Rasta é um highlander, um artista que apresenta colunas irônicas, versões textuais de seu programa Rasta News, um jornal semanal isento de notícias. Não delicadezas aqui.
No Rasta News de hoje falaremos sobre como bilhões de brasileiros têm esfarinhado suas finanças com jogos e aventuras que podem, em última instância, até mesmo arruinar famílias, sociedades e nações.
O vício nas apostas está cada vez mais escangalhado no Brasil. Todos os dias, milhões de brasileiros apostam nas ruas, casas e avenidas de todo o país.
Recentemente, inúmeras celebridades e pessoas comuns caíram em roubadas por conta das apostas.
Temos o caso do cantor “Latindo”, que perdeu 20 milhões de reais e precisou vender seis apartamentos e oito terrenos para pagar suas dívidas.
Outro exemplo é o do camarada que processou o Neymar e o Nelipe Feto por ter sido influenciado pelas propagandas lucrativas, mas só ter perdido.
Também houve a situação da mãe que perdeu milhares de reais e tentou matar as próprias filhas. Eu mesmo fui acometido pela derrota em uma aposta no ano passado, quando achei que o Foro de São Paulo não ia permitir a vitória do Milei e perdi o meu Pálio Branco 97 muito querido.
Por conta de situações como esta, muitos têm debatido se a solução não seria encerrar de vez com as apostas de todos os tipos.
Desde o século XIX, o Brasil já não tinha muita sorte com jogos de azar e até mesmo um sorteio ou uma rifa precisavam de autorização das políticos para serem empreendidos.
O jogo do bicho, por exemplo, foi concebido por João Batista Viana Drummond em 1892, como uma forma de levantar fundos para o zoológico do Rio.
Inicialmente, a ideia foi trazida às autoridades e aprovada, mas não demorou muito para que o sucesso e as confusões começassem a se acumular.
Então, o jogo do bicho passou por fases de ilegalidade e clandestinidade até que, em 1941, foi proibido de vez e está assim até hoje.
Os cassinos, que estavam cada vez mais na moda no início do século XX, também passaram por idas e vindas até que, em 1946, foram proibidos de vez pelo presidente Eurico Gaspar Dutra. Para ele, o jogo era degradante e danoso para a sociedade, além de ser um perigo para a alma dos viventes.
Para nós, nascidos após décadas de proibição dos cassinos, tudo isso parece uma coisa muito natural, comum e corriqueira, e a ideia de liberá-los de volta parece um risco fora do comum.
Mas será que é mesmo? Ô meu irmão, eu já conferi como é essa situação ao redor do mundo e me deparo com isso aqui, ó: o Brasil é um dos pouquíssimos países não islâmicos que proíbe os cassinos e, para piorar, o nosso seleto grupo de não islâmicos é composto por nossos parças China e Cuba.
Apesar das proibições que mataram diversos negócios e cassinos, o jogo do bicho resistiu e, na ilegalidade, se viu livre de competição, se tornando muito mais forte.
Irmão, eu nasci ali em 87 e a minha geração, na hora da chamada, ali, meu irmão, quem era o 24 era o zoado, clássico.
Eu era ali, Jo, meu irmão, eu peguei o 24 dois anos seguidos, velho, grande dia. Meu irmão, no Rio, toda praça, toda esquina tem um maluco sentado ali como se estivesse fazendo nada, mas, na verdade, está vendendo o jogo do bicho.
Se em Pernambuco os restaurantes são adeptos do tem, mas tá faltando no Rio, o carioca é adepto do tá proibido, mas tem.
Nas praças e botecos, também encontramos muitas outras modalidades de apostas e jogos, alguns dos quais eu sou muito fã, como o dominó, o carteado, o bolão na Copa do Mundo e muito mais.
Muitos dizem que quem mais ganha com as proibições são os agiotas, mas quem ganhou mais mesmo, mesmo, vejam só vocês, foram os políticos.
O que o político mais sabe fazer é proibir pros outros exatamente aquilo que ele vai legalizar para si mesmo.
Do que consiste a loteria federal? É o tal do monopólio dos políticos. Sempre que for possível monopolizar, o monopólio será feito.
No que se refere a essas loterias, uma das formas dos políticos justificarem que algo seja proibido para todos enquanto é permitido para eles é dizendo que essas apostas servem para gerar receitas para financiar os serviços públicos.
Só que existe uma tensão nessa relação. Se, por um lado, o monopólio gera verbas para o governo, por outro lado, liberar geral pode gerar impostos maiores ainda.
Junta-se a isso a existência de lobistas, com o tempo certos políticos passam a propor que se libere de novo a jogatina.
A única coisa que nunca está em questão é você, cidadão, e o seu direito de usar o seu rico dinheirinho como bem entender. Isso aí pouco importa. Mas, conforme os lobistas vão e vêm aqui e ali, alguns jogos vão sendo aí aprovados.
Temos aí as raspadinhas. Mas quem mais apareceu e mais marcou época nos últimos 20 anos foram os bingos, sempre com as mesmas questões: proíbo e faço eu mesmo ou libero e ganho no imposto.
Proibido desde 1946, em 1993, a Lei Pelé liberou de volta os bingos no Brasil. O bingo era top, né, cara? O bingo fazia a alegria das velhinhas ali, né? Ficava lá as viúvas jogando, né, as suas moedinhas.
Tava tudo bem, tudo tranquilo, muito menos depressão e terapia. Infelizmente, em 2004, após 10 anos de senhoras entretidas, tudo acabou por conta de uma câmera escondida.
No tal vídeo, quem aparecia era ninguém menos do que Waldomiro Diniz, assessor do ministro da Casa Civil José Dirceu.
O vídeo era de um ano antes da época das eleições e aparecia extorquindo Carlinhos Cachoeira, para que esse fizesse doações de dinheiro para as campanhas do PT.
Carlinhos Cachoeira, além de ser empresário no ramo dos bingos, era um bicheiro famoso no Rio de Janeiro. As investigações desse caso foi que acabou se descobrindo o Mensalão.
Certeza, ó, que você aí de casa nem lembrava, porque naquela época aí eu sei que todos votavam no PT.
Nem quem votava no PT, nem quem não vota no PT vai votar ou não votar no PT. Vai todo mundo votar no PT.
Mas que azar, o Partido dos Artistas foi pedir propina logo para o cara do jogo do bicho. É muito azar você pedir uma propina e, sem querer, acabar topando com o cara do crime organizado, nunca que eles fariam uma maloqueragem dessas, não é mesmo?
No Rio, até os traficantes têm jogo do bicho, imagina o pessoal do amor, nunca que eles iam se meter com uma coisa dessas.
Mas não pensem que ficou barato, senhoras e senhores. Após esta denúncia, tomado por indignação e conformidade, o nosso presidente do carinho, o homem do bem, do amor, seu Luiz, prontamente afastou Valdomiro e, sete dias depois, de maneira muito justa, proibiu os bingos no Brasil.
Correção, justiça ou apenas vingança contra o setor que havia denunciado o seu afiliado?
Então foi isso, galera, foi assim que as senhorinhas perderam a sua alegria por conta de uma propina.
O homem velho faz o que, meu amigo? O homem velho vai pra praça, né, vai pro bar, vai pra rua, fica naquela vadiagem ali com os amigos, assiste ao futebolzinho, toma o seu cafezinho.
Ele pode ser velho, mas ainda fica ali na esquina para ver as raparigas, tá entendendo? Já a dona de casa, tem muito menos o que fazer, é uma vida de novela e sopinha, não é isso?
Vocês tiram a única coisinha que elas gostam, pô, a alegria das velhinhas ali, vocês vão lá e estragam tudo para financiar campanha política, é isso?
O PT vai se responsabilizar pela depressão da mulher negra, pobre e aposentada da periferia? Não vai.
O excelentíssimo senhor presidente Lord Temer sancionou uma lei que liberava as apostas esportivas no Brasil.
O cidadão brasileiro finalmente parecia que voltaria a sorrir. Desde então, o mercado das bets esportivas passou a movimentar bilhões de reais, ultrapassando bancos e grandes negócios, mas também criando muitos problemas.
Para o bem da verdade, quando o Lord Temer passou a lei, ele também deixou um prazo para que fosse criada alguma outra lei para regulamentar o mercado das apostas esportivas.
Prazo este que o presidente Birulei não cumpriu e, por isso mesmo, tem sido acusado de ser o responsável pela crise recente das apostas esportivas.
Mas se a solução do problema das bets era termos uma nova regulamentação, pois bem, agora nós temos, toma aí, tá na lei, tem que fazer uma lei. Cadê a lei, Vanderlei? Toma aí, né?
No final do ano passado, o presidente do amor, dotado de muito carinho, sancionou uma lei para regular o mercado das bets.
E como é essa tal solução? Primeiro, para se regularizar e poder operar no Brasil, cada empresa deve pagar 30 milhões de reais para o governo.
Eita rapaz, eu não sei como isso aí melhora coisa alguma pro cidadão, né? Mas como já tem mais de 100 empresas na fila querendo se regularizar, os políticos já esperam aí ter bilhões de reais adicionais para gastar.
Segundo ponto: o governo passa a ser então o parceiro dessas empresas, recebendo parte dos ganhos sob forma de imposto, ou seja, mais alguns bilhões do seu bolso vai para eles.
Mas o imposto é para ficar mais caro e desestimular as pessoas a gastarem, é sim, né? Também vai me dizer que agora a CLT desestimula a geração de emprego?
É isso, é uma grande parceria, meu amigo. Quando um camarada recebe parte dos lucros de uma empresa, ele é sócio dela.
A regulamentação apenas tornou o governo brasileiro sócio das bets. E é um sócio que não precisa nem labutar, nem investir, mas ganha.
Então parabéns Taxade, você conseguiu. Das duas uma: ou vai tornar mais caro apostar nas bets ou vai diminuir as chances do camarada ganhar.
Aí certeza que vai ver uma daquelas matérias assim: entenda como o governo ficar sócio das bets é bom para você.
E por último, para não parecer que o governo esqueceu do cidadão, colocaram lá uma regrinha de que a empresa tem que bloquear quem gastar mais do que tem apostando em bet.
Como isso é definido? Não sei, o governo também não decidiu, a empresa que decida lá como achar melhor. Ou seja, vai decidir o que for melhor pro próprio bolso.
Quase um ano depois da aprovação da regulamentação, 30% dos brasileiros pegaram empréstimos para pagar as bets e os agiotas estão ganhando mais dinheiro do que nunca.
Em agosto, tivemos a notícia do Banco Central dizendo que, em apenas um mês, os beneficiários do Bolsa Família gastaram 3 milhões de reais com as bets.
Para disfarçar a situação, o presidento ameaçou bloquear o cartão do Bolsa Família para as bets, mas deu para trás, sabendo que ditar como as pessoas usam seu dinheirinho poderia afetar a sua popularidade.
Houve também a ameaça de que, se a coisa continuar mal como está, o seu Luiz poderia simplesmente proibir todas as bets de novo. Eu duvido, né, meu irmão? E mesmo se proibisse as bets, eu te digo: faz diferença nenhuma pras nossas vidas.
Sabe por quê, meu irmão? O brasileiro quando aposta, ele aposta por quê? Porque ele só quer uma namoradinha.
Então pode proibir a bet de novo aí que o que vai mudar é que o cara já sabe que não tem a possibilidade de ganhar uma grana extra para viver um dia de Ronaldinho cercado de namoradinhas.
Então ele vai pegar o que arriscaria nas apostas e já investir tudo direto nas raparigas, né? Isso aí é uma coisa que vocês não têm controle.
Se proibir as bets, meu amigo, ele vai pro bordel para conseguir uma namoradinha. Se proibir o bordel, ele vai gastar em iPhone 8 Plus para conseguir uma namoradinha. Se proibir o iPhone 8 Plus, ele faz tatuagem na cara para conseguir uma namoradinha.
É assim que funciona mesmo, não tem doutor que dê jeito, esse dinheiro já tá de antemão condenado pelos apetites humanos e assim será, queira você aí, político, ou não.
Os gastos das pessoas é algo que está fora do seu alcance. Então talvez você, seu governo, deveria repensar o seu papel como fonte de orçamento dessas pessoas.
O pior é vir um Lula e me meter essa de que as pessoas estão gastando o que não têm.
Meu irmão, tá o partido dos artistas, meu irmão? Tu tá preocupado com gastar o que não tem?
Seu Luiz, vocês vivem do que não tem, cara. Vocês vivem de imposto, de dívida e de inflação.
Em um ano a galera aumentou a nossa dívida em trilhões, e tu agora tá preocupado com a dívida das pessoas? Ah, faz-me rir, né, meu irmão?
Começa tu aí, ó, dando o exemplo, diminui a nossa dívida, pode ser? Para com a expansão da base monetária.
Estão preocupadíssimos, estão preocupadíssimos, meu amigo! Agora, vão abrir mão de receber a parte que lhes cabe? Não vão, não é mesmo?
Vai contar pra galera que a loteria federal tá planejando criar sua própria bet no ano que vem? Isso aí a Grobo não mostra, meu amigo. Esse é o tamanho da preocupação.
Quem é de Deolaine perto do governo brasileiro, meu amigo? O brasileiro é conhecido por ser um camarada de hábitos financeiros descabidos, o que é bem verdade, posso concordar.
O brasileiro ganha um dinheirinho ali, ó, a mais e já sai correndo para comprar um iPhone Galaxy 15, compra ticket para show de rock and teal para ver aquelas velharias chatas, vai no Outback para comprar cebola frita e tomar aquele chope da caneca congelada ali, aguado, vai ficar comendo peito de frango no molho barbecue, tá entendendo?
A galera só faz porcaria, meu irmão. Mas, ainda assim, eu digo e afirmo que o cidadão que aposta é melhor e mais honesto do que o governo.
O governo aposta em estado de bem-estar social, aposta que a educação pública vai ser de qualidade, aposta que sai educação de escola pública, aposta que peça macaquinho gera cultura, aposta na faculdade de geografia. Aposta saidinha, aposta na impressão de dinheiro.
Então pra você que tá aí, ó, se sentindo indignado porque as pessoas não sabem gastar e que por isso não merecem escolher o que fazer com seu próprio dinheiro, cartão calma para você.
Pior que o maluco gastando com cassino e rapariga é o governo pegando o teu para apostar tudo na loteria da bigodagem.
E falando em bigodagem, é hora do nosso troféu bigodagem, e o troféu bigodagem de hoje vai para ele, que portando um bigode robusto e dengoso, uma boquinha de coelhinho que já murchou e sempre lisinho que nem uma garrafinha, trouxe alegria para as saunas inglesas do século passado e influenciou todo mundo.
Poderia ser Freddie Mercury, mas não estamos falando dele, João Mainarde Chavenes, conhecido popularmente como Lord Keynes.
Lord Keynes é com certeza o economista mais influente do século XX. Friedman pode chorar, Hayek, teu bigode já está fétido.
Lord Keynes, esse sim, foi realmente influente de forma ampla. Influenciou líderes políticos, artistas, professores, jornalistas e toda a academia.
Se hoje os economistas gozam de prestígio no meio político e conseguem cargos cada vez melhores dentro da burrocracia, com certeza eles devem um pouco disso ao Lord Keynes.
Lord Keynes influenciou a política econômica dos mais diversos governos, e suas ideias adentraram os livros-texto das principais faculdades de economia de todo o mundo.
Como ele fez isso? Apostando o dinheiro dos outros. Keynes defendia a ideia de armadilha de liquidez, que é quando as pessoas percebem que há algo de errado na economia e resolvem fazer a coisa mais razoável do mundo: poupar e pagar as suas dívidas.
Não que o brasileiro faça isso, né? Mas provavelmente faria se ele já não estivesse tomado pela desesperança por já ter percebido há muito tempo que fazer a coisa lógica e óbvia não faz a menor diferença na sua vida e que no Brasil nada faz sentido.
Ainda assim, alguns empreendedores e alguns pais de família mais razoáveis por aí sabem economizar, fazem o que é certo, né?
Para Keynes, diminuir o consumo era o grande problema da economia e aumentar o consumo era a solução de tudo.
Sabe esse papo aí quando o maluco fala que a gente precisa girar a economia como se ela fosse uma máquina? Isso tem a ver com as ideias keynesianas.
Já que a solução para este "não-problema" que ele chama de armadilha de liquidez é imprimir dinheiro e injetar o dinheiro nessa máquina chamada economia.
Uma tremenda aposta feita com dinheiro de todos, principalmente dos mais pobres, que terminam pagando essa conta na forma de inflação.
Essa é uma das razões para que hoje todo mundo tenha essa sensação de que poupar dinheiro não vai melhorar em quase nada a sua vida.
Você guarda dinheiro para perder o valor dele, né? Hoje em dia, o peão abre o YouTube e tá cheio de influencer dando dicas sobre investimento.
Para piorar na maior parte dos casos, o cidadão comum sente que precisa investir não porque ele quer tentar enriquecer ou melhorar de vida realmente mais rápido, mas para não ver o seu dinheirinho moído pela grande impressora que tudo vê.
Nem todos saíram perdendo com essa aposta. A ideia da economia ser uma máquina que pode ser dirigida e manipulada através da política monetária, ao invés de ser apenas uma realidade social, fez com que economistas passassem a gozar e a se deliciar do prestígio político e fossem cada vez mais demandados em cargos e posições de poder, tornando a economia numa ideia distante das pessoas e feita de cima para baixo.
Esse assunto é um assunto que daria para falar alguns episódios só sobre isso, mas como não temos tempo, recomendo aí que assistam o nosso episódio sobre os inflacionistas, magia e alguns outros mais.
Esse desejo do homem ser capaz de controlar todas as coisas é algo que já vem sido alimentado há muito tempo, desde que os europeus começaram a tirar a ordem de Deus do centro das coisas e passaram a colocar a si mesmos no centro de tudo.
Não é à toa que o diabo ali no Fausto inventa papel moeda, mas certamente Lord Keynes deixou uma tremenda contribuição ao trabalho destrutivo do cramunhão ao encontrar uma forma prática de justificar o poder da elite política.
Essa desordem das coisas pode ser vista de maneira bem clara em alguns exemplos bem simples.
Ao mesmo tempo em que a gente passou a acreditar que a solução de uma crise econômica só ocorre através da manipulação da economia e das pessoas, imprimindo dinheiro para passar aquela falsa sensação de que as coisas não estão tão ruins, fazendo com que elas gastem mais e não percebam a realidade, nos momentos de grandes crises, economistas já recomendaram a destruição de bens de consumo tangíveis para amenizar uma crise.
Na Grande Depressão Americana, apesar das pessoas estarem famintas, o governo americano achou recomendável fazer políticas para que fazendeiros destruíssem as suas plantações, matassem animais jovens e vendessem porcas grávidas.
No Brasil, queimamos café. De repente, comida e bens de consumo se tornaram um problema e imprimir papel virou a solução. Vai explicar isso aí pro cidadão comum, meu irmão.
Como em toda casa de apostas, quem paga tem que sair perdendo. Afinal, quem administra a coisa precisa obter o seu lucro, e é exatamente assim que funciona neste caso.
A única diferença é que você não poderá escolher se quer apostar. Então, ao Lord Keynes, por ter justificado o poder de políticos e economistas de apostarem com dinheiro dos outros, num caso exemplar de poder sem responsabilidade, fica aqui o nosso troféu Deoláene do Tigrinho de Bigodagem