Diego Maradona é um nome que ecoa na história do futebol mundial. Nascido em 1960 na humilde Villa Fiorito, Argentina, ele se tornou o "Pibe de Oro" – o menino de ouro que levou a seleção argentina ao título da Copa de 86, humilhou a Inglaterra com o icônico gol da "Mão de Deus" e encantou o mundo com o "Gol do Século".
Eleito o melhor jogador do século XX pela FIFA e reverenciado como um Deus em Nápoles e Buenos Aires, Maradona transcende o esporte, virando símbolo de revolução e paixão.
Por trás dos dribles geniais e da glória nos gramados, existe uma face oculta:
Quem foi, de fato, o homem por trás do mito? Neste artigo, exploramos a trajetória de Maradona – do auge à queda – e te convidamos a descobrir todos os detalhes no episódio completo de Face Oculta, da Brasil Paralelo. Clique aqui e mergulhe nos segredos de um ídolo imortal!
Em abril de 1982, a Argentina, sob a ditadura de Leopoldo Galtieri, invadiu as Ilhas Malvinas um arquipélago a menos de 500 km de sua costa, mas pertencente ao Reino Unido.
Movida por um patriotismo que via o território como roubado pelo imperialismo britânico, a nação sul-americana tomou as Malvinas, a Geórgia do Sul e as Ilhas Sandwich do Sul.
A Junta Militar apostava que os britânicos, liderados pela “Dama de Ferro” Margaret Thatcher, não se dariam ao trabalho de defender aquelas terras distantes. Engano fatal. A Marinha Real cruzou o Atlântico, derrotou os argentinos em uma guerra rápida e humilhante, matando 649 soldados e ferindo o orgulho nacional.
Quatro anos depois, em 1986, o destino ofereceu à Argentina uma revanche diferente: um campo de futebol.
Na Copa do Mundo do México, contra a Inglaterra, o futebol – mais que um esporte para os argentinos fanáticos – tornou-se o palco de uma das maiores catarses da história moderna do país.
E o camisa 10, Diego Maradona, foi o protagonista. Com dois gols antológicos nas quartas de final, ele selou a vitória: o “Gol do Século”, uma arrancada genial de 60 metros, e “La Mano de Dios”, um toque ilícito com a mão que enganou o juiz e o goleiro Peter Shilton.
“Marquei um pouco com a cabeça e um pouco com a mão de Deus”, disse Maradona, sem pudor, ao fim do jogo.
Para os argentinos, foi justiça divina contra os britânicos, uma revanche simbólica da honra perdida nas Malvinas.
Maradona, o escolhido para essa missão quase celestial, tornou-se um mito. Levou a Argentina ao bicampeonato naquela Copa, foi eleito o melhor jogador do torneio e, anos depois, consagrado como o maior da história pela FIFA (2000), pelo La Gazzetta dello Sport (2012) e pelo The Times (2010). Mas eu te prometo: há um lado oculto nessa história.
Nascido em 30 de outubro de 1960, em Villa Fiorito, uma favela pobre e violenta de Buenos Aires, Diego Armando Maradona cresceu com seis irmãos em condições precárias. O futebol era seu escape, e o Boca Juniors, seu time do coração, seu sonho. Aos 9 anos, um amigo o levou ao Argentinos Juniors, onde impressionou nos testes.
Aos 18, em 1979, já era artilheiro do campeonato argentino e eleito jogador do ano pela Guerin Sportivo. Inspirado por George Best e Rivellino, seu talento o levou ao Boca Juniors em 1981, onde realizou o sonho de infância e conquistou o Campeonato Metropolitano.
Em 1982, o Barcelona pagou 8 milhões de dólares – valor recorde na época – por ele. Mas a passagem foi turbulenta: lesões, doenças e um temperamento explosivo o afastaram do sucesso.
Na final da Copa do Rei de 1984, perdeu a cabeça em uma briga violenta, nocauteando um rival com uma joelhada. Suspenso por três meses, deixou o clube em atrito com a diretoria, que, segundo ele em Yo Soy Diego, tinha inveja de sua popularidade.
Transferido ao Napoli em 1984 por mais de 10 milhões de dólares – novo recorde –, Maradona transformou o clube italiano. Com o brasileiro Careca, levou o “nanico” Napoli a dois títulos italianos, uma Liga Europa, uma Supercopa e uma Coppa Italia, desafiando os ricos do norte da Itália.
Virava noites em boates, mas voltava aos gramados ainda mais genial. Sua personalidade indomável e suas jogadas impossíveis o elevaram a um status de divindade em Nápoles e na Argentina.
A Copa de 86 foi o ápice. Além da vitória sobre a Inglaterra, Maradona participou de 71% dos gols da Argentina, um feito que o coloca como o jogador que mais se aproximou de “vencer uma Copa sozinho”.
Em 1990, levou uma seleção limitada ao vice-campeonato. Mas, em 1991, no auge, sua face oculta emergiu. Após um jogo pelo Napoli contra o Bari, um exame antidoping revelou cocaína. Suspenso por 15 meses, voltou a Buenos Aires e, 41 dias depois, foi preso por posse de drogas.
Segundo Jimmy Burns, em Maradona: The Hand of God, o vício começou no Barcelona, com cocaína consumida como “cuba libre”. Em Nápoles, afundou-se. Cercado por admiradores, tinha prostitutas, álcool e drogas à disposição, fornecidos pela Camorra, máfia italiana liderada por Carmine Giuliano.
Em troca de presentes como relógios de ouro, Maradona dava prestígio à organização criminosa. Corrado Ferlaino, ex-presidente do Napoli, admitiu ao Il Mattino em 2003 ter encoberto outros dopings, mas na vez fatal, Maradona mentiu sobre seu estado.
Após o escândalo, sua carreira entrou em declínio. Passagens medíocres por Sevilla e Newell’s Old Boys, um tiro de espingarda contra jornalistas em 1994 e um novo doping na Copa de 94 – com substâncias proibidas – marcaram sua queda. Voltou ao Boca Juniors em 1995, mas encerrou a carreira em 1997, após mais conflitos e rumores de doping.
Maradona pendia à esquerda. Tatuou Che Guevara, admirava As Veias Abertas da América Latina de Eduardo Galeano e via Fidel Castro como “segundo pai” após reabilitações em Cuba.
Apoioou Hugo Chávez, Nicolás Maduro ,cuja ditadura na Venezuela ele ignorou, Evo Morales e líderes brasileiros como Lula e Dilma. Jogou até em um evento das FARC em 2013, grupo responsável por assassinatos e tráfico de drogas.
Fora de campo, negou o filho Diego Sinagra por 30 anos, só o reconhecendo em 2016. Teve filhas com Claudia Villafañe, mas enfrentou processos de paternidade de Jana, Diego Fernando e supostos filhos em Cuba – até 11 herdeiros potenciais.
Em 1990, confessou, rindo, ter dopado brasileiros com Rohypnol na Copa, eliminando o Brasil com trapaça.
Internações por overdoses (2000, 2004) e álcool (2007) o levaram ao limite. Em 2020, após cirurgia cerebral, morreu de parada cardiorrespiratória aos 60 anos. Mesmo assim, tornou-se imortal: o estádio do Napoli leva seu nome, e em Buenos Aires, é retratado como Deus em pinturas.
Sua influência se estendeu por todo o mundo, deixando um legado controverso que precisa ser estudado.
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