Jornalista com 36 anos de experiência, apresentador e autor de cinco livros, um deles best-seller. Por duas vezes, ganhou o Troféu Imprensa e o Prêmio Comunique-se.
Não que sejamos livres de pecados, mas os confessamos, nos arrependemos e buscamos o perdão, a possibilidade de nos redimir.
Ainda assim, podemos ser vítimas dos grandes pecadores deste país, daqueles que não se livram da soberba, que está na raiz de todos os pecados.
É a esse sacrilégio que estão entregues políticos, ministros do STF e grande parte da imprensa.
Eles vivem nesse “sentimento negativo caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, o que os leva a manifestações ostensivas de arrogância, por vezes sem fundamento algum em fatos ou variáveis reais”.
A soberba fez vítimas nas eleições municipais na capital paulista. Faltou a Pablo Marçal a humildade que conduz a virtudes.
Talvez ainda possa se endireitar e voltar... Para Joice Hasselmann, o fim da linha parece ter chegado. A soberba a atirou à solidão e à autodestruição.
E não há remissão dos pecados para quem afirma que, antes da política, ganhou muito dinheiro, “como a jornalista mais importante deste país” e que “a população não está preparada para votar no que é bom, bonito e agradável aos olhos do Senhor”.
Joice queria uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo; nem dois mil eleitores acreditaram em alguém que não é próximo do verdadeiro Deus.
Por mais pancadas indisfarçáveis que levem das urnas, das ruas, Lula e o PT não abandonam a soberba.
Nessa arrogância, nesse orgulho desmedido, nesse desejo desordenado de autoexaltação, Lula pode se comparar a Deus.
E Gleisi Hoffmann pode dizer que ele está “reconstruindo o Brasil, que Bolsonaro destruiu”... E Janja pode jurar que é amada pelo povo brasileiro...
E ainda tem Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, que podem fazer o joguinho que atenderá melhor a seus interesses. A soberba é mesmo a mãe de todos os pecados.
A imprensa os apoia e, descaradamente, enxerga em qualquer tentativa de se opor a eles um desejo de “vingança”, uma ideia de “golpismo”.
A imprensa, agarrada à soberba, com suas verdades próprias, não é mais imprensa. Aponta vingadores e golpistas inexistentes, interdita o debate, fingindo que o defende, proíbe questionamentos, como se nada, fora da sua régua distorcida, merecesse apuração.
Repete o pecado do demônio contra Deus, num “desejo desordenado de excelência própria, que leva à arrogância, à desobediência ao Criador, à falta de humildade e de caridade, que amplifica outros pecados”.
Por isso, a nossa guerra não tem fim, e assim deve ser. O que se exige de todos nós, principalmente, é uma luta contínua e incansável contra a soberba.