Após a Revolução Francesa, a França estava em caos. A nação que há pouco tempo era soberana na Europa, quase foi destruída em um processo de guerras internas. Nesse cenário, diante de mortes e fogo, surge uma figura que acalma e une a França: Napoleão Bonaparte, o general do povo. É o início do período napoleônico.
O período napoleônico começou em 1799, após os conflitos da Revolução Francesa. Neste momento, a França estava em caos.
Os revolucionários estavam se matando aos montes, o governo não possuía apoio popular, a situação econômica do povo estava pior do que no início da Revolução.
Algo precisava ser feito.
Foi neste momento que, buscando um líder que pudesse agradar e comandar o povo, os principais burgueses da França apoiaram o golpe do general Napoleão Bonaparte.
Napoleão comandou as tropas populares da França contra os exércitos profissionais de outros países europeus.
Os reis da Grã-Bretanha, da Áustria e da Rússia tentaram acabar com o caos da Revolução Francesa, enviando seus exércitos para encerrar a rebelião.
Porém, a habilidade militar de Napoleão freou todos os esforços reais.
Com a maioria de seu exército sendo de soldados destreinados, o general Bonaparte conseguiu elaborar estratégias que venceram todos os invasores da França.
A soberania francesa foi mantida devido à genialidade militar do general Bonaparte.
Devido aos seus sucessos improváveis, o povo francês o aclamou como um verdadeiro herói mitológico, como um amigo do povo, diferente do governo do Diretório da época.
Foi nesse período que muitos burgueses apoiaram Napoleão, fornecendo as bases para que o general conseguisse tomar o poder da França à força.
As principais fases do período napoleônico são:
Cada uma das épocas do período napoleônico será explicada abaixo.
A França pré-napoleônica era governada por um grupo de membros da alta burguesia, chamado de Diretório.
O Diretório possuía mais interesse em dialogar e trabalhar com os nobres do que ajudar a população necessitada.
Cada vez mais seu governo perdia apoio popular, já que a economia apenas piorava.
A burguesia média também estava insatisfeita. Seus negócios não conseguiam desenvolver-se nas presentes condições da França.
Foram nessas circunstâncias que Napoleão e o Abade Sieyès organizaram o golpe de 18 de Brumário.
Brumário era um dos meses do calendário revolucionário, que buscou se apartar do calendário católico comum a todos os países ocidentais, o calendário gregoriano.
No calendário gregoriano, o golpe ocorreu no dia 9 de novembro.
Napoleão marchou até a sede do Diretório com uma coluna de soldados granadeiros e depôs este governo, iniciando o governo do Consulado.
O Consulado era um governo formado por três cônsules, ou seja, os chefes da nação.
Os cônsules eram:
Napoleão era o chefe dos cônsules. Dentre seus poderes que estavam acima dos demais, figuram:
Napoleão trouxe diversas novidades para a França durante seu governo como 1º cônsul.
Algumas delas foram:
Todavia, o Código napoleônico reestabeleceu a escravidão nas colônias francesas;
A administração interna de Napoleão, bem como suas vitórias militares contra os inimigos estrangeiros, fez com que sua popularidade só crescesse, levando o cônsul a próxima etapa do período napoleônico.
Aproveitando da sua popularidade, Napoleão realizou um plebiscito em toda a França. Em 1804, o povo francês pôde decidir se Napoleão deveria ser coroado como Imperador da França.
O resultado da votação foi: “Sim, Napoleão deve ser coroado Imperador da França”.
Neste momento, o poder do general Bonaparte não encontraria mais limites.
Napoleão não permitiu ser coroado. Em sua cerimônia ele tomou a coroa das mãos do Papa Pio VII e coroou a si mesmo.
Seu gesto simbolizava que a monarquia francesa não mais seria submissa à Igreja nem aos nobres: o poder era de Napoleão, chefe dos burgueses.
Seu governo comprova suas tendências.
A maior preocupação do período do império napoleônico foi desenvolver o comércio industrial da França.
E essa foi justamente uma das principais razões de sua queda.
Ao assumir o trono da França, Napoleão proibiu todos os países da Europa continental de comprarem produtos das indústrias da Inglaterra.
O imperador Bonaparte afirmou que todos que quebrassem essa determinação seriam invadidos.
Esse foi um dos principais motivos do expansionismo de Napoleão pela Europa.
A Rússia foi a primeira a quebrar tal determinação, em 1812.
Nesse período, Napoleão já havia dominado praticamente toda a Europa continental em suas guerras de defesa da soberania da França.
Ele, porém, não conseguiu vencer a Inglaterra no mar, a principal inimiga do governo de Napoleão.
Para retaliar a Inglaterra, Napoleão decretou o bloqueio continental em 1806. Esse bloqueio era uma proibição de comércio com a Inglaterra para os demais países europeus.
Até que, em 1812, a Rússia quebrou a determinação francesa e importou diversos itens da Inglaterra.
Outros países seguiram a mesma linha.
Se Napoleão não os punisse, seu poder seria fragilizado, ele perderia o respeito.
Dessa forma, Napoleão organiza um exército com 600 mil homens e marcha em direção à Rússia.
Napoleão perdeu seu império devido as investidas contra a Rússia. Os russos adotaram a tática da terra arrasada, deixando seus soldados sem comida e água. A investida na Rússia teve consequências nas outras áreas do império napoleônico.
Os russos evitavam ao máximo conflitos diretos. Como a extensão da Rússia é enorme, eles tinham espaço para destruir todos os recursos que os franceses poderiam consumir e apenas recuar em seu território.
Fazendo isso ao longo do tempo, os russos foram auxiliados pelo rigoroso inverno para o qual os franceses não estavam preparados.
Essa tática fez com que os franceses fossem derrotados com quase nenhuma baixa para a Rússia.
É neste momento que começa a queda do período napoleônico.
Os inimigos de Napoleão se organizaram e partiram para a ofensiva.
Rússia, Prússia, Áustria, Inglaterra e Suécia se organizaram para lutar contra Napoleão. Essa aliança ficou conhecida como Sexta Coligação.
No dia 14 de outubro de 1813 ocorreu a batalha final das guerras do império napoleônico: a Batalha das Nações ou Batalha de Leipzig.
Napoleão foi obrigado a recuar e abandonar a Alemanha.
Era o fim da hegemonia francesa sobre a Europa Continental.
A Sexta Coligação obrigou Napoleão a assinar o Tratado de Fontainebleau.
Esse tratado retirava Napoleão do trono da França e tornava obrigatório que ele fosse exilado na ilha de Elba, recebendo uma pensão anual de 2 milhões de francos.
Após uma reviravolta digna de um filme de ação, Napoleão volta ao trono da França depois de aproximadamente 2 anos de exílio, e começa a última fase do período napoleônico.
A guarda pessoal de Napoleão o resgatou no dia 26 de fevereiro de 1815.
A maioria do povo francês o recebe como Imperador e ele retoma o cargo.
Os países inimigos de Napoleão se revoltam com o fato, principalmente por já terem organizado os territórios da Europa que foram alterados por Napoleão.
Desde o exílio de Bonaparte, a França passou a ser governada por Luís XVIII, descendente da dinastia anterior à Revolução Francesa.
Napoleão ficou 100 dias no cargo até sua derrota definitiva na batalha de Waterloo.
Depois dessa derrota, o antigo imperador e general foi aprisionado no dia 15 de outubro de 1815, na ilha de Santa Helena e morreu na ilha em 1821.
As principais características do período napoleônico são: governo ditatorial, fortalecimento da burguesia e o desenvolvimento do Brasil.
Um exemplo deste fato se dá no caso da participação obrigatória dos franceses no exército.
Durante o reinado de Luís XVI, foi elaborada uma Constituição que limitava seus poderes. O rei não podia convocar os franceses para a guerra e, caso proclamasse guerra, deveria financiá-la com seu próprio dinheiro.
Napoleão durante todos seus governos utilizou do alistamento obrigatório dos civis.
Devido a invasão de Napoleão a Portugal, a corte do rei se transferiu para o Brasil e trouxe consigo seus principais bens materiais e humanos. O rei investiu mais dinheiro e recursos humanos, foram fundadas bibliotecas, jardins, instituições de administração pública dentre outros desenvolvimentos.
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