do jogo

Se o seu negócio ainda não usa AI, parabéns: você escolheu ficar para trás

Em linhas gerais, esse campo da ciência da computação focado em desenvolver sistemas que realizam tarefas normalmente atribuídas à inteligência humana, como aprendizado, raciocínio e compreensão de linguagem, tem o potencial de ajudar as companhias a analisar grandes volumes de dados, automatizar processos e dispor de uma tomada de decisões ainda mais straight to the point.

Dados do Statista sugerem que o tamanho dessa indústria alcançará US$ 826,70 bilhões até 2030 com uma impressionante taxa de crescimento anual (CAGR 2024-2030) de 28,46%. 

Portanto, ficar alheio à essa realidade é a estratégia ideal para desaparecer do mercado.

Não é à toa que a G4 Educação está investindo fortemente em AI para transformar a educação no Brasil

Prova disso é o desenvolvimento da nossa própria solução dentro de casa, chamada Genesis, em parceria com a Microsoft (assegurando os mais altos padrões de segurança e privacidade de dados).

Idealizada para ser uma espécie de parceiro do empreendedor, não só fala a sua linguagem, como também dá conceitos, inputs e insumos críticos para o dia-a-dia

Mais que isso, à medida que o empreendedor compartilha informações sobre sua organização, o Genesis se adapta para ficar ainda mais assertivo

Outra iniciativa é o G4 AI Academy, uma academia liderada pelo nosso CPTO & Head de AI João Vitor, um dos maiores especialistas da área do mundo. 

Afinal, um dos pilares da nossa cultura é ‘“fazemos o que falamos e ensinamos o que fazemos”

Portanto, nada mais justo do que um programa presencial especial voltado para como ela é desenvolvida e como criá-la do zero, independente do seu segmento. 

Por exemplo, se você ainda usa humanos para responder questões simples 24/7, seu custo deve estar nas alturas, por que não adotar chatbots inteligentes que podem resolver isso em segundos, ao invés de gastar mais e atender pior?

Lidar com problemas de estoque, previsão de demanda, logística... é com isso que você quer gastar tempo? Fuja do "fazer do jeito que sempre foi". A IA é uma alavanca real de crescimento

Dúvida? Em outro estudo, a McKinsey concluiu que, somente no setor bancário, essa tecnologia poderia gerar um adicional de US$ 200 bilhões a US$ 340 bilhões por ano

Se pensarmos em varejo e bens de consumo embalados, a repercussão prevista é de US$ 400 bilhões a US$ 660 bilhões. Pense no efeito cascata que isso teria em todos os setores:

  1. Agronegócio: apesar do agronegócio brasileiro ser gigante, enfrenta desafios igualmente enormes, como as condições climáticas imprevisíveis, pragas e oscilações da economia. Com a AI, o campo já não é o mesmo, produtores conseguem prever safras, otimizar a irrigação, controlar pragas de forma eficiente e automatizar processos que antes eram feitos manualmente. 
  1. Saúde: de diagnósticos mais rápidos e precisos com algoritmos que analisam exames médicos até a otimização de operações hospitalares e processos administrativos, clínicas que integram AI em seus sistemas liberam tempo precioso para médicos e enfermeiros focarem no que realmente importa: o paciente. Inclusive, em muitos casos, até identificar doenças antes mesmo dos sintomas aparecerem.
  1. Educação: personalização do ensino em massa, avaliação do desempenho do aluno em tempo real com ajuste de conteúdo de acordo com suas necessidades e ritmo de aprendizado, automatização de processos como matrícula, emissão de certificados e atendimento, melhor previsão de evasão escolar… Com esses avanços, a educação se torna mais inclusiva e eficaz, capacitando os envolvidos para verdadeiramente encararem os desafios do futuro.
  1. Varejo e comércio: o varejo já não pode se dar ao luxo de oferecer um serviço genérico. O consumidor quer ser atendido de maneira única. Com a análise de dados de compras anteriores, você pode ajustar suas estratégias, campanhas e estoque com mais antecedência, encontrar rotas de entrega mais rápidas e econômicas, enviar ofertas personalizadas no momento certo… E, o melhor, vender mais sem precisar aumentar a sua equipe. 
  1. Financeiro: o setor financeiro é um dos mais impactados. Bancos e fintechs estão abusando da tecnologia para criar perfis de crédito mais precisos e tomar decisões de empréstimo mais rápidas e justas. Além disso, como analisam grandes volumes de transações em tempo real, a AI pode ajudar a detectar melhor as atividades suspeitas e prevenir fraudes.
  1. Indústria: na indústria, quem investe nisso já está dois passos à frente, otimizando desde a manutenção preditiva de máquinas à criação de linhas de produção mais inteligentes. O resultado? Economia, aumento de produtividade e menos gaps inesperados.
  1. Construção Civil: embora envolva projetos complexos, prazos apertados e orçamentos limitados, é possível transformar obras em processos mais rápidos, seguros e lucrativos. Robôs e máquinas autônomas, por exemplo, podem realizar tarefas repetitivas, como alvenaria e soldagem. Novos layouts e projetos arquitetônicos podem ser gerados baseados em eficiência de espaço e custo para otimizar a utilização de materiais e tempo, sem contar o alcance de um outro nível de análise de riscos e avaliação de cronogramas.

Esses são apenas alguns exemplos. A lista continua com áreas como marketing, contabilidade, logística, tecnologia, imobiliárias, beleza e estética, gestão

A verdade é que, independentemente do setor em que você atua, a AI pode destravar um novo nível de eficiência, produtividade e, claro, crescimento exponencial​. 

Profissionalmente, além das 2 AIs internas que temos no G4, comecei a usar também o Plaud Note e minha produtividade (que já não é pouca) simplesmente dobrou. Você realmente acha que pode competir com "feeling"?

Dito isso, com meu velho faro de ser realista, preciso dizer que se você não está desesperado, deveria

O relatório "A Força do Brasil" produzido pelo nosso Vale de Galt brasileiro deixa claro que de nada adianta apenas “comprar” tecnologia se você não tem um time com cultura forte e processos bem estruturados para implementá-la - a AI será como um Fórmula 1 dirigido por quem sequer tem habilitação. 

Por isso, meu alerta: antes de sair correndo atrás da próxima tendência, debruce-se sobre este poderoso material e entenda com profundidade o que está em jogo. 

Só depois decida de que lado você quer estar. Como diria Margaret Thatcher, uma das minhas principais referências e a primeira mulher a ocupar a cadeira de primeira-ministra do Reino Unido: 

“as pessoas acham que no topo não há muito espaço. Elas tendem a pensar no topo como um pico do Everest. Minha mensagem é: há uma imensidão de espaço no topo”.