Habitante do Polo Norte? Criado pela Coca-Cola? Lenda urbana do Leste Europeu? Diversas são as lendas espalhadas sobre a origem do Papai Noel, e muitos desses mitos tem um fundo de verdade! Contudo, para além de todas essas suposições espalhadas pelo mundo, existe uma verdadeira história do Papai Noel que remonta há séculos atrás.
A verdadeira história do Papai Noel remonta ao século IV, ao Bispo São Nicolau.
Nicolau nasceu em Pátara, atual Turquia, aproximadamente na metade do século III. Seus pais eram muito ricos e seguiam as máximas do cristianismo. Nicolau, desde a infância, sentia-se chamado por Deus para viver plenamente a vida Cristã, em oração e caridade.
São Nicolau foi celibatário, o foco de sua vida era apenas servir a Deus conforme os ensinamentos de Jesus.
Nicolau ficou órfão enquanto jovem. Todos os muitos bens que herdou de seus pais ele usava para ajudar os pobres.
Quando Nicolau chegou em Mira, os habitantes da cidade, encantados com tamanha caridade e piedade, clamaram para que Nicolau se tornasse Bispo.
Nicolau foi ordenado prelado da cidade e continuou sua obra: doando dinheiro e bens materiais para os mais necessitados.
A aparência de Nicolau é justamente a do atual Papai Noel, um senhor com longos cabelos e barba branca. A roupa do bom velhinho também é inspirada em Nicolau. As roupas vermelhas tradicionais do Bispo inspiraram a criação da vestimenta do Papai Noel.
Nos países de língua inglesa, o Papai Noel é conhecido como Santa Claus, uma variação do nome Sinterklaas, Santo Nicolau, para os holandeses.
Papai Noel significa Pai Natal. Noel significa Natal em francês.
Foi um dos episódios de caridade de Nicolau que deram origem à famosa história do Papai Noel.
Como chefe da Igreja na região de Mira, Nicolau conhecia bem o que se passava na cidade. Um dia, ficou sabendo que certo pai de três filhas, desesperado pela falta de dinheiro, iria começar a prostituí-las para conseguirem sobreviver.
Na época, o dote era necessário para que as filhas pudessem casar.
O dote servia para dar uma estabilidade financeira para a família que estava se formando. Como a mulher não iria para os trabalhos pesados dos homens, o pai dava dinheiro para ajudar sua família e preservar sua filha de trabalhos extenuantes.
Dessa maneira, Nicolau foi até a casa dessa família desesperada e jogou pela chaminé a quantia necessária para pagar o dote das 3 moças da casa.
São Nicolau agiu de forma anônima, mas sua fama, bem como o fato de ser um dos homens mais ricos da cidade, levaram a todos a acreditar que foi ele quem fez a doação.
Sua fama de homem caridoso se espalhou por toda a região, bem como sua fama de homem de fé e de milagres.
São Nicolau foi preso devido à proibição do Cristianismo durante o império de Diocleciano. Passou 20 anos na prisão sem negar a sua fé em Jesus Cristo, até que foi solto quando o imperador Constantino assumiu o poder e deu liberdade aos Cristãos do império.
São Nicolau foi um Bispo muito atuante para Fé Cristã.
Ele participou do Concílio de Nicéia, um dos eventos mais importantes da Igreja. Durante o Concílio, Nicolau foi homenageado pelo imperador Constantino, que beijou as feridas de Nicolau e de outros Cristãos perseguidos devido a sua fé em Jesus.
Seu exemplo foi seguido por muitos Cristãos, que contavam aos seus filhos sobre o Santo.
Como é costume entre os Cristãos distribuir presentes durante o Natal, provavelmente Nicolau distribuía mais doações nessa época, formando todas as bases para a posterior história do Papai Noel.
Muitos foram acrescentando novos elementos à história de São Nicolau, tanto para criar lendas para os filhos quanto para favorecerem seus comércios, conforme será visto.
Apenas 3 das principais características do Papai Noel moderno tem suas origens bem documentadas:
A imagem do Papai Noel moderno surgiu a partir do poema Uma visita de São Nicolau, conhecido no Brasil como Véspera de Natal, de Clement Clark Moore.
Clemente escreveu o poema em 1822, para suas filhas, sem esperar o grande sucesso que teria.
Este é um dos trechos em que Clement descreve o Papai Noel:
Descendo a chaminé Papai Noel vinha resoluto
Todo vestido de peles, da cabeça até os pés,
E com a roupa toda manchada de cinzas e carvão;
Um saco de brinquedos em suas costas,
Parecia um mascate ao abrir o saco.
Seus olhos — como brilhavam! Suas alegres covinhas!
Suas bochechas como rosas, seu nariz como uma cereja!
Sua boquinha sapeca curvada para cima como num arco,
A barba em seu queixo tão branca como a neve;
O cabo do cachimbo bem preso em seus dentes,
A fumaça envolvendo sua cabeça como uma guirlanda;
Tinha um rosto redondo e uma barriga grande,
Que sacudia, quando ele sorria, como uma tigela de geléia.
Era gordinho e fofo, um perfeito elfo velhinho e alegre,
E eu ri quando o vi, sem poder evitar;
Uma piscada de olhos e um meneio de cabeça,
Na hora me fizeram entender que eu nada tinha a temer;
Não disse uma só palavra, mas voltou direto ao seu trabalho,
E recheou todas as meias; então virou no pé,
E colocando o dedo ao lado do nariz,
Acenando com a cabeça, a chaminé escalou;
Pulou em seu trenó, ao seu time assobiou,
E para longe voaram, como pétalas de dente-de-leão.
Mas ainda o ouvi exclamar, enquanto ele desaparecia
“Feliz Natal a todos, e para todos uma Boa Noite!”
Outra representação que reforçou a imagem do Papai Noel moderno foi a ilustração da revista Harper’s Weekly.
No século XIX, o artista Thomas Nast representou o tradicional São Nicolau de uma maneira mais parecida com a que se tem no mundo moderno — um senhor barrigudo usando um gorro de gnomo.
O último toque da aparência do Papai Noel moderno foi feito pela Coca-Cola, em 1931. A Coca fez uma campanha de Natal com o Papai Noel vestindo roupas com a cor da marca.
A campanha foi um sucesso, as vendas do refrigerante explodiram no Natal e o Papai Noel passou a ser visto exatamente como a marca o retratou.
A lenda de que o Papai Noel morava em um local remoto já era subentendida; Afinal, para ninguém ver alguém tão marcante, ele deve morar longe da civilização.
Foi no ano de 1984 que o governo da Finlândia criou a vila do Papai Noel, na Lapônia. A intenção do governo finlandês era gerar turismo para a região, e o objetivo foi cumprido, já que todo ano 500 mil pessoas visitam o local.
Na Europa, a lenda do Papai Noel é contada para as crianças como se ele vivesse na Finlândia. Nas Américas, a Finlândia foi trocada pelo Polo Norte, um local semelhante.
A lenda do Papai Noel já havia se desenvolvido para a imagem do velho natalino que confeccionava os presentes destinados às crianças.
Após a intensa industrialização do mundo, os países mais avançados no desenvolvimento industrial começaram a brincar com a ideia de uma fábrica do Papai Noel, especialmente em 1930.
Como já havia uma aura mística em torno do bom velhinho, seus funcionários seriam criaturas mágicas, bem como as renas que o auxiliavam na entrega dos presentes.
Pela internet, muitos afirmam que o Papai Noel é baseado no deus Odin, da mitologia nórdica. Alguns sites dizem que na tradição pagã, Odin presenteava as crianças.
Porém, esses sites não apresentam provas acerca desta tradição nórdica. Trata-se de uma criação moderna.
O festival do Yule possui características diferentes do Natal, e nenhuma história de Odin caridoso.
Comente e compartilhe. Quem você acha que vai gostar de ler sobre a verdadeira história do Papai Noel?
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