Rasta

Rasta é um highlander, um artista que apresenta colunas irônicas, versões textuais de seu programa Rasta News, um jornal semanal isento de notícias. Não delicadezas aqui.

Existe um bom ambientalismo? Veja como um conservador rochedo defende essa pauta

O ambientalismo costuma ser tratado com um maniqueísmo inflamado. O capetalista malvado vs o coletinho verde do Greenpeace. Existe algo além disso?

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O mundo moderno e mundano está cada vez mais conectado, o que era uma piada em uma música dos Mamonas Assassinas, hoje já é realidade.

Basta dar um passeio em Nova Iorque, São Paulo ou qualquer outra metrópole para “frentex” e cosmopolita para ser abordado por inúmeros ativistas com seus Ipads pedindo sua contribuição para alguma associação internacional de proteção às borboletas do Afeganistão.

O fato é que é mais provável dar um prato de trigo para dois tigres e ver os bichos brigando no Texas do que em qualquer outro lugar do planeta onde a espécie de felino seja nativa.

E a Flórida? Desde os anos 80, a Flórida virou o destino de todo o tipo de povo brega do planeta, e gente brega gosta de que? Unha francesinha no pé? Sim, mas também de animais exóticos.

No caso, um berçário de Pítons Birmanesas foi destruído por um furacão, liberando inúmeros espécimes nas everglades, onde hoje, são uma praga destruidora, que come tudo o que vê pela frente e não tem nenhum predador que as coma.

Esses são apenas exemplos pequenos e não muito badalados de como o nível de vida humano chegou a um patamar de abundância e de possibilidades em que as ações e hábitos podem desencadear catástrofes de proporções muito maiores que as cabecinhas humanas possam antecipar.

Essa é uma das verdades fundamentais no ambientalismo, mas é também uma das verdades fundamentais do sentimento conservador. Como é que um virou inimigo do outro na opinião pública?

Como é possível que essa verdade tenha sido vestida de tantos penduricalhos ideológicos e usada para fazer a politicagem mais baixa, sórdida, alimentadora de poder e desprovida de qualquer responsabilidade, de maneira que não se consegue distinguir o que é um pavão do que é um picareta com um espanador no rabo? Uma verdadeira “BIOGODAGEM”?

Uma das razões é que a causa conservadora foi poluída pela ideologia do grande capital e por ambições globais das empresas multinacionais.

Não se esqueçam de que são os metacapitalistas que financiam boa parte dessa ladainha progressista que quer transformar o mundo num shopping identitário, e que boa parte essa galera vem tanto do sistema financeiro como da indústria petrolífera - para essa gente, o esforço de conservar as coisas é fútil.

A verdade no ambientalismo foi obscurecida pela propaganda alvoroçada dos ambientalistas e pela imensidão dos problemas que nos apresentaram:

  • aquecimento global;
  • extinção em massa;
  • mudança climática;
  • derretimento das calotas polares;
  • o urso da coca-cola sem gelo.

Todos esses problemas se encontram fora da esfera de ação de qualquer governo nacional, tampouco podem ser tratados com alguma solução imediata. O problema enorme e disforme termina gerando a perda de confiança no processo político e no próprio poder da ação individual humana.

É daí que vem o anseio de alguns por um esquema global que é tão político quanto não é digno de confiança.

Problemas ambientais tendem a surgir do hábito normal de usufruir dos benefícios de certas atividades e exportar custos. Independentemente de posições políticas, isso é coisa de gente, e gente faz isso o tempo inteiro a não ser que exista um motivo bastante plausível para o contrário.

É muito fácil culpar o grande capitalista malvadão que geram lucro ao mesmo tempo que exportam seus custos, mas essa explicação é simplista. Isso serve para gerar stunts publicitários, aí colocam uma jovenzinha para dar sermão nos líderes do mundo inteiro.

Olha, eu não assisto filme com Sandra Bullock, com cachorro inteligente, nem criança que fala, mas o mundo ama ouvir pitaco de garotinhas, e se for nórdica então, o cara acredita em tudo, acredita que a Islândia tá pagando imigrante para fazer filho nas galega, acredita que a saúde é grátis, que o Palmeiras tem mundial, acredita até que Nightwish é bom.

Como a educação nórdica é maravilhosa! Ah, é mesmo? Então porque fica um bando de idiota fazendo heavy metal?

Enfim, Greta Thunberg e Greta Van Fleet é tudo a mesma coisa, é a criança repetindo aquilo que ouviu de velhos ricos e aparece na sessão da tarde.

“Eu não deveria estar aqui. Eu deveria estar na minha escola, do outro lado do oceano. Vocês roubaram meus sonhos e minha infância com suas palavras vazias. HOW DARE YOU, HOW DARE YOU?” - disse a ativista.
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A ativista Greta Thunberg no seu famoso discurso "How dare you?".

O mundo está tão calhorda que está fazendo a verdadeira cruzada das crianças. Esse negócio de culpar o capitalismo explica pouco e esse pouco não é suficiente. Ainda gera uma confusão gigante porque se toma o resultado pela causa.

E quer saber o que é mais surpreendente nisso tudo, meu Rastão? Nem criança essa tal de Greta é. A adulta com cara de menininha inocente tem, pasmem, DEZOITO ANOS! Essa eu custei a acreditar!

Por essa, nem George Soros esperava. Ou será que esperava? Isso não é por acaso, as roupas coloridas e as tranças no cabelo são escolhidas justamente para reforçar uma imagem infantil, aparentando ser menor de idade.

Organizações políticas aproveitam essa condição na tentativa de passar uma imagem de pureza e inocência ao discurso.

Esses “capetalistas malvadões” surgem devido a uma demanda que você faz parte, meu Rasto e minha Rasta, petróleo, carro, comida barata, tapetinho de yoga e garrafinha de kombucha.

É dessa demanda que surgem as indústrias que produzem essas coisas e elas exportam seus custos. Todo mundo também faz isso quando voa de avião, toma um ônibus, coloca o lixo na lata e acha que salvou o planeta porque reciclou, ou compra aquela bolsinha linda que custou só 20 reais porque foi feita na China.

O mercado é formado por entidades que buscam exportar seus custos, seja o produtor, seja o consumidor.

É que nem uma rapariga italiana que eu conheci num showzinho que estava tocando em Nova Iorque lá para 2014. Ela trabalhava para a Fundação Rockefeller, um amor de menina, simpática, cosmopolita, bem vestida, usava botas de couro.

Ela tinha um estilo de vida opulento, volta e meia aparecia nas redes tomando champanhe, voando de jatinho ao redor do globo para promover um programa ecológico de cidades resilientes.

Rostinho bonito vestindo Gucci e Prada, prefeito gado demais assinando acordo, e o seu Joaquim da Padaria é quem tem que parar de comer bife e aposentar o Del Rey dele.

São Paulo entrou para essa lista de cidades em 2020, cortesia do senhor Bruno Covas. Quando se mete com esses grandes projetos de nomes bonitos em prol de salvar o planeta, é esse tipo de coisa que o dinheiro do imposto alimenta.

Aí quando não é isso, vem um bando de entusiastas de funcionário público se oferecer como a alternativa?

A alternativa socialista é colocar o problema nas mãos de uma oligarquia burocrática feita por, pasmem, gente que está tão interessada em exportar os seus custos quanto livres de responder por seus erros.

Não dá, primeiro é necessário reconhecer os problemas como eles são. E eu gosto de apontar alguns dilemas fundamentais que afetam a questão ambiental.

Tem três problemas básicos de escolha abordados pela teoria dos jogos que são relevantes para os problemas ecológicos.

Um é o dilema dos prisioneiros, dois caboclos foram pegos pela polícia roubando um banco. Não tem outras testemunhas e estão os dois na cadeia sem comunicação.

Se ninguém é x9 de ninguém, os dois cooperam entre si, os dois pegam 1 ano cada. Se um é x9 do outro ele sai livre com um acordo, o outro toma no papeiro e pega 3 anos. Ou os dois são x9, dividem a responsabilidade pelo crime e pegam 2 anos cada.

Então o incentivo, na falta de comunicação, é que os dois não cooperem entre si. É o que acontece com nações em desenvolvimento, que não têm perspectiva de longo prazo porque o povo tá lascado agora.

Não dá para a rapariga vegana de Pinheiros chegar para o povo da Índia e esperar que eles poluam menos.

Outro dilema é o free riding, que é o cara que passa por baixo da catraca no ônibus. O cara usufrui de um bem que ele não ajuda a manter, e no longo prazo fica o incentivo ao resto das pessoas que façam o mesmo para que não sejam passadas para trás.

Esse é talvez o dilema mais comum dos serviços públicos, e um dos grandes motivadores da famosa cultura quilingue e que é potencializado ao infinito quando se tem a tal da catraca livre.

Em países pobres e de burocracia inchada, esse é um grande problema, e é o problema clássico dos famosos tratados internacionais, em que todo mundo se junta lá para assinar um documento bonitinho e vai a China e não cumpre porcaria nenhuma e ninguém faz nada. Alô, OMS...

E por fim, o dilema da tragédia dos comuns, que é quando se tem uma escassez, real ou percebida de algum bem, e em vez de uma postura de preservação, sai todo mundo acumulando o máximo que puder com medo que acabe. Isto foi frequente na pandemia com o papel higiênico, álcool gel.

Esses três dilemas presumem a racionalidade do indivíduo que faz as escolhas, o que é tanto a falha desses modelos quanto uma grande bênção.

O dilema do prisioneiro muda quando o outro prisioneiro é seu pai ou seu irmão ou alguém que você se importe.

A tragédia dos comuns é mais perversa quando há agentes estrangeiros envolvidos, de maneira que o sentimento nacional ou até mesmo o sentimento religioso de sacralidade de determinado lugar servem para contrabalançar esses efeitos.

Graças a Deus que o homem não é o tal do Homo Economicus que os planejadores e engenheiros sociais querem que ele seja, o homem tem a capacidade de agir para algo que não seja apenas o seu mero auto-interesse racional, é uma questão de achar as motivações certas.

Não dá pra se valer de política melancia, estrela de Hollywood, banda de rock e esses pagodes galerosos que os amantes do amor tentam empurrar.

A tragédia dos comuns não é um dilema, mas uma falha de julgamento básica que todo mundo carrega, que é a falácia de agregação de bens.

O problema do ambientalismo social

A pessoa vai pensando em bens abstratos e figuras de linguagem como o equilíbrio ecológico, a justiça social.

Pega-se todas essas coisas e junta, achando que está juntando bem com bem, que o final vai dar muito bem. Bom, qualquer um que já escutou um disco de progressivo ou de banda de rock fuleiro com orquestra sinfônica sabe que não é assim.

Agora tem a tal da justiça climática também, que o pessoal da interseccionalidade pegou como bandeira, afinal a bandeira do planeta é a mesma das mulheres, dos povos indígenas, dos lgbtqixyzdoisespíritosestrelinhaduplotwistcarpado#!.

Um exemplo bobo e anedótico são os chupa-folha que ficam me enchendo o saco aqui por causa dessas peles que eu tenho na minha cadeira. Essas peles foram adquiridas em um pow-wow, que é uma feira de povos indígenas, em que eles vendem o excedente de sua caça e seu artesanato.

Você pode até me encher o saco, mas vai ter que abaixar a bandeirinha do I love índios, logo você que preza tanto pela sabedoria ancestral do bronzeamento perineal.

As coisas do mundo real tem suas limitações e conflitos, é o caso da tal justiça social. Justiça social é uma figura de linguagem, pode significar uma gama de coisas dependendo de quem está falando.

O pessoal vê justiça, bom. Social bom, bom e bom, muito bom. Deus me livre de ver esse pessoal na cozinha. Uma das coisas que o termo pode significar é o crescimento econômico e o desenvolvimento social dos países pobres.

Nenhum desses dois se atinge sem um custo ambiental, energia barata, estradas, aeroportos, programas de desenvolvimento urbano. Ou já se esqueceram dos desastres que a coletivização da agricultura gerou na China ou o dano da industrialização forçada de países que adotaram o comunismo sem ter o proletariado porque não tinham indústria?

De fato, problemas ambientais só chegam a ser problemas para populações em que a renda per capita é alta o suficiente para que o indivíduo possa se dar ao luxo de ter esses problemas.

O cara que tá na Índia tomando banho de esterco não vai ter grandes opiniões acerca do aquecimento global, né?

A cidade de que eu venho, Recife, tem um problema enorme de ataques de tubarão. Já foram feitos vários documentários culpando a destruição de estuários com a expansão do Porto de Suape, que foi uma obra de desenvolvimento nacional defendida por governos de esquerda, a menina dos olhos do governo Lula.

Pausa para a notícia vegana “prafrentex”: agora não pode mais falar ataque de tubarão, pois esse termo pode ofender os tubarões.

A destruição do habitat explica a migração dos tubarões, mas tem outro fator também, que me foi revelado pelo meu amigo sociólogo Miguel Diniz, um fato que é pouco falado explicitamente mas fica subentendido quando se fala do estado dos recifes de coral na orla urbana e a ausência de alimentos.

AS PESSOAS CAGAM NO MAR. Do funcionário público que tá ali no ar-condicionado escutando Coldplay e comendo um temaki empanado com cream cheese, ao cara mais pobre, o coco do Recife inteiro vai para os canais e para o mar. A cidade é um cheiro de fezes eternas em suspensão.

Até para resolver esse problema é necessário movimentar recursos massivamente e outros custos serão exportados, tubulação, maquinaria, mão de obra, combustível.

Isso é um exemplo vivo da segunda lei da termodinâmica, o que se entende pela alegoria da pasta de dente que não volta para o dentifrício.

Os sistemas vão se randomizando a longo prazo e, para combater a entropia, é necessário injeções de energia a nível local.

Falou em nível local, aqui já começa a surgir um território de conversa. Aqui há um espaço para a posição conservadora.

Um ambientalismo conservador

Eu quero aproveitar essa coluna para fazer uma reflexão ambiental à luz do que eu considero um conservadorismo Rochedo.

Em Odisséia, está lá Odisseu, estilo Renato Gaúcho, trabalhando uma deusa, e aí estamos falando de deusa mesmo, beleza consoladora, não estamos falando de rapariga good vibes naquela miadeira sobre o sagrado feminino quando o máximo de vida que ela suporta é umas samambaia mirrada e um gato vegano deprimido num apartamento em pinheiros, não.

Estamos falando de Calypso, deusa bonita, deusa formosa, deusa bem-feita, que Odisseu deixa porque sente falta de casa, do lar, do Oikos.

Quando Odisseu chega em Ítaca, disfarçado de velho, meio mendigo, ele chega pelas quebradas, pela criação de porcos. Ele quase é trucidado pelos cachorros e mais tarde ele encontra o próprio cachorro Argos.

Após contemplar o retorno de seu mestre e antigo protetor, o cão morre, como uma espécie de Simeão de quatro patas.

Essa cena é emocionante. Nela fica evidente essa relação com a terra, com a criação e as criaturas, em que o homem exerce um domínio não apenas como alguém que usufrui de algo que foi dado de graça, como um carona, mas como um guardião, responsável. Esse sentimento está entranhado no homem.

É parte fundamental da cultura, o homem assentar-se em um lugar e cuidar dele. É uma das coisas mais nobres e belas que ele pode fazer.

A nível local, existem dispositivos como o Estado Nação, onde existe uma lealdade baseada no território. Nestes locais há o jugo da lei, onde há a oportunidade de devolver os custos àqueles que incorrem nos benefícios.

E eu queria dar alguns exemplos aqui de vezes que usar o que se tem, sem recorrer a grandes esquemas megalomaníacos realmente resolveu problemas. Vamo ver o que é que funciona:

  • a criação do English National Trust, desde o século XIX, e hoje com cerca de 5,6 milhões de membros, dedicado a preservar o interior da Inglaterra e sua natureza;
  • a associação de pescadores ingleses que conseguiram limpar seus rios usando o direito de propriedade e a Law of Tort da Common Law para processar as indústrias de energia nacionalizadas quando a Inglaterra passou por aquele experimento socialista;
  • a iniciativa dos American Nature Lovers pressionou o congresso americano a criar os parques nacionais;
  • as leis Islandesas que protegem a zona de reprodução do bacalhau do atlântico;
  • a Suíça que deu controle da preservação do ambiente às suas comunidades locais;
  • os desenvolvimentos de energia limpa na Noruega e na Suécia;
  • as associações de pesca que ajudam a proteger os recursos marinhos no estado do Maine e muitos outros;
  • outro exemplo é o da empresa SC Johnson’s, sabe aquela cera de passar no chão? Então, o tal do Johnson Pai lá na década de 30 necessitava da palmeira de Carnaúba para produzir a famosa cera Johnson’s Wax, e a Carnaúba era o recurso mais precioso da empresa naquela época.

O cabra sobrevoou 24.000 quilômetros em uma viagem de ida e volta num aviãozinho anfíbio sem aeroporto para pousar, só para visitar a caatinga nordestina, achou a tal da floresta de Carnaúba e comprou uma parte da floresta.

Agora eu te pergunto, você acha mesmo que essa floresta foi desmatada? Aquilo era o baú do Tesouro para o dono da empresa, ninguém mais do que ele teria interesse em preservar toda a região.

Aqui na montanha rastônica tem uma associação dos moradores, o pessoal juntou uma grana e comprou 35 acres de floresta que circunda a nossa região, o direito de propriedade vai fazer com que ninguém jamais possa perfurar, desmatar, ou fazer qualquer coisa, e ainda serve como um santuário para que as pessoas possam visitar.

São nesses exemplos que se tem que mirar para que alguma coisa seja feita, porque ficar nessa mera luta entre as forças da luz ambientalistas e os capitalistas malvados da escuridão vai dar em Biogodagem.

E falando em Biogodagem, vamos de troféu Bigodagem.

O Troféu Bigodagem de hoje vai para um caso saudoso, dos anos 90, um caso ambiental de melodias bregas tipo Kiss Me e franjinha estilo Dawson's Creek. O troféu vai para o Greenpeace devido a sua atuação bigodeira e sensacionalista no caso Exxon vs Greenpeace, a respeito da plataforma de Brent Spar, no mar do norte.

Basicamente, a Shell fez os cálculos acerca de qual seria a melhor opção para se livrar da plataforma, corretamente ela decidiu pela demolição. O Greenpeace fez uma ocupação cheia de holofotes, fotógrafos e emitiu um laudo fraudulento acerca dos conteúdos da plataforma.

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Manifestantes do Green Peace protestando contra a implosão da plataforma da Shell.

A coisa viralizou de uma maneira que a Shell se viu forçada a obedecer o Greenpeace e desmontar a plataforma, erguê-la e levá-la para um fjord na Noruega. O processo custou 43 milhões de libras, em vez dos 3 milhões que custaria para afundar a plataforma e foi muito mais agressivo para o ambiente.

Quando estavam desmontando, descobriram que na base da plataforma, crescia um coral chamado Lophelia pertusa. Na época isso era pouco conhecido, mas hoje é uma ocorrência comum e afundar a plataforma é a melhor solução, criando novos habitats para peixes e outras espécies marinhas.

A Shell ainda tentou deixar a base da plataforma, mas o Greenpeace foi irredutível. Hoje está claro que os dados do Greenpeace, se não eram fraudulentos, eram exagerados, o Greenpeace deu uma desculpinha de amarelo e partiu para a próxima campanha.

A Shell segue sendo um exemplo do grande satanás do “capetalismo” na terra e você, gado demais, fica dando seu dinheiro para a gatinha na paulista com o Ipad pedindo contribuição para pagar de que tem consciência ecológica achando que vai proteger as borboletas do Afeganistão, quando você nunca vai pisar lá.

Essa falta de accountability de empresas bonitinhas cuja base de participação é apenas doar dinheiro fazem aquela mesma transferência de custos que são a base dos problemas ambientais em primeiro lugar, a chamada BIOgodagem.