Luís Ernesto Lacombe

Jornalista com 36 anos de experiência, apresentador e autor de cinco livros, um deles best-seller. Por duas vezes, ganhou o Troféu Imprensa e o Prêmio Comunique-se.

Brasil, um país destruído pela soberba

Podemos ser vítimas dos grandes pecadores deste país, daqueles que não se livram da soberba, que está na raiz de todos os pecados.

Luís Ernesto Lacombe

Não que sejamos livres de pecados, mas os confessamos, nos arrependemos e buscamos o perdão, a possibilidade de nos redimir. 

Ainda assim, podemos ser vítimas dos grandes pecadores deste país, daqueles que não se livram da soberba, que está na raiz de todos os pecados. 

É a esse sacrilégio que estão entregues políticos, ministros do STF e grande parte da imprensa. 

Eles vivem nesse “sentimento negativo caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, o que os leva a manifestações ostensivas de arrogância, por vezes sem fundamento algum em fatos ou variáveis reais”.

A soberba fez vítimas nas eleições municipais na capital paulista. Faltou a Pablo Marçal a humildade que conduz a virtudes

Talvez ainda possa se endireitar e voltar... Para Joice Hasselmann, o fim da linha parece ter chegado. A soberba a atirou à solidão e à autodestruição

E não há remissão dos pecados para quem afirma que, antes da política, ganhou muito dinheiro, “como a jornalista mais importante deste país” e que “a população não está preparada para votar no que é bom, bonito e agradável aos olhos do Senhor”.

Joice queria uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo; nem dois mil eleitores acreditaram em alguém que não é próximo do verdadeiro Deus.

Por mais pancadas indisfarçáveis que levem das urnas, das ruas, Lula e o PT não abandonam a soberba

Nessa arrogância, nesse orgulho desmedido, nesse desejo desordenado de autoexaltação, Lula pode se comparar a Deus. 

E Gleisi Hoffmann pode dizer que ele está “reconstruindo o Brasil, que Bolsonaro destruiu”... E Janja pode jurar que é amada pelo povo brasileiro... 

E ainda tem Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, que podem fazer o joguinho que atenderá melhor a seus interesses. A soberba é mesmo a mãe de todos os pecados.

A imprensa os apoia e, descaradamente, enxerga em qualquer tentativa de se opor a eles um desejo de “vingança”, uma ideia de “golpismo”. 

A imprensa, agarrada à soberba, com suas verdades próprias, não é mais imprensa. Aponta vingadores e golpistas inexistentes, interdita o debate, fingindo que o defende, proíbe questionamentos, como se nada, fora da sua régua distorcida, merecesse apuração

Repete o pecado do demônio contra Deus, num “desejo desordenado de excelência própria, que leva à arrogância, à desobediência ao Criador, à falta de humildade e de caridade, que amplifica outros pecados”. 

Por isso, a nossa guerra não tem fim, e assim deve ser. O que se exige de todos nós, principalmente, é uma luta contínua e incansável contra a soberba.